do Lat. ciboriu; s. m., a parte mais alta que exteriormente remata ou cobre a cúpula das grandes igrejas ou dos edifícios monumentais. Este blog é, na sua grande maioria, partilha de videos e textos de diversos autores que recebo diariamente. Com a visão dos outros podemos ver mais alto, mais longe...
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Etapas
É preciso saber sempre quando uma etapa chega ao fim...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos de viver.
Encerra ciclos, fecha portas, termina capítulos! Não importa os nomes que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já acabaram.
Foste despedida do trabalho? Terminaste uma relação? Deixaste a casa dos teus pais? Foste viver para outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Podes passar muito tempo a perguntar-te porque é que isso aconteceu…
Podes dizer para ti mesmo que não darás mais um passo enquanto não entenderes as razões que te levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na tua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas essa atitude será um desgaste imenso para todos: para os teus pais, amigos, filhos, irmãos, todos estarão a encerrar capítulos, a virar a folha, a seguir em frente, e todos eles irão sofrer ao ver-te simplesmente parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixa-las realmente irem embora…
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que têm.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está a acontecer no nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está a jogar nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhámos, e às vezes perdemos.
Não esperes que te devolvam algo, não esperes que reconheçam o teu esforço, que descubram o teu génio, que entendam o teu amor. Pára de ligar a tua televisão emocional e de ver sempre o mesmo programa, que mostra como sofreste com uma certa perda: isso estará apenas a envenenar-te, nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que estão sempre a ser adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diz a ti mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembra-te que houve uma época em que podias viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerra ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por arrogância, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na tua vida.
Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacode a poeira. Deixa de ser quem eras, e transforma-te em quem és. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.
Fernando Pessoa
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CONHECERMO-NOS...
ResponderEliminar"E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"
E por esta razão devemos decididos
ir ao encontro da Vida
com o que de melhor temos em nós
no Ser que fomos ambicionando
e entretanto conhecendo...
E porque sobretudo
na memória de um tempo novo,
em que nos confrontámos...
Inteiramente o Merecemos.
dulce ac