terça-feira, 17 de dezembro de 2019

O Papa Francisco faz hoje 83 anos.

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Parabéns, Santo Padre!

Obrigado por fazer muito mais do que gestos simbólicos... por ter trocado a limousine por um carro simples... por ter renunciado ao luxuoso apartamento papal para residir com os funcionários da Santa Sé... por usar uns velhos sapatos pretos, em vez dos famosos sapatos vermelhos... por mandar instalar chuveiros e um serviço de barbearia para os sem-abrigo que circulam na Praça de São Pedro... por doar um palácio do Vaticano para auxiliar os pobres... por denunciar o carreirismo eclesiástico, num Vaticano enredado nos seus próprios jogos de poder e riqueza... por não usar nenhuma forma de encobrimento, nos escândalos do Banco do Vaticano e da pedofilia na Igreja! ...por cada palavra das Encíclicas: “Luz da Fé” e “Louvado Seja”, esta última que apela à ação contra o aquecimento global e a degradação do meio ambiente... por cada conselho das Exortações apostólicas: “Alegria do Evangelho”, “Alegria do Amor”, “Alegrai-vos e exultai!”... pela maravilha do ano da Misericórdia...

Gosto muito de si!
Faz-me tão bem!
Sigo Jesus com outro encanto!

João Torres

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Voltar-me para Ti, Jesus, como Maria!



«A Virgem Maria,
porque plena da graça do Espírito Santo
e perdida na luz simples de Deus,
tinha todas as Suas energias
pacificamente voltadas
para a realização da vontade de Deus.»

Beato Pe. Eugénio Maria do Menino Jesus | 1894 – 1967
Quero ver a Deus. 334.

Minha Mãe,
neste tempo santo de Advento
em que contemplavas com amor
o Filho de Deus que trazias em Teu ventre,
ensina-me a entrar no mais íntimo do meu coração
e aí tomar consciência de que sou habitado
pela Presença de Jesus
que me inunda com a Sua Luz e graça.
Minha Mãe, abre os olhos do meu coração
à Sua Presença
e que essa mesma Presença
possa irradiar de mim para os outros
em ações de amor e misericórdia.
Assim seja.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

O olhar que transformou "Barrabás" num cristão


Quando Mel Gibson convidou Pietro Sarrubi para fazer de "Barrabás" em "A Paixão de Cristo", o ator hesitou: queria um papel com mais protagonismo. Encarnou mesmo "Barrabás" e os poucos minutos que esteve em cena mudaram-lhe a vida.

Pietro Sarrubi fala da sua conversão

Pietro Sarrubi tinha 43 anos e, como qualquer ator, estava sempre à espreita de novas oportunidades de trabalho. Foi, então, que recebeu um convite inesperado, do realizador Mel Gibson.

“No começo, imaginava um filme de ação, um filme de luta. Descobri que era um filme sobre as últimas horas da vida de Cristo e não podia acreditar que o Mel Gibson ia fazer um filme desses. Mas eu sou ator, um filme ou outro é a mesma coisa”, diz Sarrubi à Renascença, num português do Brasil pontuado por termos italianos ou ingleses, durante uma conversa que teve lugar na véspera da sua participação na Conferência Nacional de Apostolado dos Leigos, em novembro.

Apesar da "honra" de ser contactado pelo realizador, Pietro Sarrubi ainda hesitou. “Quando ele me propôs fazer de Barrabás, eu disse que não, porque os atores ganham consoante a importância da personagem. Cada dia em que se trabalha ganha-se dinheiro. "Barrabás" era um papel curtinho. Eu disse que queria ser um apóstolo. Ele falou-me durante muito tempo para me convencer. Não é simples dizer que não a Mel Gibson. Eu sou teimoso, mas ele também. Muito mais. Ele deu-me bastante dinheiro mais do que o projeto inicial previa, para me convencer. É pena, mas é verdade.”


A ação reservada a "Barrabás" no filme “A Paixão do Cristo” é bastante curta. Pôncio Pilatos apresenta-o como alternativa à libertação de Jesus e, para surpresa do próprio salteador, o povo pede que seja ele o libertado. Barrabás comporta-se como um cão selvagem, rosnando e gozando com os guardas, enquanto eles lhe tiram as correntes. Depois, desce as escadas para ir ter com o povo, mas por três vezes volta-se para trás e o olhar cruza-se com o de Jesus. A sua expressão muda. Não foi só isso que mudou.

“Essa cena foi gravada 54 vezes, mas só da primeira vez foi tão intensa, tão de rutura, tão explosiva, que aconteceu uma coisa realmente estranha. Eu parei, todos pararam. Fiquei sem respiração. Não entendíamos o que estava a acontecer. Depois, aconteceu com o Cireneu, com a Verónica, com outros, sucessivamente, mas o primeiro com quem aconteceu foi comigo. O olhar era tão forte, tão verdadeiro, que criava uma suspensão da realidade”, diz.

“Todas as noites íamos para o bar do hotel, para nos divertirmos, mas naquela noite não consegui. Pedi o jantar para o quarto, mas não consegui comer. Liguei a televisão, mas não consegui ver. Estava muito esquisito. Pensei que devia estar doente, mas, quando fui para a cama, fiquei com medo do escuro, pela primeira vez. Eu que já dormi num monte de lugares improváveis, irrepetíveis, naquela noite, no hotel super iluminado, no centro de Roma, estava com medo do escuro.”

“Liguei a luz de cabeceira e fiquei toda a noite sentado na cama a pensar neste olhar que tinha pela frente. Era um olhar com uma pergunta, uma pergunta que eu não conseguia compreender e que me desestabilizava”, explica o ator.

A resposta a essa pergunta acabou por encontrá-la na Igreja. “Fiz de tudo para dizer que não, mas não consegui, porque cada passo que dava para trás dava dez para a frente. Eu parava, mas o meu coração puxava-me para a frente.”

À volta do mundo para chegar a casa

Como a maioria dos italianos da sua geração, Sarrubi teve uma educação católica, mas foi sem grande profundidade e o que lhe ensinaram não o satisfez. Ainda jovem, deu a volta ao mundo, passou uma temporada num mosteiro budista, investigou diferentes tradições e realidades. Acabou por encontrar a resposta que procurava à porta de casa, na mesma Igreja que nunca lhe tinha dito nada. Ainda assim, diz que não foi tempo perdido.

“A pesquisa nunca é tempo perdido porque forma. Tempo perdido é quando ficamos na cama a olhar para a janela. Quando trabalhamos, viajamos, estudamos, procuramos, é sempre tempo interessante. Ainda que haja lutas, ainda que haja erros, porque quando se erra e se aprende com os erros, isso não é tempo gasto. Mas a pesquisa foi interessante para mim, inclusivamente na dimensão de ator.”

“Há uma parte antropológica da pesquisa. Todos os homens nascem para procurar a beleza e a felicidade. Alguma vez foi abordado por alguém a perguntar por um restaurante onde se come mal? Sabe de um hotel feio? Tem alguma amiga feia com quem possa sair? Claro que não! Essa procura simples faz parte de uma procura mais alta. O homem procura sempre a beleza, porque a beleza é a prova da presença de Deus. Não é a beleza estética, mas a beleza que dá um carinho ao coração. Aquela beleza que está na música, na arte, na mensagem, na comida, no mar, em tudo o que Deus criou”, afirma.

O regresso à Igreja Católica foi um processo. Começou por ir à missa, mas ficava na parte de trás da Igreja, com vergonha de não saber as respostas e os gestos. “Cada domingo fui avançando um bocadinho mais. Mas quando se chega à frente de tudo entendemos a maravilha absoluta de estarmos nós, com o padre e com a Eucaristia. Porque naquele ponto estamos sentados à mesa da Última Ceia. É uma coisa espetacular. E quando eu olhava, as primeiras duas ou três filas estavam sempre vazias e eu pensava ‘é incrível, a caridade dos cristãos, que deixam livres as filas, mesmo como está escrito, que o último será o primeiro. Deixam para o último’”, recorda Sarrubi.

A emoção era de tal forma que uma das suas filhas disse que não queria fazer a primeira comunhão, porque sempre que o pai comungava chorava.

Pietro Sarrubi confirma que a sua não foi a única conversão, mas Mel Gibson pediu sigilo a todos, porque não queria que essas histórias fossem encaradas como medidas de marketing.

Curiosamente, ao contrário de muitos dos atores e outros profissionais que trabalharam no filme, a vida do realizador, que nunca escondeu a sua fé, acabou por ter uma viragem para pior depois de “A Paixão do Cristo”. Gibson divorciou-se, foi apanhado a conduzir alcoolizado e, ao ser detido, lançou-se numa diatribe contra os judeus.

Sarrubi, que ficou muito amigo de Mel Gibson, acena com a cabeça quando confrontado com esse paradoxo. Está habituado à pergunta. Não tenta justificar as ações, mas adverte “quando tanto se serve Cristo, tanto se trabalha por Cristo, mais tem de esperar ser tentado pelo demónio".

"É um risco, um perigo, para padres, para todos os que servem, todos os que estão ao serviço do Cristo.”

“Sempre que ele me escreve acaba os textos com ‘reza por mim’. Um homem que tem milhões e milhões de dólares, a sua preocupação final é para rezar por ele. O homem é super frágil. Tudo o que falta, é Cristo que preenche”, remata.

Filipe d'Avillez
in RR

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Jim fala sobre como Maria mudou sua vida



Ator de 'Paixão de Cristo' fala sobre como Maria mudou sua vida!

Jim Caviezel, que interpretou Jesus Cristo no filme "A Paixão de Cristo" (2004) do diretor Mel Gibson, fez um emocionante discurso no "Dia Mundial de Oração pela Paz através da Mãe de Todos os Povos", que aconteceu no dia 1 de junho de 2019, em Amsterdão, na Holanda.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Obrigado, Senhor!

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Obrigado, Senhor, pelos amigos que nos deste.
Os amigos que nos fazem sentir amados sem porquê.
Que têm o jeito especial de nos fazer sorrir.
Que sabem tudo de nós, perguntando pouco.
Que conhecem o segredo das pequenas coisas que nos deixam felizes.

Obrigado, Senhor, por essas e esses,
sem os quais caminhar pela vida não seria o mesmo.
Que nos aguentam quando o mundo parece um sítio incerto.
Que nos incitam à coragem só com a sua presença.
Que nos surpreendem, de propósito, porque acham mal tanta rotina.
Que nos dão a ver um outro lado das coisas (?).

Obrigado pelos amigos incondicionais.
Que discordam de nós, permanecendo connosco.
Que esperam o tempo que for preciso.
Que perdoam antes das desculpas.
Essas e esses são os irmãos que escolhemos.
Os que colocas a nosso lado para nos devolverem a luz aérea da alegria.
Os que trazem até nós o imprevisível do teu coração, Senhor.

José Tolentino de Mendonça

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Primavera missisonária na Igreja



O Papa Francisco convocou um Mês Missionário Extraordinário, com o qual ele deseja nos lembrar que vivemos em estado permanente de missão. Todo batizado e batizada é uma missão. Uma missão que não é proselitismo, mas anunciar a salvação cristã respeitando a liberdade de cada um. “Hoje, é necessário um novo impulso na atividade missionária da Igreja para enfrentar o desafio de anunciar Jesus morto e ressuscitado. Chegar às periferias, aos ambientes humanos, aos ambientes culturais e religiosos ainda alheios ao Evangelho: nisto consiste o que chamamos missio ad gentes. E recordar que o coração da missão da Igreja é a oração. Neste mês missionário extraordinário, rezemos para que o Espírito Santo suscite uma nova primavera missionária para todos os batizados e enviados pela Igreja de Cristo”. O Vídeo do Papa difunde todo mês as intenções de oração do Santo Padre pelos desafios da humanidade e da missão da Igreja. Pela Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração) https://www.popesprayer.va/pt-pt/ Se quiser ver mais vídeos sobre as intenções de oração do Papa, encontrará em https://www.ovideodopapa.org/

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Oração do exame

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AGRADECER

  • Em primeiro lugar, peço-Te Senhor um coração agradecido. Consciente de que tudo é graça que recebo de Ti, agradeço-Te este tempo de descanso, este tempo de oração. Agradeço o ano que passou, agradeço-Te tanto Bem recebido, tanto que me foi dado viver.


PEDIR LUZ

  • Peço-Te a Luz para olhar a minha vida. Ajuda-me a vê-la e aceitá-la como Tua vês e aceitas. Dá-me a graça de ver onde estive centrado em Ti. Dá-me também a humildade de reconhecer o que em mim está desordenado e os esquemas que deixo que me escravizem e dominem.

REVER

  • Revejo as minhas rotinas, as coisas que me preenchem a agenda, mas também o que ao longo dos dias me vai ocupando o coração.
  • O que é que nos últimos tempos foram para mim momentos de descanso? Em que momentos me senti interiormente livre e pacificado, mesmo perante contratempos e imprevisibilidades?
  • E o que é que foi para mim origem de desgaste ou tensão?Quando é que me senti interiormente escravizado pelas rotinas e obrigações?
  • Revejo as minhas prioridades (se ajudar, escrevo-as), e o tempo (concreto)que dedico a cada coisa. Que desordens encontro aqui?
  • Dou tempo às relações que me descansam, às pessoas que me amam? Paro de facto junto delas, e dou-lhes espaço e tempo na minha vida?
  • Que tempo dou a Deus? Disponho-me a passar tempo com Ele de forma gratuita? A deixar que Ele me recentre e descanse? Ou encaro a oração como mais uma tarefa a cumprir?
  • Olho também com Jesus para os meus tempos livres: descansam-me e são de facto tempo de liberdade? Ou preencho-os de afazeres, talvez até com prontidão e diligência, mas sem me perguntar se é isso que Deus me está de facto a pedir?
  • Este tempo de férias: quero que seja tempo para me ordenar interiormente, de crescer em liberdade em relação às coisas e de descansar verdadeiramente? Ou vivo-o interiormente ocupado e preocupado com tarefas e coisas a fazer e cumprir?

PEDIR PERDÃO

  • Peço perdão pelas desordens que vivo, pelos esquemas que eu próprio monto. Peço perdão por tantas vezes viver dividido, disperso entre muitas outras coisas e não no aqui e agora em que Deus me cria e me ama.

PROPOR

  • Proponho-me a que este tempo de descanso seja um tempo para me encontrar com Deus, para me encontrar comigo, para me encontrar com os outros. Proponho-me a viver cada momento com gratuidade e generosidade. Proponho-me a ordenar-me interiormente e peço-Lhe a graça de me libertar dos esquemas que tantas vezes me escravizam e desgastam.

PAI NOSSO

sábado, 21 de setembro de 2019

Bouganvillia



Um dia, eram os meus filhos ainda pequeninos, saíram para jogar à bola, na relva em frente ao terraço da nossa casa. Voltaram pouco depois. Um deles vinha a chorar, com um pequeno tronco seco na mão. Alguém o tinha deitado fora, atirado para o lixo. 

- "Mamã, deitaram esta árvore fora! Tens que me ajudar a salvá-la!", dizia... enquanto as lágrimas lhe caiam pelo rosto pequeno. 

Não tive coragem de lhe dizer que não valia a pena! Que o seu esforço seria em vão, pois não havia sinal de vida no pequeno tronco. Estava seco. Ainda assim, fui buscar um vaso, fui com ele apanhar terra e plantámos o tronco. Todos os dias ele regava... 

Para nosso espanto, algum tempo depois, o tronco foi ganhando uma folha, e outra, e muitas outras! Hoje, é uma linda Bouganvillia, cheia de flores roxas, como esta, da sua foto. Plantámo-la no jardim, encostada ao terraço. Lá está, para delícia de todos! 

Na vida, basta que apenas um acredite e tenha a ousadia de sonhar!

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Pão para todos

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Um dia, Cristo abençoou cinco pães e distribuiu-os por todos, sem distinção. (3) A partir daí, nasceu, num passado muito longínquo, este gesto humilde de acolhimento: dar pão benzido a todos aqueles que, crentes ou não crentes, por razões diversas não recebem a Eucaristia. Foram as Igrejas ortodoxas as primeiras a abrir este caminho. (cf Mateus 14, 13-21)

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

A janela

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Ao final de cada dia, logo após a oração de vésperas, o monge de sandálias – andava sempre de sandálias – aproximava-se, a um ritmo certo, da grande janela, no fundo do coro. O mosteiro era uma ilha de vida silenciosa. Àquela hora, as montanhas cobertas de vegetação estendiam uma crescente sombra sobre o antigo edifício erguido, alguns séculos antes, num vale fértil, junto a um pequeno riacho.

Todos esperávamos esse momento. O monge levantava uma ponta do hábito e com um pé apoiado, dava um impulso para subir ao banco encostado à parede. De baixa estatura e rechonchudo, estendia os braços para puxar o fio através do qual se enrolava uma cortina sobre a janela. O sol declinava no horizonte, manso e previsível. E naquele gesto tão simples, naquele esforço tão repetido, mas sempre necessário, a luz espalhava-se pelas paredes altas de granito, incidia sobre os recantos escondidos, dava vida às velhas imagens e iluminava, de novo, os cadeirais onde todos os dias a comunidade monástica se reunia para rezar.

Perante o milagre da luz, fechávamos os olhos. E tudo recomeçava em cada entardecer. Havia ainda muita história para escrever. Mas naquele momento era apenas o silêncio levemente estremecido pelo rugir do vento nas frestas da grande janela. Bendito seja Deus!

As mãos do monge eram herdeiras de uma antiga sabedoria. Elas condensavam o ritual de uma comunidade que, todos os dias, procurava a Luz.

No início de mais um ano, Senhor ajuda-nos a ser como esse monge.




P. Nélio Pita, CM

sábado, 14 de setembro de 2019

Se te decides por Ele ou não...

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Renunciar para seguir Jesus é pôr no coração do nosso coração a relação com Cristo, deixando que seja Ele o Rei e Senhor de tudo. Neste sentido, seguir Jesus transformará no amor as nossas relações familiares e sociais, fará dos nossos bens pessoais um instrumento de partilha e a nossa vida tornar-se-á um dom para os demais. Renunciar significa deixar que Cristo reine para O seguirmos e servirmos com tudo o que somos e temos. 

Se é assim… é preciso então ter a coragem de se decidir, de cortar a eito, para seguir em frente, com Jesus, no caminho da Cruz. E esta decisão exige ponderação, discernimento, avaliação. Estaremos à altura de concluir o que começámos? Teremos condições para vencer esta batalha? A nossa tentação é a de encontrar aqui uma boa desculpa, para não nos comprometermos com Cristo e com a Igreja, a partir de um calculismo egoísta: “Não quero prometer e depois não cumprir”; “Prefiro não me comprometer, porque não estou seguro de não vir a faltar”, “Não me sinto capaz desta missão”; “Não sei se tenho as condições necessárias para desempenhar esta função”. Pois é. Mas a questão que Jesus nos põe não é essa. Não é uma questão de capacidade ou desempenho. A questão para ti é a de saberes se te decides por Ele ou não… se Lhe ofereces o coração do teu coração ou não… se te queres deixar amar e guiar por Ele ou não; se O queres deixar agir em ti e por ti ou não. É isto e só isto mesmo que está em questão. 

Por isso, faço-te um apelo: senta-te, por algum tempo, em oração, em diálogo com o Senhor. Invoca o Espírito Santo, para que te liberte e expulse aquele medo que te leva a negar-Lhe a sua entrada em alguns espaços da tua vida (cf. GE 175). Quando sentires a tentação de te enredares na tua fragilidade, levanta os olhos para o Crucificado e diz-Lhe: «Senhor, sou um miserável! Mas Tu podes fazer o milagre de me tornar um pouco melhor» (cf. GE 15). Faz um discernimento, atento, humilde, verdadeiro, não para descobrires que mais proveito podes tu tirar desta vida, mas para reconheceres como cumprires melhor a missão, que te foi confiada no Batismo (GE 174). Isto implica estares disposto, desde já a renunciar a tudo, isto é, a dares tudo por tudo (GE 174).

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Só há duas formas de agir na vida

Close up de hart vermelho na mão para dar a alguém para amar, dar amor sinceramente Foto Premium

“Por outro lado, doña Maru tinha muito presente que o seu caminho não era solitário; tão importante como aquilo que recebia era o que dava. (...) Nesta vida, cada pessoa faz o melhor que pode com as cartas que lhe vão parar às mãos. Cheguei à conclusão de que só há duas formas de agir na vida: dar amor ou pedir amor. O ódio, a violência, a falta de respeito, o assédio e as restantes condutas inapropriadas são, no fundo, chamadas de atenção desesperadas, súplicas angustiadas por amor.”

sábado, 10 de agosto de 2019

A indiferença diante do maravilhoso

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Já não nos maravilhamos quando estamos diante de algo maravilhoso.

Uma música calma e envolvente, uma paisagem imponente e quieta, um poema profundo e simples, o silêncio iluminado de um minuto de paz e descanso... já pouco deixamos que nos toque.

O sublime é luz, o que, neste mundo de aparências cinzentas, faz com que haja quem considere inquietante, porque foge por completo à moda. Chegando até a existirem pessoas que o tomam por falso, porque se recusa a pensar que a sua vida e entendimento são, afinal, estreitos e que, em virtude disso, deviam abrir-se a fim de abarcar tudo o que os ultrapassa.

Hoje também se pensa que cada um de nós é e deve ser o centro do mundo. Ora, não o somos, nem, ainda que o fossemos, seria bom assumi-lo como princípio de vida. Neste quadro, tudo o que é grandioso esmaga os preconceitos que centram o sentido da vida no eu.

A indiferença parece ser a resposta que damos a tudo o que nos ultrapassa. Uma defesa que garante que não temos de assumir a nossa pequenez, mas que nos impede de nos elevarmos e engrandecermos, porque, afinal, somos dignos de partilhar a existência com o que é superior a nós, assim saibamos ser humildes.

Temos medo do mistério e, por isso, defendemo-nos com a frieza face a tudo o que não controlamos, até porque tantas vezes nos convida a entregarmo-nos. E tememos. Sem consciência de que o medo é o maior inimigo da liberdade e o que há de mais oposto à felicidade.

O sublime é sempre grande, nas coisas pequenas tanto como nas coisas grandes. E sente-se com verdade, mesmo quando não se consegue compreender.

Na alegria e no sofrimento, o amor mais autêntico manifesta-se nos gestos e pormenores mais simples.

O sublime está, vezes sem conta, mesmo à nossa frente.

Como é possível que Deus possa estar diante dos meus olhos e eu não o veja?


José Luís Nunes Martins


domingo, 4 de agosto de 2019

Retrato de um padre



"Um padre deve ser, ao mesmo tempo, pequeno e grande,
de espírito nobre, com sangue real,
simples e espontâneo como um lavrador,
um herói no domínio de si,
um homem que lutou com Deus,
uma fonte de santificação,
um pecador que Deus perdoou,
senhor de seus desejos,
um servidor humilde para os tímidos e fracos,
que não se rebaixa diante dos poderosos
mas se curva diante dos pobres;
discípulo de seu Senhor,
chefe de seu rebanho;
um mendigo de mãos largamente abertas,
um portador de inúmeros dons,
um homem no campo de batalha;
uma mãe para confortar os doentes,
com a sabedoria da idade
e a confiança de um menino;
voltado para o alto, os pés na terra…
feito para a alegria,
experimentado no sofrimento,
imune a toda inveja, que se vê longe…
que fala com franqueza,
um inimigo da preguiça,
uma pessoa que se mantém sempre fiel”.

(autor desconhecido)

Feliz dia do Padre!

sábado, 3 de agosto de 2019

Explosão de saudades



Quando há mais tempo livre, aproveito para ir para bem longe daqui... Gosto de ir visitar o meu passado, os sonhos que tinha, admirar a vida que passei, como se fosse um museu onde me detenho em alguns pontos. Sem grandes julgamentos. Apenas contemplando.

Não, não foi tudo bom, mas é o que fui. E foi passando por ali que cheguei aqui.

Nos momentos em que me deixo ir com mais confiança, pois que isto é uma atividade algo arriscada, fico mais tempo por lá... oiço melodias suaves e, quase como um sopro, passo sem ser visto ou deixar rasto.

Vejo pessoas. Algumas de quem diria que já me tinha esquecido. Outras não.

Explodem saudades como bombas. De alguns lugares, de tempos e momentos, mas muito, muito mesmo, de pessoas.

Tenho saudades da minha mãe. E viajo entre pedaços soltos de passado, saltando anos e décadas para diante e para trás, admirando-a. E sinto ainda mais saudade. Encho-me do seu amor... e mergulho nele. A verdade do que sou passa por aquela mulher. Pelos seus esforços para me lançar, como um arco que se dobra e fica, enquanto a flecha vai. Eu vivo na casa do amanhã que ela sabia que não iria viver. Admiro-a pela fé que teve de que era mesmo possível, contra as probabilidades, que eu chegasse aqui.

E é de olhos carregados de ondas de um mar bom que esboço um sorriso de gratidão. E deito-me nessa praia, em paz e sob a luz e o calor de um amor que não vejo, mas sinto. Uma espécie de brisa suave que me murmura que está tudo bem, que há paz e que devo ter fé.

Depois de expedições, volto ao mundo do hoje aqui. E sinto-me estranho. Parece que estou a ser apenas um sonho que nunca fui capaz de sonhar. Sorrio e volto à rotina, algo espantado com isto que é a vida.

Quem se arrisca a pairar sobre todos os tempos de si mesmo acaba por sentir e viver muito. Haverá muita tristeza e muitas alegrias, mas ficará sempre mais verdade e consciência da identidade mais profunda.

Sou hoje o resultado do que fui escolhendo em cima do que me foi dado por Deus e pelos meus.

Não fiz quase nada sozinho, devo muito... a quem pediu muito pouco em troca.

Devia ser mais humilde, porque sou pequeno. Contudo, tal como os meus olhos são pequenos mas conseguem ver coisas tão grandes, também ao meu coração, apesar de não enorme, lhe foi dada a honra de ser escolhido como a casa do mais puro amor.

Devia ser mais humilde.


José Luís Nunes Martins

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

As famílias, um laboratório de humanização



As Famílias, um laboratório de humanização


Agosto de 2019. O Vídeo do Papa

Em nossas famílias, aprendemos coisas que permanecerão conosco durante toda a nossa vida. É onde os nossos valores são formados e, acima de tudo, é o lugar onde descobrimos pela primeira vez o amor, através dos nossos pais e irmãos, como reflexo do amor de Deus. Amar e ser amados nos torna mais humanos e nos ajuda a reconhecer o amor de Deus que Jesus nos revelou. Vivamos este amor em nossas famílias, unindo-nos em oração. “Que mundo queremos deixar para o futuro? Deixemos um mundo com famílias. Cuidemos das famílias, porque são verdadeiras escolas do amanhã, são escolas de liberdade, são centros de humanidade. E reservemos um lugar especial nelas para a oração, pessoal e comunitária. Rezemos para que as famílias, graças a uma vida de oração e de amor, se tornem cada vez mais “laboratórios de humanização”. O Vídeo do Papa difunde todo mês as intenções de oração do Santo Padre pelos desafios da humanidade e da missão da Igreja.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Perdurar no amor

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O que nos torna semelhantes a Deus não será, certamente, o nosso subtrair-nos aos outros, mas, ao contrário, a descoberta da possibilidade de durar no amor, muitas vezes em contraposição com o primeiro juízo emitido pela razão ou com o peso daquelas que consideramos ser as evidências.

Cedemos com grande facilidade à tentação de fechar portas, consumar ruturas, resignarmo-nos a certas perdas (ou também, cinicamente, delas nos tranquilizarmos).

Se assimilarmos como regra de vida o pragmatismo da expressão «dos presentes não falta ninguém» (pragmatismo mais espalhado entre nós do que talvez tenhamos consciência), não poderemos compreender porque é que o pastor, na parábola de Jesus, deixa as noventa e nove ovelhas no deserto e parte à procura daquela perdida (Lucas 15, 4,7).

Nem compreenderemos porque é que a mulher se dá ao esforço (negligenciando, provavelmente, outros afazeres mais imediatos e urgentes) para encontrar a moeda que tinha perdido dentro de casa (Lucas 15, 8-10). Não tinha ela outras nove na bolsa?

Nos itinerários pessoais ou comunitários que estamos a fazer, há um dado que emerge com suficiente clareza: não nos aproximaremos do mistério da misericórdia se não pusermos dentro de nós aquilo que o grande teólogo Nicolas Cabasilas chamou «o amor louco de Deus pelos homens». A verdade de Deus e incindível do amor.

D. José Tolentino Mendonça
In Avvenire

domingo, 7 de julho de 2019

São Bartolomeu dos Mártires

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Há um novo santo português, Frei Bartolomeu dos Mártires, um bispo que se afirmou como uma voz ativa na reforma da Igreja Católica no século XVI e como pastor junto das comunidades que serviu, nos territórios que hoje correspondem às dioceses de Braga, Bragança-Miranda, Viana do Castelo e Vila Real.

Frei Bartolomeu dos Mártires, de seu nome Bartolomeu Fernandes, nasceu em Lisboa a 3 de  maio de 1514, e é recordado como um modelo de benevolência e uma figura ímpar na dedicação à Igreja Católica.

O bispo português, que se afirmou como uma das vozes de referência no Concílio de Trento (1543 – 1563), um momento decisivo na história da Igreja Católica na altura confrontada com a Reforma Protestante; destacou-se também pela sua missão pastoral à frente das comunidades católicas do Minho e de Trás-os-Montes, com especial relevo para o seu gosto pelas visitas pastorais às populações, a que dedicava grande parte do seu seu tempo.

Ao longo do seu percurso, D. Frei Bartolomeu dos Martires ficou também célebre pela sua preocupação com a estruturação da Igreja Católica local, do clero às comunidades católicas, e pelo seu empenho nas causas sociais, de modo particular junto dos mais pobres e doentes,

Depois de resignar em 1582, por motivos de idade, Frei Bartolomeu dos Mártires viria a falecer em 1590, no Convento de Santa Cruz, em Viana do Castelo.

O bispo português foi declarado venerável a 23 de março de 1845, pelo Papa Gregório XVI, e beatificado a 4 de novembro de 2001, pelo Papa João Paulo II.

Segundo apurou a Agência ECCLESIA, na sequência da decisão do Papa não haverá uma cerimónia de canonização, mas a leitura do Decreto que inscreve Frei Bartolomeu dos Mártires no Livro dos Santos.

A cerimónia deverá ter lugar na Arquidiocese de Braga, no dia 10 de novembro, data em que começa a Semana dos Seminários.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Integridade da Justiça



Julho de 2019: O Vídeo do Papa:

As pessoas encarregadas de administrar a justiça têm grande responsabilidade. Seu trabalho não é fácil, e tem consequências que afetam diretamente a vida das pessoas. Por isso, devem manter sua independência e imparcialidade para assegurar que a justiça tenha sempre a última palavra. "Dos juízes dependem decisões que influenciam os direitos e os bens das pessoas." Sua independência deve ajudá-los a serem isentos de favoritismos e de pressões que possam contaminar as decisões que devem tomar. Os juízes devem seguir o exemplo de Jesus, que nunca negocia a verdade. Rezemos para que todos aqueles que administram a justiça operem com integridade e para que a injustiça que atravessa o mundo não tenha a última palavra." O Vídeo do Papa difunde todo mês as intenções de oração do Santo Padre pelos desafios da humanidade e da missão da Igreja.

sábado, 15 de junho de 2019

Job



O Brasil ficou muito comovido no dia 27 de maio quando recebeu a notícia da morte do cantor Gabriel Diniz que faleceu num acidente de avião em Estância,no Sergipe.Todo o mundo artístico lamentou a partida do cantor de apenas 28 anos e que estava no auge de sua carreira musical.O cantor da música "Jenifer" fez o Brasil chorar.

No velório do artista, a namorada de Gabriel contou como foram os seus últimos momentos com ele no telefone. Gabriel contou-lhe a história bíblica de Job e enviou-lhe a música “Job“, de Midian Lima. A música sensibilizou e emocionou muito a todos que estava no velório, pois Karoline Calheiros passou a música na cerimónia. Era como se ele estivesse se despedindo através da música..

Desde então,o Brasil inteiro conheceu a música e não pára de ouví-la. Já chegou aos seus 265 milhões de execuções no youtube.
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JO
Midian Lima

Jó, como pode ainda adorar?
Se não tem motivos para cantar
Abandona esse Deus e morre
Mais eu não o adoro pelo que Ele faz

Nem menos por bens materiais
Eu o adoro pelo que Ele é
Eu sou Dele, tudo é Dele

Jó, você não tem motivos
Perdeu seus bens, seus filhos, seus amigos
O que você vai fazer?

Eu vou adorar
Simplesmente adorar
Eu vou adorar

Deus me deu, Deus tomou
Bendito seja o nome do Senhor
À Ele a glória, à Ele a honra e o louvor

Jó, como pode ainda adorar?
Se não tem motivos para cantar
Abandona esse Deus e morre

Mais eu não o adoro pelo que Ele faz
Nem menos por bens materiais
Eu o adoro pelo que Ele é
Eu sou Dele, tudo é Dele

Jó, você não tem motivos
Perdeu seus bens, seus filhos, seus amigos
O que você vai fazer?

Eu vou adorar
Simplesmente adorar
Eu vou adorar

Deus me deu, Deus tomou
Bendito seja o nome do Senhor
À Ele a glória, à Ele a honra e o louvor

À Ele a glória
À Ele a glória
À Ele a glória

À Ele a glória
À Ele...
Oh, a Ele a glória
À Ele...
Ele merece toda a glória
À Ele a glória
Pra sempre, amém!
Amém!
Ô, uô, uô!

Deus me deu, Deus tomou
Bendito seja o nome do Senhor
À Ele a glória, à Ele a honra e o louvor

Deus me deu, Deus tomou
Bendito seja o nome do Senhor
À Ele a glória, à Ele a honra e o louvor

À Ele seja dado o louvor
Te damos todo o louvor, Senhor

Compositores: Delino Marçal


sexta-feira, 14 de junho de 2019

O filho de Nicolas Mahut



Nicolas Mahut é um tenista. Tem 37 anos e é n.º 116 no mundo.
Na edição 2019 Roland Garros, jogou o seu último jogo profissional.
O último.
Se ele tivesse vencido, teria jogado contra Roger Federer. Muito provavelmente perderia, mas iria encerrar sua carreira de ténis, perdendo para o jogador mais forte da história. Ou talvez tivesse ganhado, quem sabe.
Nicolas perdeu.
Desfez-se em lágrimas, desesperado.
Então algo aconteceu. O filho correu para o campo para consolá-lo.
Está tudo aqui, o significado da vida de um Pai.
O que quer que aconteça, seja qual for a derrota que possas sofrer, qualquer barreira que possa aparecer na tua vida, o abraço do teu filho estará lá para lembrar-te que o único desafio que importa  na vida tu já ganhaste: a alegria de ter um filho ao teu lado.
O resto é história…

quinta-feira, 13 de junho de 2019

O exemplo de Tyler Figueroa


Tyler Butler-Figueroa é um menino de 11 anos que começou a tocar violino aos 7 anos de idade. Quando lhe perguntaram, no programa 'America's Got Talent', por que começou a tocar aquele instrumento explicou que "sofria bullying" na escola por ter tido cancro.

"Quase morri", disse, enternecendo os espectadores. "Espalhavam rumores, diziam que o meu cancro era contagioso", explicou Tyler.

Foi, porém, quando começou a tocar que os ânimos se elevaram no auditório. O talento do menino fez com que Simon Cowell, um dos jurados, lhe desse o "passe dourado", num momento muito emocionante para Tyler e para a mãe.

O pequeno violinista irá, assim, passar diretamente para os espetáculos ao vivo, sem passar pela provas.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Estilo de vida dos sacerdotes



Junho de 2019. O Vídeo do Papa

Estilo de vida dos sacerdotes 

Aproximemo-nos de um dos muitos párocos que trabalham em nossas comunidades. O que dá sentido à sua vida? A quem eles dedicam o seu serviço? Por que se entregam tanto? Jesus Cristo é o centro de suas vidas, e eles querem viver segundo seu estilo. Não é fácil viver a "simplicidade evangélica" que entende e pratica todas as coisas segundo a misericórdia, próximo dos mais pobres.
“Quero pedir-lhes que dirijam vosso olhar aos sacerdotes que trabalham em nossas comunidades.
Nem todos são perfeitos, mas muitos se doam até ao fim, oferecendo-se com humildade e alegria.
São sacerdotes próximos, dispostos a trabalhar duro por todos.
Demos graças por seu exemplo e seu testemunho.
Rezemos pelos sacerdotes para que, com a sobriedade e humildade de suas vidas, se empenhem numa solidariedade ativa para com os mais pobres."
O Vídeo do Papa difunde todo mês as intenções de oração do Santo Padre pelos desafios da humanidade e da missão da Igreja.

sábado, 1 de junho de 2019

terça-feira, 21 de maio de 2019

Reconhecer o bem


Não sei o que nos aconteceu como civilização, mas a verdade é que as boas notícias nos embaraçam e entediam, ao ponto de quase evitarmos falar delas, enquanto que as más provocam uma curiosidade viral, uma excitação, um interesse redobrado. Não há patologia pior do que este emurchecer da alma, deste olhar repleto de preconceitos que depois se faz amargo, deste juízo que se deixa capturar pelo defeito e pelo peso da imperfeição, e depois não voa, ignorando o que é a ligeireza. Não há exercício mais esterilizador do que esta espécie de ressentimento expresso como anátema em relação à vida, do que este totalitarismo da lamúria que, sem nos apercebermos, nos asfixia, do que esta incapacidade de romper com a engrenagem do maldizer tudo e todos, ao qual nem nós escapamos. E todavia, reconhecer o bem, procurá-lo obstinadamente e construí-lo a cada dia é a nossa vocação primordial. Dar notícia do bem e divulgá-lo realiza a nossa missão de fidelidade à vida. Só assim se desperta a consciência de que cada ser humano é portador autorizado da imagem e semelhança de Deus. E só este é o modo de fazer justiça a esse extraordinário milagre que é estar vivo. Colocamos demasiadamente o acento na compreensão racional, mas a razão só por si é clamorosamente insuficiente para interpretar a existência. A razão precisa, muitas vezes, de ser completada pela ordem do coração. D. José Tolentino Mendonça

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Corações desarmados

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Uma das surpresas que os Evangelhos reservam aos seus leitores está no seguinte paradoxo: são os pecadores aqueles que melhor sabem escutar a mensagem de Jesus; que o procuram com a maior sede de o encontrar; que acreditam no seu poder de curar a vida e de a voltar a erguer, de exorcizar os demónios que nos oprimem, de vir ao encontro da nossa miséria e de reconfigurá-la com o poder da graça, de perdoar os nossos pecados.

São os desqualificados sociais, os mais distantes do templo e da lei, aqueles que mais vezes comem e bebem com Jesus, e que com maior radicalidade aderem à sua propostas, efetuando verdadeiras inversões existenciais.

Os justos daquele tempo, os fariseus e os escribas, olhavam para Jesus com curiosidade, mas sempre com suspeita, sempre com cálculos ambivalentes, medindo sempre aquilo que Jesus fazia com o metro do seu próprio códice normativo, sempre a julgá-lo.

Os pecadores, ao contrário, expunham-se a Jesus de modo desarmado, confiando que nele abrir-se-ia uma brecha através da qual Deus agiria, transformando o impossível da história no possível do Reino.

Por isso, não é o pecado que nos afasta de Deus. Nem é a nossa fragilidade a separar-nos dele. Aquilo que cimenta uma dramática distância é, sobretudo, a autossuficiência. Quando Pedro se chega a Jesus e diz «Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador», Jesus responde: «Pedro, de agora em diante serás pescador de homens».


D. José Tolentino Mendonça
In Avvenire
Trad.: Rui Jorge Martins

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Habitar a dor



O místico medieval Ricardo de São Vítor escreveu: «Onde está o amor, aí há um olhar». Não raro, este olhar que o amor nos requer dá-se no contexto de um sofrimento que teríamos absolutamente preferido não viver, mas da qual aprendemos alguma coisa – e alguma coisa de belíssimo – a que, sem ela, não teríamos chegado.

O mundo da dor é vasto e, quando menos o esperamos, encontramo-nos a habitá-lo. Os sentimentos que então irrompem são muitos: recusamo-nos a aceitar, entramos em revolta, em depressão; gostaríamos de fugir para longe; perguntamo-nos “porquê?”, “porquê precisamente a mim?”, “porquê precisamente agora?”; sentimo-nos impreparados para uma travessia muito árdua.

E, pelo menos neste último ponto, temos razão. O nosso tempo fez da doença, da velhice da deficiência um verdadeiro tabu. Vigora uma espécie de interdito em relação à vida vulnerável: cada um tem de viver estas situações em estreita solidão, sem grandes ajudas para aprofundar a sua experiência como um recurso, e não como uma fatalidade. No entanto, a verdade é bem diferente deste desígnio traçado pelo egoísmo ou pelo medo.

Escutava há alguns dias um pai falar do seu filho com síndrome de Down, Dizia, sem esconder a sua comoção: «Este meu filho é um membro importante da nossa família. É o nosso ponto de união. Fez de nós pessoas diferentes, mais humanas e atentas aos outros. Alargou a nossa capacidade de amar».


D. José Tolentino Mendonça
In Avvenire

terça-feira, 30 de abril de 2019

Grávida no coração




- Mãe, gostas de mim?
- Gosto de ti até ao céu, meu filho.
- Mãe, se eu tivesse estado na tua barriga, gostavas mais de mim?
- Não, meu filho, porque haveria de gostar? Tu estiveste dentro de mim, no meu pensamento e no meu coração. O meu desejo de te ter, de te pegar, de ver o teu rosto era tão grande como uma barriga de grávida.
- Mãe, então tu dizes que gostas tanto de mim, que sou teu filho adoptivo, como do meu irmão, que é teu filho biológico!
- Claro que sim. Quando estava à espera do teu irmão sentia-me muito feliz, porque ía ter um filho, não porque a minha barriga estava a crescer. Há muitas maneiras de ter filhos: na barriga, no coração…
- Mãe, grávida no coração? O coração não tem filhos!
- Tem filhos, sim, e foi lá que tu nasceste, é lá que estás a crescer, e onde vais ficar. Para qualquer lado aonde vá, levo-te sempre no meu coração.
- Ah! Então é mais importante ter o amor de uma mãe do que nascer da sua barriga!
- Claro, meu filho. Mãe é aquela que chora quando estás doente, que te pega ao colo mesmo quando lhe doem as costas e que te dá o beijo de boa noite…
- O pai não engravida, no entanto ama os filhos desde o primeiro momento e para sempre.
- Pai, eu não sou parecido contigo!
- És parecido comigo, sim! Tens o meu nome e és um bocadinho daquilo que eu sou, daquilo que eu gosto, daquilo em que acredito e que respeito. Até falas como eu!
- Pai, e os genes?
- Se um dia quiseres ser músico, atleta ou escultor, cantaremos juntos, faremos corridas na praia com os teus irmãos e até encheremos a casa com barro. Tu não precisas saber quais os teus genes. Precisamos é de estar juntos para os descobrir…
- Mãe, e a minha história?
- A tua história és tu quem vais fazer. A tua história somos nós, tu, eu, o teu pai, os teus irmãos, avós, primos, tios, todos os que estão aqui ao teu lado, orgulhosos, a ver-te crescer lindo e feliz.
- Mãe, porque me adoptaste?
- Porque queria ser mãe.
- Então és tu a minha verdadeira mãe!

  

domingo, 28 de abril de 2019

Tu já me procuravas a mim



Na calmia do silêncio Te dás a conhecer 
Eu anseio por Te encontrar 
Só Tu conheces todo o meu ser 
Pois sou Tua obra que na mão quiseste gravar 
 
Nem sempre sei se a minha súplica ouves 
Talvez sejam só pretensões 
Liberta-me de todos os entraves 
Para que se encontrem os nossos corações 
 
Reconheci-Te
Na música, na contemplação
No trabalho, no irmão
E assim entendi
Que Tu já me procuravas a mim
 
O encontro feliz com Cristo
Que me coloca na Verdade
Faz-me perceber que eu existo
Para chegar à santidade
 
Este encontro é mais fecundo
Quando partilhado com o irmão
Com quem eu transformo o mundo
Somos Igreja que sai em missão
 
Abençoados com distintos dons e graças 
Formamos a unidade 
Nossas mãos que só Tu entrelaças 
Somos Povo santo, espelho da Trindade. 
 
Impossível seria não lembrarmos de Ti 
Presença ao nosso redor 
Anunciamos que viestes aqui 
Abrir o caminho para o teu Reino de amor
 
Reconheci-te
No domingo, na liturgia
No frenesim, no dia-a-dia
E assim entendi
Que Tu já me procuravas a mim

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Olhar de vergonha, de arrependimento e de esperança

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Senhor Jesus, dirigimos o nosso olhar para ti, cheio de vergonha, de arrependimento e de esperança.

Diante do teu amor supremo, que a vergonha nos invada por te ter deixado sozinho a sofrer pelos nossos pecados:

  • a vergonha por ter escapado diante da provação, não obstante te tenhamos dito milhares de vezes: “Ainda que todos te deixem, eu nunca te deixarei”;
  • a vergonha por ter escolhido Barrabás e não a Ti, o poder e não a Ti, a aparência e não a Ti, o deus dinheiro e não a Ti, a mundanidade e não a eternidade;
  • a vergonha por te ter tentado com a boca e com o coração, todas as vezes que nos encontrámos perante uma provação, dizendo-te: “Se Tu és o Messias, salva-te a ti mesmo e nós acreditaremos!”;
  • a vergonha porque tantas pessoas, e até alguns dos teus ministros, se deixaram enganar pela ambição e pela vanglória, perdendo a sua dignidade e o seu primeiro amor;
  • a vergonha porque as nossas gerações estão a deixar aos jovens um mundo dilacerado pelas divisões e pelas guerras; um mundo devorado pelo egoísmo, onde os jovens, os pequeninos, os doentes e os idosos são marginalizados;
  • a vergonha por ter perdido a vergonha;

Senhor Jesus, concede-nos sempre a graça da santa vergonha!

O nosso olhar está repleto também de um arrependimento que, face ao teu silêncio eloquente, suplica a tua misericórdia:

  • o arrependimento que germina da certeza de que somente Tu podes salvar-nos do mal, só Tu podes curar-nos da nossa lepra de ódio, de egoísmo, de soberba, de avidez, de vingança, de cobiça, de idolatria, somente Tu podes voltar a abraçar-nos, restituindo-nos a dignidade filial e alegrar-te pelo nosso regresso a casa, à vida;
  • o arrependimento que brota do sentir a nossa pequenez, o nosso nada, a nossa vaidade, e que se deixa acariciar pelo teu convite suave e poderoso à conversão;
  • o arrependimento de David que, do abismo da sua miséria, reencontra em ti a sua única força;
  • o arrependimento que nasce da nossa vergonha, que brota da certeza de que o nosso coração estará sempre inquieto, enquanto não te encontrar, e em ti, a sua única fonte de plenitude e de tranquilidade;
  • o arrependimento de Pedro que, encontrando o teu olhar, chorou amargamente por te ter negado diante dos homens.
Senhor Jesus, concede-nos sempre a graça do santo arrependimento!

Perante a tua suprema majestade acende, nas trevas do nosso desespero, a centelha da esperança, porque sabemos que a tua única medida de nos amares é a de nos amares sem medida;

  • a esperança porque a tua mensagem continua a inspirar, ainda hoje, muitas pessoas e povos, pois só o bem pode derrotar o mal e a ruindade, só o perdão pode abater o rancor e a vingança, somente o abraço fraternal pode dispersar a hostilidade e o medo do outro;
  • a esperança porque o teu sacrifício continua, ainda hoje, a emanar o perfume do amor divino que acaricia os corações de tantos jovens que continuam a consagrar-te as suas vidas, tornando-se exemplos vivos de caridade e de gratuidade neste nosso mundo devorado pela lógica do lucro e do ganho fácil;
  • a esperança porque muitos missionários e missionárias continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormecida da humanidade, arriscando a vida para te servir nos pobres, nos descartados, nos imigrantes, nos invisíveis, nos explorados, nos famintos e nos encarcerados;
  • a esperança porque a tua Igreja, santa e feita de pecadores, continua, ainda hoje, não obstante todas as tentativas de a desacreditar, a ser uma luz que ilumina, encoraja, eleva e testemunha o teu amor ilimitado pela humanidade, um modelo de altruísmo, uma arca de salvação e uma fonte de certeza e de verdade;
  • a esperança porque da tua cruz, fruto da avidez e da cobardia de muitos doutores da Lei e hipócritas, surgiu a Ressurreição, transformando as trevas do sepulcro no fulgor da alvorada do Domingo sem ocaso, ensinando-nos que o teu amor é a nossa esperança.

Senhor Jesus, concede-nos sempre a graça da santa esperança!

Ajuda-nos, Filho do homem, a despojar-nos da arrogância do ladrão posto à tua esquerda e dos míopes e dos corruptos, que viram em ti uma oportunidade a explorar, um condenado a criticar, um derrotado a escarnecer, outra ocasião para descarregar sobre os outros, e até sobre Deus, as próprias culpas.

Ao contrário, pedimos-te, Filho de Deus, que nos identifiquemos com o bom ladrão, que te fitou com olhos cheios de vergonha, de arrependimento e de esperança; que, com o olhar da fé, viu na tua aparente derrota, a vitória divina e, assim, ajoelhou-se diante da tua misericórdia e, com honestidade, roubou o paraíso! Amen!

Papa Francisco

sexta-feira, 19 de abril de 2019

O amor é maior que o ódio




Evangelho vivo: Belo exemplo de perdão

A Sprite convidou um hater para participar de uma experiência. Foi assim que um jovem, que atacou cerca de 565 pessoas em mais de 1000 tweets durante o ano passado, acabou frente a frente com 100 das suas vítimas. Os insultados usavam uma t-shirt onde estavam impressas as mensagens ofensivas postadas pelo jovem. Um a um, aproximavam-se e liam os insultos em voz alta. Em seguida, no auge da tensão, todos rodeiam o hater e... começam a cantar "All You Need is Love", dos Beatles, dando-lhe um abraço de seguida.

A campanha, criação da argentina Santo, quer mostrar que o amor é maior que o ódio. A agência garante que o hater não fazia ideia da natureza da experiência e que não podia prever qual seria a sua reação. Ele, por sua vez, declarou: “Quando todos me abraçaram, eu pensei que nunca mais iria esquecer isso”.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Terço no Instagram

ROSARY

A próxima vez que você questionar os problemas da mídia social, considere esta iniciativa de esperança: há seis meses, todas as manhãs às 6h45, 200 pessoas rezam o Terço juntas no Instagram, por meio da conta @manyhailmarysatatime.

Cada dia, um convidado diferente é chamado a ajudar a oferecer a oração, ampliando a comunidade. Muitos participantes postam intenções de oração, as quais recebem respostas na forma de emojis e incentivo. E no decorrer do dia, outras 1.500 a 2.000 pessoas se sintonizam para rezar o terço através do canal, de acordo com suas possibilidades de horário.

Perguntei a Kristin, líder desse grupo de oração e mãe de sete filhos, executiva e blogueira do One Hail Mary at a Time, sobre como essa prática surgiu e para onde ela está se dirigindo no futuro.

“Começamos a rezar juntos o Terço em família há sete anos, e isso trouxe uma tremenda paz e otimismo. Passamos por alguns períodos estressantes e sabíamos que Nossa Senhora também cuidaria de nós – e ela fez. Houve momentos em que não conseguimos pagar nossa hipoteca ou não sabíamos como iríamos superar as dificuldades, mas ela sempre nos levava adiante”, conta Kristin.


Segundo ela, o Rosário é como uma escada para o Céu. Depois de orar, você vê Deus em tudo. É também um ritual de ligação que traz autenticidade e comunidade. Também me permite entregar a Deus todas as preocupações.

“Meus dias estão cheios de paz e fluem muito mais uniformemente. Quando não rezo o Terço logo de manhã, percebo que fico mais tensa e ansiosa. E a comunidade no Instagram que reza todos os dias tem sido outra bênção. Todos amam e apoiam uns aos outros através da oração do Rosário.”

Kristin conta que, no início, apenas desejava começar o dia rezando o Terço. Mas ela sentia-se sozinha, perdia o foco com facilidade, e não criava o hábito enraizado da oração.

Então ela percebeu que o vídeo ao vivo no Instagram seria um canal apropriado para criar o grupo de oração.

“Senti a força do Espírito Santo durante o mês do Rosário, em outubro, e decidi, no dia 11 de outubro, fazer a primeira experiência. Desde então, chegamos a 200 pessoas rezando juntas diariamente, e de diferentes partes do mundo.”

“Minha missão é encorajar a oração do Rosário e o objetivo é fazer com que 100 milhões de pessoas rezem, e eu pretendo usar as mídias sociais para honrar Nossa Senhora e seu grande presente para nós, o Rosário.”

Não há dúvida de que existem certos perigos inerentes às mídias sociais, reconhece Kristin. “Mas quando o âmbito digital é utilizado como um meio de construir comunidade e elevar vozes juntas em louvor e oração, pode ser uma coisa verdadeiramente bela”.

https://pt.aleteia.org/2019/04/07/a-mae-que-reza-o-terco-ao-vivo-todas-as-manhas-no-instagram/

segunda-feira, 25 de março de 2019

Não é preciso cansarmo-nos excessivamente.



Parece-me que deveríeis decidir-vos a fazer calmamente o que podeis.
Não vos inquieteis com tudo o resto, mas deixai nas mãos da divina Providência o que não podeis cumprir por vós mesmos.
São agradáveis a Deus a solicitude e o cuidado que, com razoabilidade, pomos nas tarefas que nos cumprem, para conseguirmos concretizá-las da melhor maneira.
Não lhe são agradáveis a ansiedade e a inquietação do espírito: o Senhor quer que os nossos limites e fraquezas encontrem apoio na Sua fortaleza e omnipotência, quer que tenhamos confiança em que a Sua bondade suprirá a imperfeição dos nossos meios.
Os que se ocupam com muitos assuntos, mesmo se com boas intenções o fazem, devem resolver-se a fazer apenas o que está ao seu alcance.
Se tivermos de deixar de lado certas coisas, há que ter paciência, e não pensar que Deus espera de nós o que não podemos fazer.
Ele não quer que o homem se atormente com as próprias limitações humanas; não é preciso cansarmo-nos excessivamente.
Quando de facto nos esforçámos por dar o melhor de nós, podemos deixar o resto nas mãos d'Aquele que tem o poder de realizar tudo o que quer.
Que a bondade divina nos comunique sempre a luz da sabedoria, para que possamos ver com clareza e realizar os Seus bons desejos com profunda convicção, em nós e nos outros, para que das Suas mãos aceitemos o que nos envia, considerando o que é de maior importância: a paciência, a humildade, a obediência e a caridade.

Carta de Santo Inácio de Loiola a Jerónimo Vignes 
17/11/1555            

terça-feira, 5 de março de 2019

Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs




Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs 

Março de 2019. O Vídeo do Papa


Hoje, nossa sociedade, tão moderna, tão avançada, continua perseguindo pessoas em razão de sua fé. Há gente que morre, que é perseguida por seguir Jesus Cristo. Sem contar a discriminação dos cristãos em tantos países onde eles não são reconhecidos ou onde, de maneira sutil, com rejeições e insultos, nega-se sua existência. Defendamos seus direitos! "Talvez seja difícil de acreditar, mas hoje há mais mártires do que nos primeiros séculos. Eles são perseguidos porque dizem a verdade e anunciam Jesus Cristo para esta sociedade. Isso acontece especialmente lá onde a liberdade religiosa ainda não está garantida. Mas também em países onde, em teoria e nas leis, se tutela a liberdade e os direitos humanos. Rezemos para que as comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, sintam a proximidade de Cristo e vejam os seus direitos reconhecidos."

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Burn out



"Não serás tu como eu, que espera que alguma pessoa, coisa ou acontecimento surja para nos dar aquele sentimento final de bem-estar interior que desejamos? Não tens muitas vezes a esperança que: "este livro, ideia, curso, viagem, trabalho, país ou relação deem resposta ao nosso desejo mais profundo"? Mas enquanto estivermos à espera por este momento misterioso, continuaremos a correr, sempre ansiosos e inquietos, sempre ásperos e zangados, nunca totalmente satisfeitos. É esta compulsividade que nos mantém em movimento e ocupados, mas ao mesmo tempo nos faz pensar se a longo prazo estamos a caminho de algum lugar. Este é o caminho para a exaustão espiritual e para o esgotamento" (Henri Nouwen)



Salmo 61, 1 – 2

Ó Deus, ouve o meu clamor,
atende a minha oração.
Dos confins da terra grito por ti,
com o meu coração desfalecido.
Coloca-me sobre o rochedo que me é inacessível.

Salmo 55, 7 e 23

E exclamo: «Quem me dera ter asas como a pomba,
para poder voar e encontrar abrigo!»
«Confia ao SENHOR os teus cuidados
e Ele será o teu sustentáculo;

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A importância de aprender a perder



A IMPORTÂNCIA DE APRENDER A PERDER

A vida é feita de muitas perdas. Quase tudo o que nos chega e julgamos ter ganho, algum dia, sem aviso, pode perder-se.

Há quem fique muito frustrado quando perde, como se acreditasse que tem o direito de ganhar para si ou de conservar consigo aquilo que julga ser o melhor.

A sabedoria da vida passa por aceitar as desgraças da existência, das mais triviais às mais profundas.

Perdemos oportunidades, empregos, relações, sonhos, dinheiro... Mas só nos focamos em aprender a ganhar, como se saber perder fosse inútil. Pelo contrário, o sucesso implica passar por inúmeros fracassos, grandes e pequenos, resistindo-lhes e superando-os. Começando de novo, tantas vezes, por cima dos escombros do que passou.

A nossa sociedade só gosta de vencedores. Quem fica em segundo lugar é visto como o primeiro dos últimos.

Um perdedor nunca merece a nossa admiração, é antes alguém que merece a nossa compaixão. Mas, e se essa pessoa, fazendo das tripas coração, conseguir encontrar mais forças para lutar contra as adversidades? Se nos der a lição de que não se resigna ao mal, mas o combate sempre? Importa que, no final, vença ou seja derrotada?

Devemos aprender a olhar o sofrimento como quem o contempla, para que nos façamos capazes de não ceder às tentações dos orgulhos, egoísmos e cobardias que fazem de nós piores do que podíamos ser.

A morte é a perda da vida, mas a vida é feita de perdas constantes, de horas que passam sem jamais voltarem a passar. Tudo é sempre novo, para o melhor e para o pior.

De que serve a alguém conquistar cada um dos seus sonhos se, com isso, estiver a perder o que importa?

Viver é aprender a abrir mão de tudo. Bom ou mau, tudo passa.

Viver é morrer e renascer, a cada dia.


in https://www.agencia.ecclesia.pt/portal/a-importancia-de-aprender-a-perder/

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Guarda-te. Esconde-te. Priva-te.

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Guarda-te de julgar.


Priva-te do pessimismo e das mordidas nos calcanhares alheios.

Guarda-te de sentir que sabes o que vai do lado de lá da barricada de cada pessoa.

Priva-te dos sobrolhos franzidos e dos assuntos que mastigam raivas de estimação.

Guarda-te dos olhares reprovadores e das opiniões de quem não seria capaz de fazer melhor.

Priva-te de devolver na medida do que receberes. Se receberes críticas que não te constroem ou reparos que não (te) acrescentam sabedoria, não digas nada. Esconde o silêncio atrás do teu melhor sorriso.

Guarda-te de fazer como te fizeram a ti.

Priva-te das lamúrias e das queixinhas ruminantes e cortadoras de voos altos.

Guarda-te de achar que sabes tudo.

Priva-te da arrogância de quem já viveu o suficiente para saber como esta ou aquela história acabam.

Esconde-te das vinganças pequeninas e inofensivas.

Priva-te das enumerações de certezas. Convence-te: cada um tem as suas e quase nunca correspondem.

Esconde-te de quem teima em colocar-te os pés em cima em vez de te dar as mãos.

Guarda-te de ir atrás do rebanho.

Priva-te do fazer o que todos fazem.

Não te atormentes com tragédias pintadas por quem não conhece histórias bonitas.

Guarda-te de responder a quem te fez mal.

Priva-te do sofrimento desnecessário e das preocupações que não te dizem respeito.

Esconde-te de quem não te deixa ver que ainda há muito mais para descobrir.

Guarda-te. Esconde-te. Priva-te.

Guarda o que te faz bem.

Grita como quem canta.

Fala como quem reza.

Olha como quem abraça.

Avança como quem sabe que, por maior que seja o muro, do lado de lá há sempre luz.'

(Marta Arrais; foto Dulce Antunes)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Video do Papa: Tráfico de pessoas




O Vídeo do Papa: Há temas em que somos obrigados a tomar partido. Como o tráfico de pessoas. Não se pode ficar neutro. Se você não está contra, se não faz algo contra isso, você está contribuindo para que essa tremenda injustiça continue existindo. Abra os olhos para a realidade. Abra o seu coração para as vítimas. "Mesmo que tentemos ignorá-la, a escravidão não é algo de outros tempos. Perante esta trágica realidade, não podemos lavar as mãos se não quisermos ser, de certa forma, cúmplices destes crimes contra a humanidade. Não podemos ignorar que hoje há escravidão no mundo, tanto ou talvez mais do que antes. Rezemos pelo acolhimento generoso das vítimas do tráfico de pessoas, da prostituição forçada e da violência". O Vídeo do Papa difunde todo mês as intenções de oração do Santo Padre pelos desafios da humanidade e da missão da Igreja. Pela Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração): http://www.oraciondelpapa.va. Se quiser ver mais vídeos sobre as intenções de oração do Papa, encontrará em http://www.elvideodelpapa.org

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Tudo por Jesus



Você já teve a curiosidade de conhecer a verdadeira história de como morreram os discípulos de Jesus Cristo?

👉🏻ESTÊVÃO, apedrejado até à morte.
👉🏻TIAGO FILHO DE ZEBEDEU, decapitado.
👉🏻FELIPE, apedrejado.
👉🏻TIAGO, FILHO DE ALFEU, martirizado, espancado e crucificado.
👉🏻BARNABÉ, torturado e arrastado com uma corda no pescoço e depois queimado vivo.
👉🏻MARCOS EVANGELISTA, arrastado pelas ruas até chegar ao ponto de ser despedaçado.
👉🏻PEDRO, crucificado na Cruz de cabeça  para baixo.
👉🏻PAULO, morreu decapitado.
👉🏻ANDRÉ, crucificado em Cruz em forma de X.
👉🏻BARTOLOMEU, esfolado vivo e crucificado de cabeça  para baixo.
👉🏻TOMÉ, foi lançado  em uma fornalha.
👉🏻MATEUS, cravado na terra e decapitado.
👉🏻SIMÃO,  crucificado.
👉🏻MATIAS, amarrado na Cruz, apedrejado e depois decapitado.
👉🏻LUCAS, enforcado em uma Oliveira.
👉🏻JOÃO, depois de tantas perseguições morreu de velhice ...

Você sabia que tudo que esses homens sofreram foi para que hoje o evangelho chegasse até nós!?
Não permita que seja em vão o sacrifício vivido por estes mártires.
Coloque a Palavra de Deus acima de todos os seus projetos.

domingo, 13 de janeiro de 2019

A obediência é a medida da perfeição cristã




A obediência é a medida da perfeição cristã.
O amor cristão tem as cores concretas do caminho de Cristo,
a configuração com as cores da cruz.
O que importa não é a quantidade ou intensidade das experiências de Deus,
mas o quotidiano cinzento, vivido na fé, na esperança e na caridade.

(Cf. Baltasar)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Decálogo para a conversão espiritual, pastoral e missionária

A imagem pode conter: 17 pessoas, pessoas a sorrir, ar livre

Decálogo para a conversão espiritual, pastoral e missionária
[A partir do Documento Final do Sínodo sobre os jovens, a fé e o discernimento vocacional]

Reunindo e resumindo as propostas do Documento Final e de alguns estudos feitos em ordem à preparação do Sínodo, atrever-me-ei a enumerar, em jeito de decálogo, alguns aspetos daquilo que se poderia chamar a conversão espiritual, pastoral e missionária da Igreja (DF 118), que pode ser resumida na expressão “sinodalidade missionária”:
  1. Passar do “ide e ensinai” ao “ide e escutai”…
  2. Passar de uma Igreja paternalista, a uma Igreja «caminheira» e «companheira», uma Igreja que caminha e acompanha os mais novos e confia neles.
  3. Passar de uma Igreja clericalista, autoritária, a uma Igreja sinodal, participativa e corresponsável (DF 123).
  4. Passar de uma Igreja de feição masculina a uma Igreja de rosto feminino e materno, onde as mulheres têm parte ativa e responsabilidades nos processos e lugares de decisão (DF 55; 148) e a Igreja se torna uma Mãe de coração aberto (EG 46-49).
  5. Passar de uma Paróquia imóvel, repetitiva, circunscrita e limitada aos seus limites territoriais, para uma comunidade mais criativa e generativa, aberta, atenta aos últimos, que cresce numa lógica de corresponsabilidade eclesial e de impulso missionário, desenvolvendo sinergias no território (DF 17; 129) e ousando novas linguagens e expressões (artes, pintura, música, desporto, mundo digital etc – DF 47).
  6. Passar de uma pastoral por setores a uma pastoral por projetos (DF 141), de modo a desenvolver o trabalho colaborativo, potenciando as sinergias de pessoas e recursos, de modo que a fragmentação dê lugar à integração.
  7. Passar de uma pastoral das vocações (consagradas) à animação vocacional de toda a pastoral (DF 139)
  8. Passar de uma catequese juvenil, em jeito de curso de formação religiosa, a verdadeiros percursos de iniciação à vida cristã, capazes de proporcionar a alegria do encontro com Cristo, na beleza da Liturgia (DF 134), na experiência dos Sacramentos, na integração comunitária, na diaconia social (DF 46; 137), tendo presente os processos pessoais de acompanhamento (DF 19).
  9. Passar do compromisso missionário, em atividades na Igreja, ao compromisso de toda a Igreja, nas novas fronteiras da missão: mundo digital (DG 21.24; 145º), migrantes (25-27; 147), valorização da mulher (DF 55; 148); sexualidade (39; 149-150), economia, política, trabalho, casa comum (DF 151-154), diálogo inter-religioso e ecuménico (155-156).
  10. Passar de uma formação presbiteral isolada a uma formação conjunta de leigos, consagrados e sacerdotes, de caráter mais experiencial, com percursos comunitários, capaz de preparar os futuros e atuais pastores para campos exigentes e especializados da vida pastoral, tais como a mobilidade humana, o acompanhamento espiritual (DF 9), a pastoral juvenil (DF 164), a cultura digital (DF 21-24; 145).

Os jovens precisam do nosso testemunho, de pessoas sãs, enraizadas em Cristo, pautadas pela sobriedade de vida, pela transparência, pela autenticidade, pela busca da santidade, “precisam de santos que formem outros santos” (DF 165).

Se fizermos jovens santos, pela irradiação missionária do nosso testemunho de santidade, eles próprios nos hão de impelir a voltar ao nosso primeiro amor (DF 167).
E esse – voltar ao primeiro amor (Ap 2,14) – é o fundamental caminho da nossa conversão e o de toda a Igreja, que se quer colocar “em estado permanente de missão” (EG 25)! Que os jovens nos deem um bom empurrão.
Pe. Amaro Gonçalo Ferreira Lopes

Vê que interessante a quantidade dos nossos antepassados: Pais: 2 Avós: 4 Bisavós: 8 Trisavós: 16 Tetravós: 32 Pentavós: 64 Hexavós: 128 Hep...