quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Chamo a esperança pelo nome de Deus



Não pode a morte reter-me na cruz.
Não pode o mundo arrancar-me à raiz.
Ao pé de Deus hei-de sempre viver.
Com Deus cheguei e com Ele vou partir.

Não poderá corromper-se a alegria.
Não pode o fogo extinguir-se no céu.
Meu ser demanda a morada do Deus que guarda os nomes no livro da vida.

Não pode a morte apagar o desejo de ver a Deus face a face e viver.
A Deus busquei toda a vida e vivi de acreditar no infinito da vida.
Não nos reduz o escuro da noite.

Não pode o amor esquecer o que o altera.
Já ouço a voz do Senhor, Deus dos vivos.
Já ouço a voz do amigo que vem.

Não pode o mar esquecer o que o salga.
Não pode a areia esquecer-se do mar.

Meu Deus, meu Deus, vem buscar-me ao deserto.
Que em tuas mãos entreguei a minha sede.
A Tua vida me toma e transporta.
Teu sangue inunda meu corpo de paz.
Eu vejo as mãos do Senhor glorioso.
Nas minhas mãos a memória de Deus.

A Ti, Senhor, meus desejos regressam.
Findo o andar, disponíveis as mãos.
Abre meu corpo ao devir que não sei.
Eu chamo a esperança pelo nome de Deus.

Frei J. Augusto Mourão

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