sábado, 17 de outubro de 2015

Semear na terra e no céu

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Somos apenas uma ínfima parte de tudo. Colhemos o que não semeámos e devemos semear o que não colheremos. A vida é assim mesmo. Imensa, mas intensa.

Quem se julga o centro e senhor de tudo não passa de um tonto sem noção do que é a existência. Não é meu o que me chega de forma gratuita, porque só é meu o que eu for capaz de dar. As riquezas que damos são as únicas que para sempre teremos.

Este nosso tempo é breve. Muito breve. É importante e inteligente que se faça o que se tem a fazer, sem muitas demoras. Se é para se fazer, então que se faça logo. Afinal, não nos demoraremos aqui muito tempo.

Partilhamos o mundo uns com os outros. A maior parte das belezas são fugazes. A única beleza que importa é a bondade de fazer as coisas sem se fazer notar, que não se pode esconder, mas que faz o trabalho devido de forma simples, determinada, por vezes com muitas dúvidas e incertezas, mas... fá-lo. Sem outro benefício senão o de saber que fez o que devia.

Se não sabemos quem plantou o que colhemos, que diferença fará desconhecermos quem colherá o que podemos semear?

Quem espalhou as estrelas não se terá preocupado com quem de tão sublime beleza iria ou não tirar proveito...

Devemos semear sem preocupação alguma a respeito de quem colherá os frutos da nossa bondade.

José Luís Nunes Martins
17 de outubro de 2015
Ilustração de Carlos Ribeiro (Inspirart)

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