terça-feira, 12 de abril de 2016

A felicidade não é uma sorte



A felicidade não é um dom divino atribuído apenas a alguns, assim como também não é o resultado de um qualquer acaso ou sorte mais terrena. Não. Não vem dos céus nem de uma qualquer lotaria, antes sim de um conjunto de decisões íntimas e concretas em relação à vida de todos os dias. Por vezes, passa por abdicar do que outros julgam essencial. Muitos são os que permitem que as coisas banais os (pre)ocupem de mais.

Ser feliz não passa por satisfazer desejos momentâneos, mas por aprender a sonhar e a criar realidade, tantas vezes a partir do nada.

Ser feliz não é ser escravo dos seus apetites, é ser senhor de si. Todos temos o dever de nos tratarmos bem. Sermos corretos connosco próprios e com os outros.

Só quem acredita e confia em si pode ser feliz, porque não medirá o seu valor pelo que veste, pelos seus bens, pelo sucesso ou por outra coisa qualquer que o dinheiro pode comprar.

Não se deve nunca usar ninguém, ainda que seja por um interesse nobre. A única forma virtuosa de relação humana é o encontro, nunca o negócio.

Ser feliz não é viver no céu, é ter o céu em si. É escolher ser céu… e dar-se.

A felicidade é a realização plena de si… mas nunca se é feliz sozinho, porque o infinito só se revela no encontro.

José Luís Nunes Martins
(ilustração de Carlos Ribeiro)

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