quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Lágrimas que o amor faz voar




Se os sonhos que me fazem chorar são bons, por que razão não lhes hei de ser fiel? Porque sofro por eles? Não. Quem desiste do que pode e deve ser condena-se ao inferno de viver longe de si mesmo.
Ser feliz, nesta vida, é lutar pela felicidade e ser capaz de encontrá-la, até na desgraça. Se o fundo do meu poço pode ser sempre mais fundo, também é verdade que posso sempre erguer-me e lutar para que não o seja.

O normal é uma ilusão, uma forma simples de desistirmos de nós, em favor de uma ilusão que, de fora, se tenta impor a todos. Não há duas pessoas iguais no mundo…

Não sou feliz com os sonhos do outro, assim como não serei infeliz com os meus.

Três bons princípios de vida são: sonhar, ainda que doa; lutar pelos sonhos, mesmo quando tudo parece estar contra; ajudar os outros a sonhar e a lutar pela construção da sua alegria original, singular e autêntica.

As lágrimas que choro voam. Mesmo. Já fora de mim, tornam-se nuvens e regam as árvores que hão de florir no paraíso que sonho... e pelo qual luto e quero lutar.

As sementes que em mim plantaram e das quais devo cuidar, determinam o que fui, o que sou e o que posso ser. Mas se este tesouro me chegou de forma gratuita, não posso deixar de cuidar dele... sob pena de me perder.

Eu faço-me no meu caminho, com o amor de que for capaz.

Não há ninguém normal no mundo comum dos mortais... somos todos extraordinários… somos todos imortais.

José Luís Nunes Martins, 
(ilustração de Carlos Ribeiro)

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