sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo



Viver um ano novo é saborear cada vez mais a presença de Deus que vem morar no meio de nós. E isso é tão formidável... Basta olhar para o ano que passou e ver como o Senhor, de formas tão variadas, foi mostrando a sua presença amorosa. Quanta bênção! Quanta alegria!

E nós? Será que em 2011 queremos habitar na casa de Deus?

Despeço-me deste ano, desejando-vos um feliz ano de 2011 com a eterna presença terna e maravilhosa de Deus na nossa vida.

Partilho este video da minha amiga e paroquiana Cecília para, com ela, deixar-vos esta feliz inquietação para este ano novo:



QUEM HABITARÁ EM VOSSA CASA?
QUEM VIVERÁ EM TUA TENDA?
DIZ-ME, SENHOR, QUE ÉS MEU AMIGO:
QUEM PODERÁ VIVER CONTIGO?

O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no coração
O que guarda a sua língua da calúnia
e que vive com toda a rectidão
Quem habitará, Senhor?
O que não faz mal ao seu próximo
nem ofende o seu semelhante
O que despreza toda a iniquidade
mas estima os que temem o Senhor
Quem habitará, Senhor?

Quem cumpre o que promete, mesmo em seu prejuízo
e não empresta para obter lucro
Nem se corrompe para condenar o inocente
e mantém firmes os seus passos no Senhor
Quem habitará, Senhor?
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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Não sabes de onde vem nem para onde vai

 

Quem és, suave luz que me sacias
E que iluminas as trevas do meu coração?
Guias-me como a mão de uma mãe,
e se me soltasses
não mais poderia dar um só passo.
És o espaço
que envolve o meu ser e me protege.
Longe de Ti, naufragaria no abismo do nada
de onde me tiraste para me criar para a luz.
Tu, mais próximo de mim
do que eu própria,
mais intimo do que as profundezas da minha alma,
e contudo incompreensível e inefável,
para além de qualquer nome,
Espírito Santo, Amor Eterno!

Não és Tu o doce maná
que do coração do Filho
transborda para o meu,
o alimento dos anjos e dos bem-aventurados?
Aquele que Se elevou da morte à vida
também me despertou do sono da morte para uma vida nova.
E, dia após dia,
continua a dar-me uma nova vida,
de que um dia a plenitude me inundará por completo,
vida procedente da Tua vida, sim, Tu mesmo,
Espírito Santo, Vida Eterna!

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)
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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!



Anúncio do Natal:

Irmãos caríssimos: Nesta noite de Natal ressoa o pregão dos anjos, hoje repetido pela Igreja em todo o mundo: «Glória a Deus nas alturas, e Paz na terra aos homens por Ele amados». Vinde, adoremos o Salvador! Jesus Cristo é o centro do Cosmos e da história. Era esperado por toda a humanidade. Por isso recordamos a história desta espera, o anúncio deste acontecimento de salvação:

Milhões de anos passaram desde que Deus quis criar do nada o céu e a terra.

Muitos séculos decorreram desde que a luz e a vida foram suscitadas pelo poder de Deus e a terra se encheu de árvores e plantas, o mar de peixes, o céu de aves, de animais os Bosques.

Passaram ainda muitos séculos e Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. Soprou sobre ele o Espírito da vida e após a desobediência e o pecado, prometeu a vinda de um Salvador.

Dois mil anos depois de o nosso Pai Abraão ter saído da sua pátria, Ur da Caldeia, para chegar à terra prometida como Primícias do povo eleito.

Quinze séculos após a libertação do povo de Israel, quando Deus o fez sair do Egipto atravessando maravilhosamente o mar Vermelho e conduzindo-o pelo deserto para a terra prometida...

Mil anos depois da unção real de David, o humilde pastor eleito por Deus e indicado pelo profeta Samuel para ser Rei do Povo da promessa e antepassado do Messias e Pastor de Israel.

Após anos de longa espera e de exílio, quando Deus mandava profetas ao seu povo para manter desperta a esperança nas promessas de um Messias que havia de libertar Israel do jugo dos seus opressores.

Na nonagésima quarta olimpíada da Grécia,

No ano setecentos e cinquenta e dois da fundação da grande Cidade de Roma.

No ano 42 do Império de César Augusto, quando uma imensa paz reinava sobre toda a terra:

Jesus Cristo, o Deus eterno e Filho do Eterno Pai, quis consagrar o mundo com a Sua vinda misericordiosa. Anunciado pelo Arcanjo Gabriel, concebido por obra do Espírito Santo, nasceu em Belém de Judá, da Virgem Maria, feito Homem.

Este é o Natal de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo a carne. Vinde, adoremos o Salvador. Ele é o Emanuel, o Deus connosco!
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Momentos



Filmado nas ruas do Porto, este video é de cortar a respiração e deixa um nó na garganta mas vale a pena ver e entender a mensagem.
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tony Melendez - Let It Be



Este video mostra que a superação humana não tem limites!
Quando realmente queremos alguma coisa, lutamos e conseguimos...
Construir o trampolim para transpor nossas barreiras, deve ser o nosso foco.
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sábado, 18 de dezembro de 2010

Manjedoura



Senhor, de todas as perguntas com que Tu me deixas,
há uma que cresce dentro de mim:
"Que fazes do meu tempo?".

Sabes, perco-me nas tarefas, nas voltas a dar,
nesta e naquela responsabilidade, num imprevisto...

E no meio disso tudo, confesso,
o tempo da minha vida assemelha-se
mais a uma fuga do que a uma sementeira.

Neste Advento queria pedir-te luz,
para o modo de viver e de repartir o meu tempo.
Ajuda-me a realizar o meu trabalho e o meu lazer,
o meu esforço e a minha pausa
como tempos de dádiva e de encontro.
Como tempos que não sejam apenas tempo,
 mas circulação de entusiasmo e afecto, circulação de vida.

Peço-te que a minha mão aberta,
se torne muitas vezes manjedoura.


José Tolentino Mendonça
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Faxina do coração



Há algumas semanas atrás, transitando pela nossa cidade, percebi que em todas as ruas havia uma enorme quantidade de entulhos de construção, galhos de árvores, móveis velhos ou quebrados, etc.. todos amontoados nas portas das casas. Foi o pronto atendimento da população ao apelo da Prefeitura para se mobilizaremna "Semana da Faxina".
A adesão foi algo admirável!

Com aquele quadro fiquei pensando de como todos nós acumulamos, guardamos lixo, coisas emprestáveis dentro de nossas casas, nos quintais,... Impressionante! Mais impressionante ainda pelo fato de que o evento da faxina acontece todos os anos e há muitos anos.

Minha imaginação foi mais longe e pensei numa foto aérea de tudo aquilo. Lixos e mais lixos em todas as ruas fazendo com que o trabalho dos funcionários municipais, mesmo sendo tão eficiente e organizado, quase não fosse cumprido na íntegra ás datas de retiradas agendadas.

O lance da foto aérea me levou mais alto ainda. Fez-me imaginar Deus olhando para o mundo e vendo o lixo que o homem acumula em seu coração. Eles têm sido egoístas, incorretos, impuros, hipócritas, orgulhosos, arrogantes, soberbos, desprovidos de amor a Deus e ao próximo.

Todos os dias eu escuto alguém dizer:
"Está difícil!", ou "A vida está complicada!!", ou então, "Estou empurrando a vida!"
Como está complicado o ser humano, como estão complicados os relacionamentos!
Quantos problemas, quanta tristeza nos corações, quantas pessoas deprimidas!
Quantas doenças!!
Quantas situações, aos nossos olhos, sem solução!
Qual é a saída?

Deus me ensinou algo nesse dia. O primeiro passo para alcançar uma vida melhor, mais frutífera é tomar uma atitude sábia: fazer uma limpeza interna, uma verdadeira faxina no nosso coração, na nossa alma. Jogar fora o ódio, a mágoa, o rancor, o desânimo, a angústia, a insatisfação.
Lançar tudo isso aos pés de Jesus.
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A vela: uma luz



Durante o Advento, gostamos de nos sentar diante de uma vela acesa, procurando encontrar, na sua luz, a paz. As velas, os castiçais, exerceram, desde sempre, sobre os homens uma atracção particular. A sua luz é cheia de doçura. Ao contrário do néon, cuja luz é tão crua, a luz da vela só ilumina o espaço à nossa volta, deixando tudo o resto na penumbra. O seu brilho difunde-se num ameno calor. Não se trata de uma fonte de iluminação artificial que deve expandir-se igualmente sobre todas as coisas. Pelo contrário, a luz da vela possui, na sua essência, as qualidades do mistério, do calor, da ternura. À luz da vela podemos olhar-nos a nós próprios; percebemos então, com um olhar mais doce, a nossa realidade, muitas vezes tão dura. Esta doçura dá-nos coragem para nos vermos tal como somos, e para assim nos apresentarmos diante de Deus. Podemos então aceitar-nos a nós mesmos.

A luz da vela não ilumina apenas, ela também aquece. E, além disso, com o seu calor, traz o amor para o nosso espaço. Preenche o nosso coração com um amor mais profundo e mais misterioso do que o dos seres aos quais nos sentimos unidos: um amor que provém de uma inesgotável fonte divina, um amor que não é frágil como aquele que trocamos entre nós, humanos.

Se deixarmos que essa luz penetre no nosso coração, podemos então sentir-nos plenamente queridos, com um amor que torna tudo, em nós, digno de ser amado.

É, afinal, o amor de Deus que vem até nós nesta luz da vela. A luz nasce da cera que arde: imagem de um amor que se consome. Ela dura enquanto dura a cera, sem pretensões de economia. No entanto, é preciso, por vezes, diminuir a mecha, sem o que a chama pode subir demasiadamente alto e espalhar a fuligem à sua volta. Há também uma forma de amar demasiadamente intensa, na qual nos esgotamos de modo excessivo. Um tal amor não faz bem, nem a nós próprios nem aos outros, que são sensíveis ao que nele há de “fuligem”: as intenções subjacentes, o excesso de vontade, o artifício, tudo o que faz com que esse amor não traga luz aos outros, mas antes obscuridade.

A vela compõe-se de dois elementos.
Há em primeiro lugar a chama, símbolo da espiritualidade que se eleva até ao céu. Conta a lenda que a oração dos padres do deserto transformava os seus dedos em chamas de fogo. A vela que arde é pois uma imagem da nossa prece. Assim os peregrinos gostam de acender, uma vez chegados ao fim da sua viagem, um círio que colocam no altar ou diante de uma estátua da Virgem, persuadidos de que a sua oração durará enquanto durar a chama. Esperam deste modo que a oração possa trazer luz às suas vidas e ao coração daqueles por quem acenderam o círio.

O segundo elemento da vela é a cera que se consome. Para a Igreja dos primeiros tempos, a vela, o círio, era, por isso mesmo, um símbolo de Cristo, Deus e homem ao mesmo tempo. A cera é a imagem da sua natureza humana que ele sacrificou por amor a nós, e a chama é a imagem da sua divindade. As velas que acendemos durante o Advento e no Natal lembram-nos assim o mistério da Encarnação de Deus em Jesus Cristo.
Nessa vela, é o próprio Cristo que se torna presente entre nós, e é ele que, com a sua luz, ilumina a nossa casa e o nosso coração, e os aquece com o seu amor. E é precisamente através da sua natureza humana que resplandece a natureza divina de Jesus. A vela mostra-nos pois, também, o mistério da nossa própria encarnação. Através do nosso corpo, é Deus que deseja fazer brilhar a sua luz neste mundo. Desde o nascimento de Jesus que ela brilha em cada rosto humano.

A ti que me lês, desejo que leves a muitos outros seres, durante o Advento, uma luz que ilumine, com doçura, tudo aquilo que eles prefeririam não ver neles próprios. Tornar-te-ás então, para eles, tal como a vela, uma fonte de vida e de amor.
                                                                                                                                                                             Anselm Grün
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Vigília de Natal - Concerto das Crianças


Ao ver as ruas enfeitadas com luzes resplandecentes, recordamos que estas luzes evocam outra luz, invisível aos olhos, mas não ao coração. Enquanto as admiramos, o nosso ânimo volta-se para a verdadeira luz espiritual trazida a todos os homens de boa vontade. O Deus connosco, nascido da Virgem Maria em Belém, é a Estrela da nossa vida! Por isso, entre os vários símbolos, que nos ajudam a preparar, celebrar e viver o Natal encontra-se o da Luz. 

É neste ambiente de festa, de alegria, de vigilância e preparação que iremos celebrar a nossa vigília de Advento. Para nos ajudar, as crianças da paróquia irão brindar-nos com um concerto.

Venha juntar-se a nós e, rezando uns pelos outros, prepararemos melhor o nascimento de Jesus.
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Se tudo fosse perfeito




Se tudo fosse perfeito a vida não teria graça e não aprenderiamos nada com ela!!...
Viver é enfrentar as duvidas, os medos, as escolhas...
Viver é saber que provavelmente vais ter muitos momentos de provação, mas que cada um vai valer a pena... porque irás crescer e descobrir o valor da vida e dos outros e isso vai fazer-te sentir orgulhoso.
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os meus amigos




"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia,
das vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado
para continuar a viver a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Alegria cristã



Quem dera que todos os cristãos pudessem partilhar e contagiar o mundo com a alegria insondável que nos vem de Deus. Somos portadores de uma Boa Nova que enche de sentido, verdade e plenitude a vida. Espalhemo-la de forma alegre e contagiante pelo mundo!
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dai-me a graça, Senhor, de mudar a mim mesmo!



"Na juventude, eu era um revolucionário e rezava assim:'Dai-me energia, ó Deus, para mudar o mundo!'

Ao chegar à meia-idade, notei que metade da vida já passara sem que eu tivesse mudado qualquer pessoa.

Então, mudei minha oração, dizendo a Deus: 'Dai-me a graça, Senhor, de transformar os que vivem comigo dia a dia, como a minha família, os meus amigos; com isso já ficarei satisfeito'

Agora que sou velho e tenho os dias contados, percebo como fui tolo ao rezar assim.

A minha oração, agora, é apenas esta: 'Dai-me a graça, Senhor, de mudar a mim mesmo'

Se eu tivesse rezado assim, desde o princípio, não teria desperdiçado a minha vida."

Sufi Bayazid
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sábado, 27 de novembro de 2010

És tu Jesus?



Aconteceu mesmo. 
– O pai está? 
– Acho que não, respondeu o menino. Quem fala?
– Diga-lhe que lhe telefonou o Jesus… 
– Ai tu és o Jesus?
– Sou, sim…, disse o amigo do pai, um pouco intrigado com a pergunta do menino. 
– Olha, eu gosto muito de Ti! Todos cá em casa gostamos muito de Ti! Espera, eu vou chamar o meu irmão… É o Jesus, vem cá! 
– Ai tu és o Jesus? Eu também te amo!...

Do outro lado, só um nó na garganta, e resposta impossível.

Do outro lado… Do outro lado, também o «Outro», o verdadeiro Jesus, ouvia, comovido, aquelas declarações de amor em silêncio. Valia a pena ter morrido por nós para ouvir as nossas declarações de amor, pois para ouvi-las é que morreu na Cruz.

«Vem, Senhor Jesus!», põe-nos na boca a Liturgia da Igreja. Também nesta nossa Casa, todos gostamos muito de Jesus e aprendemos a gostar cada vez mais. Chama os teus irmãos, porque é Jesus quem chama e espera escutar a voz de cada um.

«Vem, Senhor Jesus!» Nem sabemos bem o que pedimos; pedimos tudo; pedimos a felicidade actual e eterna. Estamos pedindo a bem-aventurança. E «quem só pede ao Senhor a bem-aventurança e só por ela anseia, pede com segurança e certeza, e não teme receber com ela qualquer dano, porque pede aquilo sem o qual de nada lhe serviria qualquer outra coisa que recebesse, orando como convém. Esta é a única verdadeira vida bem-aventurada: contemplar eternamente a bondade do Senhor, na imortalidade e incorruptibilidade de corpo e alma. Só por causa desta felicidade se buscam outros bens, só com esta finalidade se pede como convém. Quem alcançar a vida bem-aventurada terá tudo o que deseja e nela nada encontrará que não lhe convenha» (S.to Agostinho, «ad Probam»).

O silêncio do Menino no seio de Maria, o silêncio do Menino no Presépio, como o silêncio de Jesus no Sacrário, é um silêncio expectante. «Vem, Senhor Jesus!», mostra-nos a tua face, mostra-nos o teu sorriso, mostra-nos o teu amor, e já nada nos inquietará. Basta-nos saber que nos amas para saber que nos perdoas e nos esperas no Céu.

«Eu vos digo que tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes» (Mc 11, 24), responde-nos o Senhor. Pois, se já O recebemos pela fé e pela Sagrada Comunhão, penhor da vida eterna, de que mais precisamos que não esteja contido em Jesus?
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A beleza da vida




Fantástico este video sobretudo quyando nos preparamos para amanhã celebrarmos com o Papa e o nosso Patriarca a VIGÍLIA PELA VIDA.

Há vários vídeos de bebés a mexer in útero com milhões de visualizações no YouTube, mas este, mais recente, está a fazer sucesso na Internet. Trata-se de um vídeo que mostra uma mulher grávida, deitada de costas, enquanto o bebé se movimenta vigorosamente.
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A morte não representa nada.
Eu apenas parti para o quarto ao lado.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que éramos uns aos outros continuamos a sê-lo sempre.

Tratem-me pelo nome pelo qual sempre me trataram.
Falem comigo como sempre o fizeram.
Não o façam com um tom de voz diferente,
nem ponham um ar solene ou triste.
Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim, rezem por mim.

Que o meu nome seja pronunciado como sempre o foi,
sem qualquer espécie de enfase,
sem nenhum vestígio de tristeza.

A vida significa aquilo que sempre significou.
Ela é o que sempre foi. O fio não está cortado.

Por que razão haveria eu de estar fora do vosso pensamento, só porque estou fora da vossa vista?

Estou à vossa espera, não estou longe:
apenas do outro lado do caminho.
Como vêem, tudo está bem.


CHARLES PEGUY

Etapas



É preciso saber sempre quando uma etapa chega ao fim...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos de viver.
Encerra ciclos, fecha portas, termina capítulos! Não importa os nomes que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já acabaram.
Foste despedida do trabalho? Terminaste uma relação? Deixaste a casa dos teus pais? Foste viver para outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Podes passar muito tempo a perguntar-te porque é que isso aconteceu…
Podes dizer para ti mesmo que não darás mais um passo enquanto não entenderes as razões que te levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na tua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas essa atitude será um desgaste imenso para todos: para os teus pais, amigos, filhos, irmãos, todos estarão a encerrar capítulos, a virar a folha, a seguir em frente, e todos eles irão sofrer ao ver-te simplesmente parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixa-las realmente irem embora…
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que têm.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está a acontecer no nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está a jogar nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhámos, e às vezes perdemos.
Não esperes que te devolvam algo, não esperes que reconheçam o teu esforço, que descubram o teu génio, que entendam o teu amor. Pára de ligar a tua televisão emocional e de ver sempre o mesmo programa, que mostra como sofreste com uma certa perda: isso estará apenas a envenenar-te, nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que estão sempre a ser adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diz a ti mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembra-te que houve uma época em que podias viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerra ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por arrogância, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na tua vida.
Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacode a poeira. Deixa de ser quem eras, e transforma-te em quem és. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

Fernando Pessoa
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domingo, 14 de novembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

Onde existe facilitismo deve haver exigência,
Onde está vulgaridade, pôr excelência,
Onde está «moleza», pôr dureza,
Onde está «golpada», pôr seriedade,
Onde está «videirismo», pôr honra
Onde está ignorância, pôr conhecimento,
Onde está mandriice, pôr trabalho,
Onde está aldrabice, pôr honestidade.
Onde há desperdício, pôr sobriedade,
Onde há «direitos adquiridos», pôr deveres assumidos”!

Fernando Madrinha
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Partiu o senhor do adeus




Souberam por amigos, por SMS ou através do apelo lançado no Facebook. Mais de uma centena de pessoas reuniu-se na noite de S. Martinho (11 de Novembro), na praça Duque de Saldanha, no centro de Lisboa, para acenar aos carros, tal como o Senhor do Adeus fazia “desde sempre”.

Muitos carros respondiam aos acenos com buzinadelas. Alguns turistas paravam para perguntar o que se passava. Na beira do passeio estavam velas acesas. Ao lado destas, Vasco Barbosa, o informático que lançou hoje de manhã a convocatória no Facebook, colou um gato dourado, com um braço eléctrico a acenar continuamente.

“Estou surpreendidíssimo com o número de pessoas”, reconheceu Vasco Barbosa, 30 anos, que desde os 15 mora naquela zona da cidade. “No meu percurso passo por aqui muitas vezes. Não o conhecia bem, mas dizia-lhe sempre boa noite.” E acrescenta: “A cidade está cheia desta gente especial. Quando soube o que tinha acontecido, resolvi lançar isto no Facebook”.

Houve quem fosse até ao Saldanha com a família inteira. É o caso de Ricardo Machado, lisboeta de 37 anos, que estava na companhia da mulher e dos três filhos. “Eles não se lembram”, diz, apontando para as crianças. “Eu lembro-me dele desde sempre”. Tal como Susana Sintra, 24 anos, que “sempre que via o senhor, fazia questão de dizer adeus”.

Entre o grupo de pessoas que se juntaram no Saldanha estavam alguns rostos conhecidos. O advogado Ricardo Sá Fernandes, na primeira linha, junto à estrada, acenava, visivelmente comovido. “Estou muito comovido”, reconheceu. “Era um senhor muito simpático. Isto é muito bonito”, disse, sem deixar de acenar para os carros que passavam.

Mais atrás, estava o escritor Rui Zink. “Este é o melhor velório a que vim nos últimos anos. E eu já estou a ficar habituado a velórios. Provavelmente é o melhor a que alguma vez irei”.













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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Senhor, preciso encontrar-Te em mim...

Deus Pai Todo Poderoso, por que eu não estou captando Tua Luz,  amplamente?

Deus Pai Todo Poderoso, por que eu não consigo expandir, de mim, amplamente, a Tua luz, apesar de meu esforço constante?

Deus Pai Todo Poderoso, por que tenho tantas dificuldades em seguir teus passos, sem duvidar, ao menos um pouco que o seja?

Deus Pai Todo Poderoso, por que não consigo estar satisfeito comigo mesmo, e, por que vejo isso nas pessoas, em geral?

Deus Pai Todo Poderoso, por que não consigo expandir tua LUZ sobre os meus pensamentos, sobre os meus sentimentos, sobre os meus atos em minha existência, que, ao certo, atingem a vida dos que amo, dos que comigo caminham, apesar do esforço hercúleo diário, pedindo por Tua mesma Luz?

Deus Pai Todo Poderoso, por que, apesar das muitas passagens que já passei por este Orbe, por que ainda não consigo trabalhar com as ferramentas que me ofertastes, em Ícones em LUZ dispostas no mundo sutil,  para aqui poder melhor executar minha missão, com maior maestria? O que adianta tê-las recebido mentalmente e emocionalmente, se, se, não consigo bem manejá-las?

Deus Pai Todo Poderoso, por que necessito fazer algo grandioso e, ao mesmo tempo, sinto-me engolido por esta grandiosidade, tornando-me lento para operacionalizá-la?

Deus Pai Todo Poderoso, por que as coisas nessa linha,  não estão fluindo como deveriam, de forma mais incisiva, positiva?

Deus Pai Todo Poderoso, eu sei que, Tudo Podes, Tudo Sabes e Tudo Provês, mas, por que eu não consigo verificar isso em mim? Por que não visualizo isso  nos dias da  vida dos que, e são tantos, dos que amo ?

Desta forma, como sabedor dos tantos que  “marcham comigo", por que, apesar de muito lutar para superar minhas barreiras, por que tenho que dizer-te, aqui, agora, que estou cansado, exausto, encurvado, quase "entregando os pontos"?

Nesse sentido, Senhor, preciso de Tua Mão Amiga. Tu Tens o Poder de Ajudar-me, Senhor. Preciso encontrar-TE em mim. Tu tens o Poder de Elevar-me, Senhor, em uma vibração mais elevada.

Por isso,  já sem poder recorrer a tudo que seja racional, disponho-te tudo o que sou, ou não sou; tudo o que aprendi ao longo do tempo, ou não aprendi; tudo o que tenho, ou não tenho, e Peço Mais LUZ.

Busco ser  nutrido  em Tua Força Maior; busco recarregar-me para continuar a jornada com maior certeza no futuro, com maior Vontade, com maior alegria.

Pois tenho buscado, desta maneira fazer, totalmente, Tua Vontade, alojada em meu coração; pois tenho buscado “o Teu  maná, igual distribuído, em eras passadas, no deserto”; busco nutrir-me dele e despertar mais claramente minha Consciência Maior de Ti, do Cosmos, da Vida, nesta existência; busco realinhar-me e continuar trabalhando com outro vigor: em benefício dos que seguem ao meu lado no caminho, os quais  esperam em mim uma Maior Parcela doTeu Amor, do Teu Poder e de Tua Sabedoria.

Por isso, faço este rogo  buscando, Aqui, Agora, elevar  Minhas Frequências Vibracionais Uma Oitava Acima, iguais vivenciadas por outros seres em outra das muitas de Tuas Moradas, espalhadas pelo Universo.

Também faço este rogo por Tua LUZ, à Todos nós que, Tu o Sabes, temos trabalhado como Teus Filhos Mais Dedicados.

Assim, dai-me Luz à mente, ao coração; aos meus pensamentos e aos meus sentimentos.  Preencha-me o espírito, ministrando maior sentido à vida e Encaminha-a para Todos no Universo, iluminando os caminhos teus filhos comigo nesta jornada,  capacitando-nos  à Criação Perfeita à atingir Todo Cosmos.

Que Assim Seja.

Amando a Essência Divina Individualizada Em Cada Ser Humano, Onde quer que esteja, neste tempo e em todos os tempos paralelos, nesta e em todas as dimensões, Desde Sempre, Eternamente.

Vitor Hugo
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Se não houver...



Qualquer circunstância das vida oferece sempre uma colheita de grande valor porque
se não houver frutos, valeu a beleza das flores,
se não houver flores valeu a sombra das folhas,
se não houver folhas valeu a intenção da semente.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Medos...



A tristeza e o medo entranhando-se no coração ao ponto de o fecharem a toda a esperança até que uma voz chama, liberta e consola: “Vem comigo, deixa os teus muitos medos, descobre a beleza que tu és”. Se experimentas o sofrimento ou a solidão, confia na palavra do Senhor, eu estou contigo. Se os caminhos fechados de uma sociedade desorientada te confundem, escuta o Senhor que diz: “Eu venci o Mundo”.
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sábado, 6 de novembro de 2010

Bem-vindos...



Um pequeno esforço, uma boa vontade, um simples sorriso e muda logo o dia. Ao ver este video, já me sinto cheio de coragem de conquistar o mundo.

E espero que, da próxima vez que viajar, ao regressar, tenha uma recepção destas... ehehe

Bom dia!
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pergunta fundamental

“Morre alguém:
É como passos que param…
E se fosse uma partida para nova Etapa?

Morre alguém:
É como árvore que cai…
E se fosse uma semente a germinar uma Terra nova?

Morre alguém:
É como uma porta que se fecha…
E se fosse uma passagem abrindo-se
para outras Paisagens?”

De facto, a morte continua sendo o grande enigma da condição humana…
Será a Morte o ponto final absoluto ou apenas o fim de um estado de vida
que, como semente ao morrer, se abre para um futuro insuspeitado?
Da resposta a esta pergunta depende muito a nossa postura perante a vida, ou seja:
o enfoque e o sentido que lhe damos…

E quem nos dá a resposta?
Como diz E. Chillida: “Da morte, a razão diz-nos que é definitiva. Da Razão, a razão diz-nos que é limitada…”

Se ficamos, pois, pela voz da razão, estamos perante uma vida sem futuro ou um futuro sem vida…
Mas a consciência dos limites da razão face a este mistério
pode abrir-nos para outra Luz e outras respostas:
A Luz e as respostas que nascem da Fé em Jesus Cristo.
É Ele que nos garante que Deus é um Deus de vivos e não de mortos,
que o seu Amor é fiel e imutável e que, na morte, nos acolhe como Filhos
para um abraço de Comunhão e de Vida para sempre.

Por isso proclamamos: “Creio na Vida Eterna.”
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Hoje é dia de todos os santos



Hoje é dia de todos os santos:
dos que têm auréola
e dos que não foram canonizados.
Dia de todos os santos:
daqueles que viveram,
serenos e brandos,
sem darem nas vistas
e que no fim dos tempos hão-de seguir o Cordeiro.

Hoje é dia de todos os Santos:
santos barbeiros e santos cozinheiros,
jogadores de futebol
e porque não? comerciantes, mercadores,
caldeireiros e arrumadores
(porque não arrumadoras? se até é mais frequente
que sejam elas a encaminhar o espectador?)

Ao longo dos séculos, no silêncio da noite e à claridade do dia
foram tuas testemunhas;
disseram sim/sim e não/não;
gastaram palavras, poucas, em rodeios, divagações.
Foram teus imitadores
e na transparência dos seus gestos
a Tua imagem se divisava.
Empreendedores e bravos
ou tímidos e mansos, traziam-te no coração,
Olharam o mundo com amor e os homens como irmãos.
Do chão que pisavam
rebentava a esperança de um futuro de justiça e de salvação
e o seu presente era já quase só amor.

Cortejo inumerável de homens e mulheres
que Te seguiram e contigo conviveram, de modo admirável:
com os que tinham fome partilharam o seu pão
olharam compadecidos as dores do mundo
e sofreram perseguição por causa da Justiça
Foram limpos de coração
e por isso dos seus olhos jorrou pureza
e dos seus lábios brotaram palavras de consolação.
Amaram-Te e amaram o mundo.
Cantaram os teus louvores e a beleza da Criação.
E choraram as dores dos que desesperam.
Tiveram gestos de indignação e palavras proféticas
que rasgavam horizontes límpidos.
Estes são os que seguem o Cordeiro
porque te conheceram e reconheceram e de ti receberam
o dom de anunciar ao mundo a justiça e a salvação.

 Maria de Lourdes Bechior
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Deus de todas as manhãs



Deus de todas as manhãs,
Deus Santo e Inesgotável,
cuja proximidade faz experimentar a abundância da Presença e do Imenso…
Mistério…


Deus Bom, que desfolhas suavemente as páginas da Criação
e escreves com a caligrafia do vento
mensagens de Amor e Esperança entre as ramadas das árvores…
Por isso é que o Ser Humano te percebe mais sussurrante
sempre que procura a sombra do Silêncio, o espaço vastíssimo da solidão comungada.

Gostava de ter olhos capazes de ultrapassar toda a vulgaridade.
Gostava de ver para lá das pequenas anormalidades de cada dia
até conseguir assimilar verdadeiramente
que o normal é a Beleza, a Verdade e o Sentido.
Isso é que é o normal, o natural, o perene...
Por isso é que nos dá Paz!
Por isso é que o contrário nos desaloja, intranquiliza, aperta…


Chamamos “normal” ao que é contrário a nós mesmos,
chamamos “invulgar” àquilo para que fomos feitos…
andamos um bocado confusos, Senhor.

Toma conta de nós, por favor.
Ajuda-nos a estarmos mais abertos e atentos, mais capazes de darmos as mãos, de nos ouvirmos… 
Faz-nos chegar à sabedoria de nos reconhecermos uns aos outros como coisa sagrada 
 e, ao mesmo tempo, não nos levarmos assim tão a sério… 
Ensina-nos a amar de tal maneira as coisas amáveis 
que cheguemos ao ponto em que o velho jogo humano 
de ver quem é que tem razão deixe de ter interesse… 

Ai, meu Senhor e meu Dono, minha Paz, 
queria tanto que nos fosses revelando sempre os segredos 
 para nos tornarmos pessoas grandiosas, crescidas, 
até chegarmos à suprema maturidade de sermos simples, 
ao altíssimo tamanho de quem oferece às mancheias a própria vida…

Olha, Senhor, minha Vida, meu Amor maior,
farto-me de usar as “reticências”
porque as palavras são todas “curtas nas mangas”
quando têm que vestir as revelações mais verdadeiras do Coração…
Por isso, peço-te apenas que nos ensines a pedir como convém!

Pedir bem é bom…
Tu não precisas que Te peçamos nada: sabes o que nos faz falta
e és infinitamente leal e benfeitor.
Mas nós precisamos muito de aprender a pedir bem,
de saber pedir, quando falamos contigo,
porque pedir bem é sintonizar com aquilo que tu já nos deste…
por isso é que pedir bem é sinónimo de aprender a receber.
És tão Pai-Mãe
que usas truques que nós já conhecemos, em alguma medida, deles…

Adoro-te! Amo-te!
E sinto este amor em mim não como um sentimento ou uma pulsão,
mas como uma Fome insaciável de sorver luz e vida e gozo
e alegria e paz e esperança
e uma Sede desejosa de beber o céu às golfadas até explodir, eu mesmo,
e me tornar um universo pessoal
em infinita expansão dentro das Tuas infinitas desmedidas.
Ai se eu pudesse… Ai se deixasses…

MAS “a vida é feita de nadas”… e contam!

Rui Santiago
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Senhor, ensina-me a procurar-Te



Senhor, ensina-me a procurar-Te
e a mostrar-Te a mim que Te procuro.
Eu não posso procurar-Te se Tu não me ensinas,
nem eancontrar-Te se Tu não Te mostras.
Que eu procure desejando-Te,
que Te deseje, procurando-Te,
que Te encontre amando-Te
e que Te ame, encontrando-Te.

S. Anselmo
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Confissões de um ex-ateu




Excertos da intervenção de Henrique Raposo na mesa-redonda «Deus: questão para Crentes e não-Crentes, organizada pela comunidade da Capela do Rato (Lisboa).
“Eu não sou um crente. Porém, não consigo considerar-me um ateu. No fundo sou um ex-ateu que não teve coragem de se confrontar com a ideia de Deus. (...) Tenho feito uma espécie de mea culpa em relação à Igreja e em relação a Deus. (...) Mesmo que Deus não exista, é meu dever proteger aquela centelha sagrada que está em cada um de nós. (....) Digam-me: sou ou não sou crente?”


Henrique Raposo e a questão de Deus pela Pastoral da Cultura em Vimeo.
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Viva!




Já perdoei erros quase imerdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis. 

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas 
quando nunca pensei me decepcionar, 
mas também decepcionei alguém. 

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei. 

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes"! 

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo). 

Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar! 

Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" pra ser insignificante.


Charlie Chaplin
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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Não é só sentimento, mas uma decisão.

Fotolia


Juntos construírem a família, santuário da vida.

Namoro, tempo de conhecer e descobrir o outro para amá-lo e completá-lo para juntos construírem a família, santuário da vida.

Assim começamos trazendo a grande beleza do nosso namoro:  Nesse tempo de conhecimento vivemos fatores importantes, como:

Diálogo: uma realidade que nunca pode faltar dentro de um namoro. No nosso relacionamento buscamos sempre partilhar tudo através da transparência; assim, exercitamos a compreensão de um para com o outro.

Respeito mútuo: também é um fator essencial, pois no namoro um constrói o outro e o respeito dignifica o relacionamento - isso nos faz amadurecer e perceber no outro o que chamamos de 'meu complemento'.
O oposto do mundo, que apresenta uma liberdade imatura e carnal.

Oração: é muito importante o casal de namorados buscar uma experiência profunda com Deus e a ele consagrar seu relacionamento. Um namoro para seguir a vontade de Deus, precisa acontecer de maneira em que os dois olhem para Deus na mesma direção e com o tempo, o próprio Deus os confirme um para o outro. E nós já temos experimentado a confirmação de Deus. O egoísmo, ao contrário, afunda o namoro na sua própria satisfação.

Zelo: devemos também zelar um pelo outro dentro do namoro, com a atenção, carinho e responsabilidade.
'o zelo pela sua casa me consome', diz assim a palavra de Deus; por isso, buscamos o cuidado de um para com o outro.

Partilha - É bom que todo o casal, partilhe a sua vida, a sua angustia, sua alegria, existe um crescimento entre as pessoas, uma puxa a outra e o amor flui

Carinho - Qualquer pessoa, necessita de carinho, de um abraço, de mimo, muito mais numa relação

Dar e receber - Deus, sempre falou que todas as pessoas que dão, recebem em troca, no namoro/casamento, passa-se o mesmo

Disponibilidade - Muito importante, que o casal dedique tempo um ao outro, só assim se vão conhecendo e amando. Momentos a dois.

Conversa - Falarem todos os dias, estarem juntos todos os dias.

Um namoro onde se vive o cativar da pessoa amada, irá com certeza gerar bons frutos.

Sabemos que o mundo diz o contrário de tudo isso que aqui partilhamos, mas Deus chama os namorados e aqueles que pretendem namorar, ao desafio da santidade, pois namoro não é só sentimento, mas uma decisão. Se existe decisão em viver bem o namoro, experimentamos o que diz o Prof. Felipe Aquino: 'casamento é um namoro que deu certo'.

Que Deus abençoe a sua decisão pela santidade e pelo namoro bem vivido em Deus.

Renilson e Jamile - Com. Canção Nova
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A graça de ser só


















Há pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.
Ando pensando no valor de ser só.
Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias.
Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres.
Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.
Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.
Eu também fico indignado, mas de outro modo.
Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual.
Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do "pode ou não pode".
A sexualidade é apenas um detalhe da questão.
Castidade é muito mais.
Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena.
Digo por mim.
Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo.
Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço.
O fato de não me casar, não me priva do amor.
Eu o descubro de outros modos.
Tenho diante de mim a possibilidade de ser daqueles que precisam de minha presença.
Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado.
É o que tento viver.
É o que acredito ser o certo.
Nunca encarei o celibato como restrição.
Esta opção de vida não me foi imposta.
Ninguém me obrigou a ser padre, e, quando escolhi sê-lo, ninguém me enganou.
Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites.
Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades.
Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos.
É questão de maturidade.
Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só.
Não vivo lamentando o fato de não me casar.
Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço.
Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade,
mas não faço desta luta uma experiência de lamento.
Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida.
Não tenho medo das minhas quedas.
Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia.
Eu não sou teórico.
Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas.
Eu não sou por acaso.
Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração.
Deus me mostra.
Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade.
Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade.
Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em "propriedade privada"
Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.
Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas.
É preciso pensar sobre isso.
Não se trata de casar ou não.
Casamento não resolve os problemas do mundo.
Nem sempre o casamento acaba com a solidão.
Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão.
Não trocam palavras nem olhares.
Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere.
Fizeram sexo de mais, mas amaram de menos.
Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.
É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez.
Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição.
Só se casa aquele que quer.
Por isso perguntamos sempre:
- É de livre e espontânea vontade que o fazeis?
- É simples.
Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor.
A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.

Pe. Fabio de Melo
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domingo, 10 de outubro de 2010

Pobres padres





















Se usa hábito ou cabeção...
É um “conservador”!
Se não usa...
Nem parece um sacerdote!

Se prega mais de dez minutos...
Nunca acaba!
Se prega pouco...
É muito preguiçoso, não tem vontade de falar!

Se fala da contemplação de Deus...
Já se perdeu nas nuvens!
Se comenta problemas sociais...
Só fala sobre política!

Se casa e baptiza todo o mundo...
Abusa dos sacramentos!
Se exige uma preparação...
Só põe dificuldades pra gente!

Se está sempre na paroquia...
Não visita os paroquianos!
Se visita os paroquianos...
Não está nunca na paróquia!

Se não organiza encontros...
Nesta paróquia não se faz nada!
Se convoca reuniões...
Já estamos mais que cansados de reuniões!

Se faz obras no templo...
Como gasta em tempos de crise!
Se não faz...
Deixa tudo abandonado!

Se pede dinheiro...
É um pedinchão!
Se não pede...
Deve ser porque sobra dinheiro!

Se escuta Conselho Paroquial...
Deixa-se manipular por todos!
Se não escuta o Conselho...
É um individualista!

Se é jovem...
Não tem experiência!
Se é velho...
Teria que se aposentar!

Mas quando vai embora, ou morre...
Era realmente insubstituível!
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Petição sobre o Desperdício Alimentar


Tendo conhecimento que nos refeitórios de grandes empresas, todos os dias existem centenas de refeições em perfeitas condições que são deitadas fora (a isso obriga a Lei de Saúde Pública), como explicar isto a quem passa fome?

Uma lei tem que ter um carácter minimamente humano, pois existe de e para os homens. Tem que se encontrar uma solução técnica, para que esta situação não continue a acontecer.

Por mail, contactei há 2 anos atrás a Presidência da República que me respondeu que esse era um assunto do Governo; contactado o Governo, responderam-me que iam pensar no assunto.

Entretanto, os meses foram passando e como não tive conhecimento de nada, enviei mail's para deputados de 3 forças políticas diferentes mas, nestes casos, nem resposta tive.

Algo tem de ser feito, pois todos os dias esta situação se repete. Esperemos que através deste meio, muitas pessoas necessitadas possam beneficiar deste incrível desperdício.

PETIÇÃO ONLINE:
http://www.peticaopublica.com/?pi=Cidadao
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Frei Fernando Ventura sobre a situação do País


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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Prisioneiros filipinos



Estes são os dançarinos prisioneiros do Centro de Detenção e Reabilitação da Província de Cebu. Têm imensas coreografias - que fazem sucesso, muitas no youtube e  que foram uma ideia de Byron Garcia, um consultor de segurança do governo da província de Cebu . Ele afirma que a nova rotina de exercícios melhorou "drasticamente" o comportamento dos presos e dois ex-detidos  transformaram-se em dançarinos desde então.
"Usando a música, pode envolver o corpo e a mente. Os prisioneiros têm que contar, memorizar passos e seguir a música", disse Garcia à BBC.

"Os prisioneiros dizem-me: "precisa colocar a sua mente longe da vingança, da loucura ou de planos para escapar da prisão ou juntar-se a uma gangue'", acrescentou Garcia.

A dança é obrigatória para todos os 1,6 mil detidos na prisão de Cebu , excepto para os idosos e doentes.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Decidi triunfar



E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...

Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.

Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de superá-las.

Naquele dia, descobri que eu não era o melhor E que talvez eu nunca tenha sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora, me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo que posso ter é ter o direito de chamar a alguém de "Amigo".
Descobri que o amor é mais que um simples estado e enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida".

Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha própria tênue luz deste presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não vai iluminar o caminho dos demais.

Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos são somente para fazer-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar...
Agora simplesmente durmo para sonhar.

(Walt Disney)
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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Bíblia da minha mãe















Quatro sacerdotes discutiam os méritos de várias traduções da Bíblia. O primeiro achou a versão do Rei James a melhor, por causa da sua simplicidade e do seu lindo Inglês.

O outro gostou mais da versão americana revisada, por ela ser mais literal e mais próxima da versão original em hebreu e em grego.

O terceiro gostou mais da tradução de Moffat por causa do seu vocabulário atualizado.

O quarto sacerdote ficou em silêncio.

Quando os outros perguntaram qual a sua opinião ele respondeu:
"Eu gosto mais da tradução da minha mãe."

Ao escutar isso, os outros disseram:
"Não sabíamos que sua mãe executou uma tradução da Bíblia".

Então, o quarto sacerdote respondeu:
"Sim! Ela transformou a Bíblia em cada dia de sua vida! E isso foi mais convincente que qualquer outra tradução que eu já vi."
.

A Bíblia da minha mãe

Quatro sacerdotes discutiam os méritos de várias traduções da Bíblia. O primeiro achou a versão do Rei James a melhor, por causa da sua simplicidade e do seu lindo Inglês.

O outro gostou mais da versão americana revisada, por ela ser mais literal e mais próxima da versão original em hebreu e em grego.

O terceiro gostou mais da tradução de Moffat por causa do seu vocabulário atualizado.

O quarto sacerdote ficou em silêncio.

Quando os outros perguntaram qual a sua opinião ele respondeu:
"Eu gosto mais da tradução da minha mãe."

Ao escutar isso, os outros disseram:
"Não sabíamos que sua mãe executou uma tradução da Bíblia".

Então, o quarto sacerdote respondeu:
"Sim! Ela transformou a Bíblia em cada dia de sua vida! E isso foi mais convincente que qualquer outra tradução que eu já vi."

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Presto


"A maior felicidade é fazer os outros felizes", bem dizia o Papa João Paulo II. este video comprova isso mesmo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Momento


Numa noite normal com o passado largado da memória, um homem reencontra, no lugar a que chama casa, lembranças de um tempo que viveu.
Fragmentos de pura felicidade e instantes de sublime partilha, surgem como apontamentos de esperança de um presente que não voltará a ser o mesmo..

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Obrigado, Senhor. Tu és um espanto!


Senhor, gostaria de hoje agradecer-Te por teres chamado o Padre Nuno à vida consagrada e pelo seu envio à nossa Paróquia. Faz hoje exactamente dois anos que o Teu Servo, D. Carlos Azevedo, pediu ao Padre Nuno de anunciar sempre e a cada um de nós que Tu és um espanto. E julgo que não houve um único dia nestes dois anos nos quais o Padre Nuno não tenha tentado mostrar pela sua entrega total e absoluta quão maravilhoso Tu és.

Descobrimos que, ao consagrar a nossa Paróquia a Nossa Senhora, ganhámos um Farol que ilumina os nossos passos errantes e nos conduz a Ti.

Descobrimos a Tua Voz nas pequenas coisas, tais como um balão sobre o nosso sacrário ou uma pessoa a cantar “I will always love you” à frente do Sacré Coeur em Paris.

Descobrimos, pelo exemplo do Padre Nuno, que nos queres felizes, alegres e realizados e que podemos espalhar essa Alegria nas nossas peregrinações e nas nossas caminhadas.

Descobrimos a beleza que é ter um Amigo e um Irmão em Cristo.

Aprendemos que não dá para bater palmas e ter velas acesas ao mesmo tempo.

Aprendemos que podemos estar mais próximos de Ti, nas muitas iniciativas de oração, desde os primeiros sábados, às orações de segunda-feira, de Taizé ou à maratona de oração na semana dedicada a Cristo Sacerdote.

Aprendemos que, mesmo quando nos custa seguir os Teus caminhos e choramos com receio de dar um passo no incerto, podemos estar certos de que Tu nos ajudarás a seguir-Te e que coisas fantásticas irão acontecer.

Aprendemos que, se nos abrirmos às outras religiões e a outras comunidades, podemos aprender a ser melhores pessoas e melhores cristãos.

Aprendemos, através das actividades do centro social, do banco alimentar, do apoio domiciliário, dos arraiais ou das ceias de Natal que o serviço é verdadeira Alegria.

Aprendemos nas muitas iniciativas dedicadas aos mais jovens que é possível remar contra a corrente.

Queremos ser mais unidos, mais felizes, mais Amigos, mais caridosos, mais Santos, pelo que Te pedimos que dês muita Saúde e Força ao Padre Nuno para continuar a caminhar connosco por Ti e para Ti.

Oração de acção de graças feita pelos jovens na Missa do 2º aniversário da tomada de posse. Muito obrigado a todos os meus paroquianos!
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Papa Bento XVI, desculpe-nos













Jornais ingleses moderam seu tom depois da visita papal

A revista satírica britânica Private Eye costuma publicar hipotéticas cartas de desculpas da imprensa quando a opinião que transmite sobre uma pessoa é desmentida pela realidade.

"Isso poderia ser aplicado à visita de Estado do Papa Bento XVI", afirma Dominic Lawson, editorialista de The Independent, em sua coluna de hoje, "Pope Benedict... an apology".

"O Papa. Uma desculpa. Queremos pedir desculpas por descrever Sua Santidade como o líder tirânico com botas militares de uma instituição corrupta empenhada no estupro de crianças e no extermínio de todo o continente africano. Agora aceitamos que é um homem idoso e doce, que fica feliz da vida quando beija os bebês e que este país tem muito a aprender da sua humanidade e preocupação pelos mais fracos da sociedade."

Com ironia, Lawson constata a mudança generalizada de tom da imprensa inglesa após a visita do Papa. O próprio Independent, constata, publicou comentários editoriais que "seriam impensáveis há uma semana".

"Quando alguém é qualificado como um monstro (ou ‘um velho vilão lascivo de batina', como disse Richard Dawkins) e surge como uma modesta figura acadêmica visivelmente incômoda com a grandiloquência política de uma visita de Estado, os opinadores percebem que seus leitores prefeririam um tom mais amável", afirma Lawson.

"Suspeito que é precisamente o caráter apolítico do Papa Bento XVI que lhe dá certo atrativo popular, inclusive àqueles que não são membros da Igreja Católica e que sem dúvida se sentem obrigados a seguir seus inamovíveis pronunciamentos doutrinais."

O colunista que foi diretor do Spectator conclui: "A humildade talvez seja a mais difícil das virtudes; os mais presuntuosos críticos laicistas do Papa poderiam aprender do seu exemplo".

Este não foi o único comentário. No "dia depois" da visita, segundo constata um informe de Catholic Voices, é evidente a moderação da imprensa inglesa de todos os âmbitos de opinião, assim como o unânime reconhecimento do êxito da visita, contra quase todos os prognósticos.

Repassando um a um os 5 principais cabeçalhos ingleses, em sua edição de segunda-feira, 20 de setembro, o informe mostra como foi a cobertura da beatificação do cardeal Newman no Cofton Park.

Os da esquerdaAssim, The Guardian, representante da esquerda liberal, dedica duas página a uma reportagem sobre a beatificação, assinada pelo seu correspondente religioso, Stephen Bates.

Outra correspondente, Riazat Butt, afirma que "o êxito real desta viagem histórica não foi Bento XVI, mas seu rebanho, que desafiou as expectativas e a publicidade negativa para dar as boas-vindas ao Papa".

Na seção de comentários do jornal, um dirigente recorda aos leitores por que The Guardian apoiou a visita, "apesar do conservadorismo intransigente e às vezes cruel de Bento XVI", pois "se tratava de um assunto diplomático sério".

O editorial não acredita que o Papa tenha superado "a divisão religioso-leiga", mas tem algumas palavras críticas contra os manifestantes, que "talvez não vejam nenhuma conexão entre eles e as turbas antipapistas do passado, mas há um fracasso em dar à fé o respeito sincero que lhe é devido".

Na seção do defensor do leitor, destaca-se a crítica de muitos leitores com relação ao que consideram a "hostilidade instintiva da religião" por parte do jornal, ainda que o ombudsman alegue a extensa cobertura dada pelo The Guardian à visita.

Talvez a mudança mais sintomática tenha sido, como foi comentado no início desta notícia, o caso do The Independent, jornal que, durante o período anterior à visita, tornou-se porta-voz do setor laicista mais agressivo.

Em seu editorial de ontem, Benedict spoke to Britain, o jornal admitiu que a visita "foi melhor, inclusive muito melhor do que se poderia esperar", graças sobretudo "ao que o Papa disse e como disse", mostrando "que tem um lado mais cálido, mais humano e menos rígido do que parece de longe".

"E com relação às suas alusões a quão arriscado é para a tolerância desterrar a religião às margens, talvez ele tenha deixado uma Grã-Bretanha com a mente um pouco mais aberta que quando a encontrou", conclui o editorial de forma surpreendente.

ConservadoresPor sua parte, o Daily Mail, conservador, publicou um comentário assinado por Stephen Glover, no qual afirma que a visita "foi muito além" de um êxito que a própria hierarquia católica não esperava: "O Papa falou à alma do nosso país, afirmando as verdades morais eternas que nossos próprios líderes políticos e religiosos preferem evitar".

Um dos êxitos surpreendentes destacado por Glover foi o "rosto jovem" da Igreja Católica britânica; o editorial do jornal também critica os ateus radicais, contrários à visita: "Não têm nada a oferecer como caminho de esperança para os jovens nem para ninguém".

The Times não dedica um editorial, mas publica uma reportagem de Richard Owen, seu correspondente em Roma, que se surpreende com a ênfase do Papa no "pluralismo sadio" e nas "diversas tradições religiosas" da sociedade britânica, assegurando que "este não é o homem que foi eleito papa há 5 anos".

Por último, o Daily Thelegraph apresenta um Papa sorridente na capa e afirma que ele "parecia muito mais preocupado em reconduzir o diálogo entre a Igreja e a sociedade civil do que provocar conversões", ao mesmo tempo em que cita os "exageros laicistas".

Inma Álvarez, Zenit
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Vê que interessante a quantidade dos nossos antepassados: Pais: 2 Avós: 4 Bisavós: 8 Trisavós: 16 Tetravós: 32 Pentavós: 64 Hexavós: 128 Hep...