sábado, 27 de novembro de 2010

És tu Jesus?



Aconteceu mesmo. 
– O pai está? 
– Acho que não, respondeu o menino. Quem fala?
– Diga-lhe que lhe telefonou o Jesus… 
– Ai tu és o Jesus?
– Sou, sim…, disse o amigo do pai, um pouco intrigado com a pergunta do menino. 
– Olha, eu gosto muito de Ti! Todos cá em casa gostamos muito de Ti! Espera, eu vou chamar o meu irmão… É o Jesus, vem cá! 
– Ai tu és o Jesus? Eu também te amo!...

Do outro lado, só um nó na garganta, e resposta impossível.

Do outro lado… Do outro lado, também o «Outro», o verdadeiro Jesus, ouvia, comovido, aquelas declarações de amor em silêncio. Valia a pena ter morrido por nós para ouvir as nossas declarações de amor, pois para ouvi-las é que morreu na Cruz.

«Vem, Senhor Jesus!», põe-nos na boca a Liturgia da Igreja. Também nesta nossa Casa, todos gostamos muito de Jesus e aprendemos a gostar cada vez mais. Chama os teus irmãos, porque é Jesus quem chama e espera escutar a voz de cada um.

«Vem, Senhor Jesus!» Nem sabemos bem o que pedimos; pedimos tudo; pedimos a felicidade actual e eterna. Estamos pedindo a bem-aventurança. E «quem só pede ao Senhor a bem-aventurança e só por ela anseia, pede com segurança e certeza, e não teme receber com ela qualquer dano, porque pede aquilo sem o qual de nada lhe serviria qualquer outra coisa que recebesse, orando como convém. Esta é a única verdadeira vida bem-aventurada: contemplar eternamente a bondade do Senhor, na imortalidade e incorruptibilidade de corpo e alma. Só por causa desta felicidade se buscam outros bens, só com esta finalidade se pede como convém. Quem alcançar a vida bem-aventurada terá tudo o que deseja e nela nada encontrará que não lhe convenha» (S.to Agostinho, «ad Probam»).

O silêncio do Menino no seio de Maria, o silêncio do Menino no Presépio, como o silêncio de Jesus no Sacrário, é um silêncio expectante. «Vem, Senhor Jesus!», mostra-nos a tua face, mostra-nos o teu sorriso, mostra-nos o teu amor, e já nada nos inquietará. Basta-nos saber que nos amas para saber que nos perdoas e nos esperas no Céu.

«Eu vos digo que tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes» (Mc 11, 24), responde-nos o Senhor. Pois, se já O recebemos pela fé e pela Sagrada Comunhão, penhor da vida eterna, de que mais precisamos que não esteja contido em Jesus?
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A beleza da vida




Fantástico este video sobretudo quyando nos preparamos para amanhã celebrarmos com o Papa e o nosso Patriarca a VIGÍLIA PELA VIDA.

Há vários vídeos de bebés a mexer in útero com milhões de visualizações no YouTube, mas este, mais recente, está a fazer sucesso na Internet. Trata-se de um vídeo que mostra uma mulher grávida, deitada de costas, enquanto o bebé se movimenta vigorosamente.
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A morte não representa nada.
Eu apenas parti para o quarto ao lado.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que éramos uns aos outros continuamos a sê-lo sempre.

Tratem-me pelo nome pelo qual sempre me trataram.
Falem comigo como sempre o fizeram.
Não o façam com um tom de voz diferente,
nem ponham um ar solene ou triste.
Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim, rezem por mim.

Que o meu nome seja pronunciado como sempre o foi,
sem qualquer espécie de enfase,
sem nenhum vestígio de tristeza.

A vida significa aquilo que sempre significou.
Ela é o que sempre foi. O fio não está cortado.

Por que razão haveria eu de estar fora do vosso pensamento, só porque estou fora da vossa vista?

Estou à vossa espera, não estou longe:
apenas do outro lado do caminho.
Como vêem, tudo está bem.


CHARLES PEGUY

Etapas



É preciso saber sempre quando uma etapa chega ao fim...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos de viver.
Encerra ciclos, fecha portas, termina capítulos! Não importa os nomes que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já acabaram.
Foste despedida do trabalho? Terminaste uma relação? Deixaste a casa dos teus pais? Foste viver para outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Podes passar muito tempo a perguntar-te porque é que isso aconteceu…
Podes dizer para ti mesmo que não darás mais um passo enquanto não entenderes as razões que te levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na tua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas essa atitude será um desgaste imenso para todos: para os teus pais, amigos, filhos, irmãos, todos estarão a encerrar capítulos, a virar a folha, a seguir em frente, e todos eles irão sofrer ao ver-te simplesmente parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixa-las realmente irem embora…
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que têm.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está a acontecer no nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está a jogar nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhámos, e às vezes perdemos.
Não esperes que te devolvam algo, não esperes que reconheçam o teu esforço, que descubram o teu génio, que entendam o teu amor. Pára de ligar a tua televisão emocional e de ver sempre o mesmo programa, que mostra como sofreste com uma certa perda: isso estará apenas a envenenar-te, nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que estão sempre a ser adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diz a ti mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembra-te que houve uma época em que podias viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerra ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por arrogância, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na tua vida.
Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacode a poeira. Deixa de ser quem eras, e transforma-te em quem és. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

Fernando Pessoa
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domingo, 14 de novembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

Onde existe facilitismo deve haver exigência,
Onde está vulgaridade, pôr excelência,
Onde está «moleza», pôr dureza,
Onde está «golpada», pôr seriedade,
Onde está «videirismo», pôr honra
Onde está ignorância, pôr conhecimento,
Onde está mandriice, pôr trabalho,
Onde está aldrabice, pôr honestidade.
Onde há desperdício, pôr sobriedade,
Onde há «direitos adquiridos», pôr deveres assumidos”!

Fernando Madrinha
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Partiu o senhor do adeus




Souberam por amigos, por SMS ou através do apelo lançado no Facebook. Mais de uma centena de pessoas reuniu-se na noite de S. Martinho (11 de Novembro), na praça Duque de Saldanha, no centro de Lisboa, para acenar aos carros, tal como o Senhor do Adeus fazia “desde sempre”.

Muitos carros respondiam aos acenos com buzinadelas. Alguns turistas paravam para perguntar o que se passava. Na beira do passeio estavam velas acesas. Ao lado destas, Vasco Barbosa, o informático que lançou hoje de manhã a convocatória no Facebook, colou um gato dourado, com um braço eléctrico a acenar continuamente.

“Estou surpreendidíssimo com o número de pessoas”, reconheceu Vasco Barbosa, 30 anos, que desde os 15 mora naquela zona da cidade. “No meu percurso passo por aqui muitas vezes. Não o conhecia bem, mas dizia-lhe sempre boa noite.” E acrescenta: “A cidade está cheia desta gente especial. Quando soube o que tinha acontecido, resolvi lançar isto no Facebook”.

Houve quem fosse até ao Saldanha com a família inteira. É o caso de Ricardo Machado, lisboeta de 37 anos, que estava na companhia da mulher e dos três filhos. “Eles não se lembram”, diz, apontando para as crianças. “Eu lembro-me dele desde sempre”. Tal como Susana Sintra, 24 anos, que “sempre que via o senhor, fazia questão de dizer adeus”.

Entre o grupo de pessoas que se juntaram no Saldanha estavam alguns rostos conhecidos. O advogado Ricardo Sá Fernandes, na primeira linha, junto à estrada, acenava, visivelmente comovido. “Estou muito comovido”, reconheceu. “Era um senhor muito simpático. Isto é muito bonito”, disse, sem deixar de acenar para os carros que passavam.

Mais atrás, estava o escritor Rui Zink. “Este é o melhor velório a que vim nos últimos anos. E eu já estou a ficar habituado a velórios. Provavelmente é o melhor a que alguma vez irei”.













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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Senhor, preciso encontrar-Te em mim...

Deus Pai Todo Poderoso, por que eu não estou captando Tua Luz,  amplamente?

Deus Pai Todo Poderoso, por que eu não consigo expandir, de mim, amplamente, a Tua luz, apesar de meu esforço constante?

Deus Pai Todo Poderoso, por que tenho tantas dificuldades em seguir teus passos, sem duvidar, ao menos um pouco que o seja?

Deus Pai Todo Poderoso, por que não consigo estar satisfeito comigo mesmo, e, por que vejo isso nas pessoas, em geral?

Deus Pai Todo Poderoso, por que não consigo expandir tua LUZ sobre os meus pensamentos, sobre os meus sentimentos, sobre os meus atos em minha existência, que, ao certo, atingem a vida dos que amo, dos que comigo caminham, apesar do esforço hercúleo diário, pedindo por Tua mesma Luz?

Deus Pai Todo Poderoso, por que, apesar das muitas passagens que já passei por este Orbe, por que ainda não consigo trabalhar com as ferramentas que me ofertastes, em Ícones em LUZ dispostas no mundo sutil,  para aqui poder melhor executar minha missão, com maior maestria? O que adianta tê-las recebido mentalmente e emocionalmente, se, se, não consigo bem manejá-las?

Deus Pai Todo Poderoso, por que necessito fazer algo grandioso e, ao mesmo tempo, sinto-me engolido por esta grandiosidade, tornando-me lento para operacionalizá-la?

Deus Pai Todo Poderoso, por que as coisas nessa linha,  não estão fluindo como deveriam, de forma mais incisiva, positiva?

Deus Pai Todo Poderoso, eu sei que, Tudo Podes, Tudo Sabes e Tudo Provês, mas, por que eu não consigo verificar isso em mim? Por que não visualizo isso  nos dias da  vida dos que, e são tantos, dos que amo ?

Desta forma, como sabedor dos tantos que  “marcham comigo", por que, apesar de muito lutar para superar minhas barreiras, por que tenho que dizer-te, aqui, agora, que estou cansado, exausto, encurvado, quase "entregando os pontos"?

Nesse sentido, Senhor, preciso de Tua Mão Amiga. Tu Tens o Poder de Ajudar-me, Senhor. Preciso encontrar-TE em mim. Tu tens o Poder de Elevar-me, Senhor, em uma vibração mais elevada.

Por isso,  já sem poder recorrer a tudo que seja racional, disponho-te tudo o que sou, ou não sou; tudo o que aprendi ao longo do tempo, ou não aprendi; tudo o que tenho, ou não tenho, e Peço Mais LUZ.

Busco ser  nutrido  em Tua Força Maior; busco recarregar-me para continuar a jornada com maior certeza no futuro, com maior Vontade, com maior alegria.

Pois tenho buscado, desta maneira fazer, totalmente, Tua Vontade, alojada em meu coração; pois tenho buscado “o Teu  maná, igual distribuído, em eras passadas, no deserto”; busco nutrir-me dele e despertar mais claramente minha Consciência Maior de Ti, do Cosmos, da Vida, nesta existência; busco realinhar-me e continuar trabalhando com outro vigor: em benefício dos que seguem ao meu lado no caminho, os quais  esperam em mim uma Maior Parcela doTeu Amor, do Teu Poder e de Tua Sabedoria.

Por isso, faço este rogo  buscando, Aqui, Agora, elevar  Minhas Frequências Vibracionais Uma Oitava Acima, iguais vivenciadas por outros seres em outra das muitas de Tuas Moradas, espalhadas pelo Universo.

Também faço este rogo por Tua LUZ, à Todos nós que, Tu o Sabes, temos trabalhado como Teus Filhos Mais Dedicados.

Assim, dai-me Luz à mente, ao coração; aos meus pensamentos e aos meus sentimentos.  Preencha-me o espírito, ministrando maior sentido à vida e Encaminha-a para Todos no Universo, iluminando os caminhos teus filhos comigo nesta jornada,  capacitando-nos  à Criação Perfeita à atingir Todo Cosmos.

Que Assim Seja.

Amando a Essência Divina Individualizada Em Cada Ser Humano, Onde quer que esteja, neste tempo e em todos os tempos paralelos, nesta e em todas as dimensões, Desde Sempre, Eternamente.

Vitor Hugo
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Se não houver...



Qualquer circunstância das vida oferece sempre uma colheita de grande valor porque
se não houver frutos, valeu a beleza das flores,
se não houver flores valeu a sombra das folhas,
se não houver folhas valeu a intenção da semente.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Medos...



A tristeza e o medo entranhando-se no coração ao ponto de o fecharem a toda a esperança até que uma voz chama, liberta e consola: “Vem comigo, deixa os teus muitos medos, descobre a beleza que tu és”. Se experimentas o sofrimento ou a solidão, confia na palavra do Senhor, eu estou contigo. Se os caminhos fechados de uma sociedade desorientada te confundem, escuta o Senhor que diz: “Eu venci o Mundo”.
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sábado, 6 de novembro de 2010

Bem-vindos...



Um pequeno esforço, uma boa vontade, um simples sorriso e muda logo o dia. Ao ver este video, já me sinto cheio de coragem de conquistar o mundo.

E espero que, da próxima vez que viajar, ao regressar, tenha uma recepção destas... ehehe

Bom dia!
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pergunta fundamental

“Morre alguém:
É como passos que param…
E se fosse uma partida para nova Etapa?

Morre alguém:
É como árvore que cai…
E se fosse uma semente a germinar uma Terra nova?

Morre alguém:
É como uma porta que se fecha…
E se fosse uma passagem abrindo-se
para outras Paisagens?”

De facto, a morte continua sendo o grande enigma da condição humana…
Será a Morte o ponto final absoluto ou apenas o fim de um estado de vida
que, como semente ao morrer, se abre para um futuro insuspeitado?
Da resposta a esta pergunta depende muito a nossa postura perante a vida, ou seja:
o enfoque e o sentido que lhe damos…

E quem nos dá a resposta?
Como diz E. Chillida: “Da morte, a razão diz-nos que é definitiva. Da Razão, a razão diz-nos que é limitada…”

Se ficamos, pois, pela voz da razão, estamos perante uma vida sem futuro ou um futuro sem vida…
Mas a consciência dos limites da razão face a este mistério
pode abrir-nos para outra Luz e outras respostas:
A Luz e as respostas que nascem da Fé em Jesus Cristo.
É Ele que nos garante que Deus é um Deus de vivos e não de mortos,
que o seu Amor é fiel e imutável e que, na morte, nos acolhe como Filhos
para um abraço de Comunhão e de Vida para sempre.

Por isso proclamamos: “Creio na Vida Eterna.”
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Hoje é dia de todos os santos



Hoje é dia de todos os santos:
dos que têm auréola
e dos que não foram canonizados.
Dia de todos os santos:
daqueles que viveram,
serenos e brandos,
sem darem nas vistas
e que no fim dos tempos hão-de seguir o Cordeiro.

Hoje é dia de todos os Santos:
santos barbeiros e santos cozinheiros,
jogadores de futebol
e porque não? comerciantes, mercadores,
caldeireiros e arrumadores
(porque não arrumadoras? se até é mais frequente
que sejam elas a encaminhar o espectador?)

Ao longo dos séculos, no silêncio da noite e à claridade do dia
foram tuas testemunhas;
disseram sim/sim e não/não;
gastaram palavras, poucas, em rodeios, divagações.
Foram teus imitadores
e na transparência dos seus gestos
a Tua imagem se divisava.
Empreendedores e bravos
ou tímidos e mansos, traziam-te no coração,
Olharam o mundo com amor e os homens como irmãos.
Do chão que pisavam
rebentava a esperança de um futuro de justiça e de salvação
e o seu presente era já quase só amor.

Cortejo inumerável de homens e mulheres
que Te seguiram e contigo conviveram, de modo admirável:
com os que tinham fome partilharam o seu pão
olharam compadecidos as dores do mundo
e sofreram perseguição por causa da Justiça
Foram limpos de coração
e por isso dos seus olhos jorrou pureza
e dos seus lábios brotaram palavras de consolação.
Amaram-Te e amaram o mundo.
Cantaram os teus louvores e a beleza da Criação.
E choraram as dores dos que desesperam.
Tiveram gestos de indignação e palavras proféticas
que rasgavam horizontes límpidos.
Estes são os que seguem o Cordeiro
porque te conheceram e reconheceram e de ti receberam
o dom de anunciar ao mundo a justiça e a salvação.

 Maria de Lourdes Bechior
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Deus de todas as manhãs



Deus de todas as manhãs,
Deus Santo e Inesgotável,
cuja proximidade faz experimentar a abundância da Presença e do Imenso…
Mistério…


Deus Bom, que desfolhas suavemente as páginas da Criação
e escreves com a caligrafia do vento
mensagens de Amor e Esperança entre as ramadas das árvores…
Por isso é que o Ser Humano te percebe mais sussurrante
sempre que procura a sombra do Silêncio, o espaço vastíssimo da solidão comungada.

Gostava de ter olhos capazes de ultrapassar toda a vulgaridade.
Gostava de ver para lá das pequenas anormalidades de cada dia
até conseguir assimilar verdadeiramente
que o normal é a Beleza, a Verdade e o Sentido.
Isso é que é o normal, o natural, o perene...
Por isso é que nos dá Paz!
Por isso é que o contrário nos desaloja, intranquiliza, aperta…


Chamamos “normal” ao que é contrário a nós mesmos,
chamamos “invulgar” àquilo para que fomos feitos…
andamos um bocado confusos, Senhor.

Toma conta de nós, por favor.
Ajuda-nos a estarmos mais abertos e atentos, mais capazes de darmos as mãos, de nos ouvirmos… 
Faz-nos chegar à sabedoria de nos reconhecermos uns aos outros como coisa sagrada 
 e, ao mesmo tempo, não nos levarmos assim tão a sério… 
Ensina-nos a amar de tal maneira as coisas amáveis 
que cheguemos ao ponto em que o velho jogo humano 
de ver quem é que tem razão deixe de ter interesse… 

Ai, meu Senhor e meu Dono, minha Paz, 
queria tanto que nos fosses revelando sempre os segredos 
 para nos tornarmos pessoas grandiosas, crescidas, 
até chegarmos à suprema maturidade de sermos simples, 
ao altíssimo tamanho de quem oferece às mancheias a própria vida…

Olha, Senhor, minha Vida, meu Amor maior,
farto-me de usar as “reticências”
porque as palavras são todas “curtas nas mangas”
quando têm que vestir as revelações mais verdadeiras do Coração…
Por isso, peço-te apenas que nos ensines a pedir como convém!

Pedir bem é bom…
Tu não precisas que Te peçamos nada: sabes o que nos faz falta
e és infinitamente leal e benfeitor.
Mas nós precisamos muito de aprender a pedir bem,
de saber pedir, quando falamos contigo,
porque pedir bem é sintonizar com aquilo que tu já nos deste…
por isso é que pedir bem é sinónimo de aprender a receber.
És tão Pai-Mãe
que usas truques que nós já conhecemos, em alguma medida, deles…

Adoro-te! Amo-te!
E sinto este amor em mim não como um sentimento ou uma pulsão,
mas como uma Fome insaciável de sorver luz e vida e gozo
e alegria e paz e esperança
e uma Sede desejosa de beber o céu às golfadas até explodir, eu mesmo,
e me tornar um universo pessoal
em infinita expansão dentro das Tuas infinitas desmedidas.
Ai se eu pudesse… Ai se deixasses…

MAS “a vida é feita de nadas”… e contam!

Rui Santiago
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Senhor, ensina-me a procurar-Te



Senhor, ensina-me a procurar-Te
e a mostrar-Te a mim que Te procuro.
Eu não posso procurar-Te se Tu não me ensinas,
nem eancontrar-Te se Tu não Te mostras.
Que eu procure desejando-Te,
que Te deseje, procurando-Te,
que Te encontre amando-Te
e que Te ame, encontrando-Te.

S. Anselmo
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Vê que interessante a quantidade dos nossos antepassados: Pais: 2 Avós: 4 Bisavós: 8 Trisavós: 16 Tetravós: 32 Pentavós: 64 Hexavós: 128 Hep...