terça-feira, 21 de abril de 2009

Tigela de madeira



Uma lição de vida que recebi por e-mail e que me levou a reflectir. Decidi partilhá-la com todos os que queiram aprender algo mais, pois vale os breves minutos que queiram dedicar-lhe.

"Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e netinho de 4 anos de idade. As mãos do velho eram trémulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família reunia-se à mesa nas horas das refeições. Mas as mãos trémulas e a pouca visão do avô, o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o leite, era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora, irritaram-se com a confusão.

- "Precisamos tomar uma providência com respeito ao Pai," disse o filho. "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão".

Então decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali o avô comia sozinho enquanto o restante da família faziam as refeições à mesa com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, a sua comida passou a ser servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, ás vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras eram frias e ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair no chão.

O menino de quatro anos assistia a tudo isto em silêncio. Uma noite, antes do jantar o pai percebeu que o filho estava no chão manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:
- "O que estás a fazer"?

Ao que o menino respondeu docemente:
- Ah, estou fazendo uma tigela de madeira para você e mamã comerem quando eu crescer!!!

O garoto sorriu e voltou ao trabalho... Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais , que ambos ficaram sem palavras. Então, lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos. Naquela noite, o pai tomou o avô pela mão e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Desde então e até ao final dos seus dias, ele tomou todas as refeições com a família. E por alguma razão, o casal não se importara mais quando um garfo caía, ou o leite era derramado sobre a toalha da mesa.

De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça, ou quão mau pareça o dia de hoje, a vida continua e amanhã será melhor.
Aprendi que não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, mas vai sentir muito a falta deles quando partirem.
Aprendi que se você procurar a felicidade , vai se iludir. Mas se focalizar a atenção na família , nos Amigos , nas dificuldades dos outros, no trabalho e tentar fazer o melhor.... A felicidade vai encontrá-lo!!!
Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto.
Aprendi que todos os dias preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque humano; segurar na mão, receber um abraço afectuoso ou simplesmente um tapinha amigável nas costas...um olá sorridente...
Aprendi principalmente que ainda tenho muito que aprender!!!!!!

1 comentário:

  1. APRENDER QUE APRENDO


    No dia em que as pessoas julgam que já não têm nada a aprender com os outros e independentemente da idade que os outros tenham, aí sim, entorna-se o caldo, o leite e parte-se a loiça toda.

    Quando oiço alguém que diz que a si próprio ninguém lhe dá lições ... fica logo feita a radiografia:

    Quem tal diz e sem que saiba dar a mão à palmatória, acabou de dar a sua última lição, a saber, aquela que nos diz que persistindo nessa atitude essa pessoa já nada tem para ensinar aos outros.


    Jaime Latino Ferreira
    Estoril, 21 de Abril de 2009

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Vê que interessante a quantidade dos nossos antepassados: Pais: 2 Avós: 4 Bisavós: 8 Trisavós: 16 Tetravós: 32 Pentavós: 64 Hexavós: 128 Hep...