sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo



Viver um ano novo é saborear cada vez mais a presença de Deus que vem morar no meio de nós. E isso é tão formidável... Basta olhar para o ano que passou e ver como o Senhor, de formas tão variadas, foi mostrando a sua presença amorosa. Quanta bênção! Quanta alegria!

E nós? Será que em 2011 queremos habitar na casa de Deus?

Despeço-me deste ano, desejando-vos um feliz ano de 2011 com a eterna presença terna e maravilhosa de Deus na nossa vida.

Partilho este video da minha amiga e paroquiana Cecília para, com ela, deixar-vos esta feliz inquietação para este ano novo:



QUEM HABITARÁ EM VOSSA CASA?
QUEM VIVERÁ EM TUA TENDA?
DIZ-ME, SENHOR, QUE ÉS MEU AMIGO:
QUEM PODERÁ VIVER CONTIGO?

O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no coração
O que guarda a sua língua da calúnia
e que vive com toda a rectidão
Quem habitará, Senhor?
O que não faz mal ao seu próximo
nem ofende o seu semelhante
O que despreza toda a iniquidade
mas estima os que temem o Senhor
Quem habitará, Senhor?

Quem cumpre o que promete, mesmo em seu prejuízo
e não empresta para obter lucro
Nem se corrompe para condenar o inocente
e mantém firmes os seus passos no Senhor
Quem habitará, Senhor?
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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Não sabes de onde vem nem para onde vai

 

Quem és, suave luz que me sacias
E que iluminas as trevas do meu coração?
Guias-me como a mão de uma mãe,
e se me soltasses
não mais poderia dar um só passo.
És o espaço
que envolve o meu ser e me protege.
Longe de Ti, naufragaria no abismo do nada
de onde me tiraste para me criar para a luz.
Tu, mais próximo de mim
do que eu própria,
mais intimo do que as profundezas da minha alma,
e contudo incompreensível e inefável,
para além de qualquer nome,
Espírito Santo, Amor Eterno!

Não és Tu o doce maná
que do coração do Filho
transborda para o meu,
o alimento dos anjos e dos bem-aventurados?
Aquele que Se elevou da morte à vida
também me despertou do sono da morte para uma vida nova.
E, dia após dia,
continua a dar-me uma nova vida,
de que um dia a plenitude me inundará por completo,
vida procedente da Tua vida, sim, Tu mesmo,
Espírito Santo, Vida Eterna!

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)
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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!



Anúncio do Natal:

Irmãos caríssimos: Nesta noite de Natal ressoa o pregão dos anjos, hoje repetido pela Igreja em todo o mundo: «Glória a Deus nas alturas, e Paz na terra aos homens por Ele amados». Vinde, adoremos o Salvador! Jesus Cristo é o centro do Cosmos e da história. Era esperado por toda a humanidade. Por isso recordamos a história desta espera, o anúncio deste acontecimento de salvação:

Milhões de anos passaram desde que Deus quis criar do nada o céu e a terra.

Muitos séculos decorreram desde que a luz e a vida foram suscitadas pelo poder de Deus e a terra se encheu de árvores e plantas, o mar de peixes, o céu de aves, de animais os Bosques.

Passaram ainda muitos séculos e Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. Soprou sobre ele o Espírito da vida e após a desobediência e o pecado, prometeu a vinda de um Salvador.

Dois mil anos depois de o nosso Pai Abraão ter saído da sua pátria, Ur da Caldeia, para chegar à terra prometida como Primícias do povo eleito.

Quinze séculos após a libertação do povo de Israel, quando Deus o fez sair do Egipto atravessando maravilhosamente o mar Vermelho e conduzindo-o pelo deserto para a terra prometida...

Mil anos depois da unção real de David, o humilde pastor eleito por Deus e indicado pelo profeta Samuel para ser Rei do Povo da promessa e antepassado do Messias e Pastor de Israel.

Após anos de longa espera e de exílio, quando Deus mandava profetas ao seu povo para manter desperta a esperança nas promessas de um Messias que havia de libertar Israel do jugo dos seus opressores.

Na nonagésima quarta olimpíada da Grécia,

No ano setecentos e cinquenta e dois da fundação da grande Cidade de Roma.

No ano 42 do Império de César Augusto, quando uma imensa paz reinava sobre toda a terra:

Jesus Cristo, o Deus eterno e Filho do Eterno Pai, quis consagrar o mundo com a Sua vinda misericordiosa. Anunciado pelo Arcanjo Gabriel, concebido por obra do Espírito Santo, nasceu em Belém de Judá, da Virgem Maria, feito Homem.

Este é o Natal de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo a carne. Vinde, adoremos o Salvador. Ele é o Emanuel, o Deus connosco!
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Momentos



Filmado nas ruas do Porto, este video é de cortar a respiração e deixa um nó na garganta mas vale a pena ver e entender a mensagem.
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tony Melendez - Let It Be



Este video mostra que a superação humana não tem limites!
Quando realmente queremos alguma coisa, lutamos e conseguimos...
Construir o trampolim para transpor nossas barreiras, deve ser o nosso foco.
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sábado, 18 de dezembro de 2010

Manjedoura



Senhor, de todas as perguntas com que Tu me deixas,
há uma que cresce dentro de mim:
"Que fazes do meu tempo?".

Sabes, perco-me nas tarefas, nas voltas a dar,
nesta e naquela responsabilidade, num imprevisto...

E no meio disso tudo, confesso,
o tempo da minha vida assemelha-se
mais a uma fuga do que a uma sementeira.

Neste Advento queria pedir-te luz,
para o modo de viver e de repartir o meu tempo.
Ajuda-me a realizar o meu trabalho e o meu lazer,
o meu esforço e a minha pausa
como tempos de dádiva e de encontro.
Como tempos que não sejam apenas tempo,
 mas circulação de entusiasmo e afecto, circulação de vida.

Peço-te que a minha mão aberta,
se torne muitas vezes manjedoura.


José Tolentino Mendonça
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Faxina do coração



Há algumas semanas atrás, transitando pela nossa cidade, percebi que em todas as ruas havia uma enorme quantidade de entulhos de construção, galhos de árvores, móveis velhos ou quebrados, etc.. todos amontoados nas portas das casas. Foi o pronto atendimento da população ao apelo da Prefeitura para se mobilizaremna "Semana da Faxina".
A adesão foi algo admirável!

Com aquele quadro fiquei pensando de como todos nós acumulamos, guardamos lixo, coisas emprestáveis dentro de nossas casas, nos quintais,... Impressionante! Mais impressionante ainda pelo fato de que o evento da faxina acontece todos os anos e há muitos anos.

Minha imaginação foi mais longe e pensei numa foto aérea de tudo aquilo. Lixos e mais lixos em todas as ruas fazendo com que o trabalho dos funcionários municipais, mesmo sendo tão eficiente e organizado, quase não fosse cumprido na íntegra ás datas de retiradas agendadas.

O lance da foto aérea me levou mais alto ainda. Fez-me imaginar Deus olhando para o mundo e vendo o lixo que o homem acumula em seu coração. Eles têm sido egoístas, incorretos, impuros, hipócritas, orgulhosos, arrogantes, soberbos, desprovidos de amor a Deus e ao próximo.

Todos os dias eu escuto alguém dizer:
"Está difícil!", ou "A vida está complicada!!", ou então, "Estou empurrando a vida!"
Como está complicado o ser humano, como estão complicados os relacionamentos!
Quantos problemas, quanta tristeza nos corações, quantas pessoas deprimidas!
Quantas doenças!!
Quantas situações, aos nossos olhos, sem solução!
Qual é a saída?

Deus me ensinou algo nesse dia. O primeiro passo para alcançar uma vida melhor, mais frutífera é tomar uma atitude sábia: fazer uma limpeza interna, uma verdadeira faxina no nosso coração, na nossa alma. Jogar fora o ódio, a mágoa, o rancor, o desânimo, a angústia, a insatisfação.
Lançar tudo isso aos pés de Jesus.
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A vela: uma luz



Durante o Advento, gostamos de nos sentar diante de uma vela acesa, procurando encontrar, na sua luz, a paz. As velas, os castiçais, exerceram, desde sempre, sobre os homens uma atracção particular. A sua luz é cheia de doçura. Ao contrário do néon, cuja luz é tão crua, a luz da vela só ilumina o espaço à nossa volta, deixando tudo o resto na penumbra. O seu brilho difunde-se num ameno calor. Não se trata de uma fonte de iluminação artificial que deve expandir-se igualmente sobre todas as coisas. Pelo contrário, a luz da vela possui, na sua essência, as qualidades do mistério, do calor, da ternura. À luz da vela podemos olhar-nos a nós próprios; percebemos então, com um olhar mais doce, a nossa realidade, muitas vezes tão dura. Esta doçura dá-nos coragem para nos vermos tal como somos, e para assim nos apresentarmos diante de Deus. Podemos então aceitar-nos a nós mesmos.

A luz da vela não ilumina apenas, ela também aquece. E, além disso, com o seu calor, traz o amor para o nosso espaço. Preenche o nosso coração com um amor mais profundo e mais misterioso do que o dos seres aos quais nos sentimos unidos: um amor que provém de uma inesgotável fonte divina, um amor que não é frágil como aquele que trocamos entre nós, humanos.

Se deixarmos que essa luz penetre no nosso coração, podemos então sentir-nos plenamente queridos, com um amor que torna tudo, em nós, digno de ser amado.

É, afinal, o amor de Deus que vem até nós nesta luz da vela. A luz nasce da cera que arde: imagem de um amor que se consome. Ela dura enquanto dura a cera, sem pretensões de economia. No entanto, é preciso, por vezes, diminuir a mecha, sem o que a chama pode subir demasiadamente alto e espalhar a fuligem à sua volta. Há também uma forma de amar demasiadamente intensa, na qual nos esgotamos de modo excessivo. Um tal amor não faz bem, nem a nós próprios nem aos outros, que são sensíveis ao que nele há de “fuligem”: as intenções subjacentes, o excesso de vontade, o artifício, tudo o que faz com que esse amor não traga luz aos outros, mas antes obscuridade.

A vela compõe-se de dois elementos.
Há em primeiro lugar a chama, símbolo da espiritualidade que se eleva até ao céu. Conta a lenda que a oração dos padres do deserto transformava os seus dedos em chamas de fogo. A vela que arde é pois uma imagem da nossa prece. Assim os peregrinos gostam de acender, uma vez chegados ao fim da sua viagem, um círio que colocam no altar ou diante de uma estátua da Virgem, persuadidos de que a sua oração durará enquanto durar a chama. Esperam deste modo que a oração possa trazer luz às suas vidas e ao coração daqueles por quem acenderam o círio.

O segundo elemento da vela é a cera que se consome. Para a Igreja dos primeiros tempos, a vela, o círio, era, por isso mesmo, um símbolo de Cristo, Deus e homem ao mesmo tempo. A cera é a imagem da sua natureza humana que ele sacrificou por amor a nós, e a chama é a imagem da sua divindade. As velas que acendemos durante o Advento e no Natal lembram-nos assim o mistério da Encarnação de Deus em Jesus Cristo.
Nessa vela, é o próprio Cristo que se torna presente entre nós, e é ele que, com a sua luz, ilumina a nossa casa e o nosso coração, e os aquece com o seu amor. E é precisamente através da sua natureza humana que resplandece a natureza divina de Jesus. A vela mostra-nos pois, também, o mistério da nossa própria encarnação. Através do nosso corpo, é Deus que deseja fazer brilhar a sua luz neste mundo. Desde o nascimento de Jesus que ela brilha em cada rosto humano.

A ti que me lês, desejo que leves a muitos outros seres, durante o Advento, uma luz que ilumine, com doçura, tudo aquilo que eles prefeririam não ver neles próprios. Tornar-te-ás então, para eles, tal como a vela, uma fonte de vida e de amor.
                                                                                                                                                                             Anselm Grün
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Vigília de Natal - Concerto das Crianças


Ao ver as ruas enfeitadas com luzes resplandecentes, recordamos que estas luzes evocam outra luz, invisível aos olhos, mas não ao coração. Enquanto as admiramos, o nosso ânimo volta-se para a verdadeira luz espiritual trazida a todos os homens de boa vontade. O Deus connosco, nascido da Virgem Maria em Belém, é a Estrela da nossa vida! Por isso, entre os vários símbolos, que nos ajudam a preparar, celebrar e viver o Natal encontra-se o da Luz. 

É neste ambiente de festa, de alegria, de vigilância e preparação que iremos celebrar a nossa vigília de Advento. Para nos ajudar, as crianças da paróquia irão brindar-nos com um concerto.

Venha juntar-se a nós e, rezando uns pelos outros, prepararemos melhor o nascimento de Jesus.
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Se tudo fosse perfeito




Se tudo fosse perfeito a vida não teria graça e não aprenderiamos nada com ela!!...
Viver é enfrentar as duvidas, os medos, as escolhas...
Viver é saber que provavelmente vais ter muitos momentos de provação, mas que cada um vai valer a pena... porque irás crescer e descobrir o valor da vida e dos outros e isso vai fazer-te sentir orgulhoso.
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os meus amigos




"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia,
das vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado
para continuar a viver a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Alegria cristã



Quem dera que todos os cristãos pudessem partilhar e contagiar o mundo com a alegria insondável que nos vem de Deus. Somos portadores de uma Boa Nova que enche de sentido, verdade e plenitude a vida. Espalhemo-la de forma alegre e contagiante pelo mundo!
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dai-me a graça, Senhor, de mudar a mim mesmo!



"Na juventude, eu era um revolucionário e rezava assim:'Dai-me energia, ó Deus, para mudar o mundo!'

Ao chegar à meia-idade, notei que metade da vida já passara sem que eu tivesse mudado qualquer pessoa.

Então, mudei minha oração, dizendo a Deus: 'Dai-me a graça, Senhor, de transformar os que vivem comigo dia a dia, como a minha família, os meus amigos; com isso já ficarei satisfeito'

Agora que sou velho e tenho os dias contados, percebo como fui tolo ao rezar assim.

A minha oração, agora, é apenas esta: 'Dai-me a graça, Senhor, de mudar a mim mesmo'

Se eu tivesse rezado assim, desde o princípio, não teria desperdiçado a minha vida."

Sufi Bayazid
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Vê que interessante a quantidade dos nossos antepassados: Pais: 2 Avós: 4 Bisavós: 8 Trisavós: 16 Tetravós: 32 Pentavós: 64 Hexavós: 128 Hep...