terça-feira, 9 de outubro de 2012

Deus amou-nos antes de o podermos amar



Deus não esteve à espera que o Homem fosse bom para o amar.
Pelo contrário, ama-nos de modo incondicional e concede-nos o dom do Espírito Santo,
a fim de nos configurar com o Filho de Deus, diz São Paulo:
“Porque àqueles que Deus conheceu por antecipação também os predestinou
para serem uma imagem idêntica à do seu Filho,
de tal modo que ele é o primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 29).

Graças a esta interacção que nos une com o Espírito Santo,
nós somos introduzidos no próprio diálogo da Santíssima Trindade em forma de oração:
“Deste modo, o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza,
pois não sabemos pedir e dialogar de modo adequado.
Mas o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inefáveis.
E o Pai que examina os corações conhece as intenções do Espírito Santo,
pois é de acordo com o sentir de Deus que o Espírito Santo intercede por nós” (Rm 8, 26-27).

É difícil explicar de modo mais bonito o papel activo do Espírito Santo
nesta união orgânica e dinâmica que une o Homem com Deus.
Podemos dizer que o Espírito Santo é o coração
da convergência familiar da Santíssima Trindade
e o impulso gerador de fraternidade entre as pessoas humanas.
É por ele que entramos no diálogo da Santíssima Trindade,
como filhos em relação a Deus Pai e como irmãos em relação a Deus Filho.

Eis a razão pela qual quando oramos no Espírito Santo
estamos a dialogar com Deus em termos de comunicação familiar.
Na verdade, a nossa comunicação com Deus só é adequada
quando acontece no Espírito Santo.

É no Espírito Santo que Deus Pai comunica connosco e nos revela o seu jeito de ser Pai:
Pai justo e amoroso.
Pai misericordioso e paciente.
Pai amável e solícito.
Pai acolhedor e sempre disposto a perdoar.
Pai fiel aos valores da Verdade e da Justiça.
Pai responsável, protector, atento e amigo.

O Espírito Santo é a ternura maternal de Deus.
Com seu jeito maternal de amar, ele é em nós uma presença compreensiva,
pronta a servir; dedicada, generosa e gratuita.
Está sempre atento e disposto a aperfeiçoar os elos de comunhão com Deus Pai.
Faz-nos exultar como filhos agradecidos, como aconteceu com Jesus:
“Nesse mesmo instante, Jesus exultou de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse:
“Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra,
porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes,
e as revelaste aos simples e pequeninos.
Sim, Pai, porque foi este o teu agrado” (Lc 10, 21).

Calmeiro Matias

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