do Lat. ciboriu; s. m., a parte mais alta que exteriormente remata ou cobre a cúpula das grandes igrejas ou dos edifícios monumentais. Este blog é, na sua grande maioria, partilha de videos e textos de diversos autores que recebo diariamente. Com a visão dos outros podemos ver mais alto, mais longe...
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Foi um sucesso
Recordo aquele dia...
... e posso dizer que, para mim, foi um sucesso.
Primeiro porque nunca me imaginaria a fazer uma coisa destas.
Depois por toda a história que teve por trás...
Deu stress? Muito!
Deu vontade de desistir? Às vezes.
Deu vontade de chorar? Deu...
Mas mais importante, permitiu rir e sorrir,
falar por gestos,
ter coragem e arriscar,
olhar o lado positivo.
(adaptação)
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Esta noite tive um sonho
Esta noite tive um sonho e, quando acordei, viajei no tempo e desejei entregar-Te a vida porque apercebi-me que Tens sido grande para mim. Minha alma canta de gozo pois, na minha pequenez, se detiveram os Teus olhos.
Sinto, Senhor, que Tu me amas e, por isso, mil graças Te dou pelo Teu grande amor. Eis-me aqui pronta para acompanhar-Te. Sei que estás à minha porta a bater e que, se Te abrir a porta do meu coração, entrarás para ficar. Diz-me então, Senhor, o que queres de mim porque eu quero estar disposta a tudo.
Tua palavra é fonte de verdade. Ela me aponta o caminho. Fala-me, Senhor, que a Tua serva escuta. Toma o meu ser, meu coração é para ti. Ensina-me a viver, nos meus dias, o Teu mandamento: o amor total feito de perdão pois sei que serei feliz se sentir que sou chamada a servir um imenso povo. Um povo que jaz em grande dor, que sofre e que luta para ver o dia em que a terra tenha um rosto novo.
No deserto da minha vida, que farei sem ti? Tentei atalhos em que me afastei mas percebi que só eu não sou nada, por isso, guarda-me, Senhor. Canto, com alegria, que encheste meu coração e as minhas mãos se elevam para Te bendizer. Fica em mim com a Tua presença, com o Teu poder, com o Teu amor e enche-me a vida. Entrego-Te as minhas dores e as minhas preocupações pois sei que, se deixar que o Teu amor me toque, a minha alma gritará de alegria e Tu virás e tomarás conta de mim.
E se algum dia me afastar de Ti, se algum dia me esquecer de nós, não tardes em procurar-me onde eu estiver, não penses que eu seu ser sem Ti pois sou apenas uma aprendiz de viajante.
Na certeza que, quando a noite se aproxima e se obscurece a fé, se soubermos amar como o Pai nos amou e se permanecermos no Teu amor, bem-aventurados todos nós seremos, por isso, canto Tuas maravilhas, canto o Teu grande amor. Que não pare nunca este canto: maravilhas fez em mim.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Zaqueu... simplesmente... ou talvez não...
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das coisas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso dos meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos.
Luís Vaz de Camões
Peço perdão aos puristas da língua, a Camões e a Zaqueu por esta aleivosia teológico-literária de forçar este texto do vate lusitano ao ponto de o converter em oração.
O facto é que gosto do Zaqueu. Gosto mesmo!
Gosto de o imaginar pequenito e sem complexos; a correr, a empurrar meio mundo, a acotovelar os basbaques da multidão amorfa, a saltitar de quando em vez procurando descortinar um ponto alto à procura de ver, acima de tudo, a si próprio.
E lá está ele, o sicómoro do seu contentamento, o lugar onde pode finalmente subir sem pisar ninguém; o ponto alto a partir do qual pode descortinar o que procura, onde se pode encontrar consigo mesmo, para depois encontrar os outros no caminho do seu encontro com Deus.
Está vencida a perdição provocada pelos erros seus, pela má fortuna e pelo amor ardente; um amor do qual não vira até então senão breves enganos. Quem é capaz de passar ao lado desta figura sem se identificar com ela? Certamente nenhum de nós… Também nós temos sempre presente, “tudo o que passámos”, também nós sentimos “as grandes dores das coisas que passaram”, tudo aquilo “que as magoadas iras nos ensinaram” e, às vezes, corremos até o risco “de não querer nunca ser contentes”…
Ah! Grande Zaqueu que foste capaz de ir à procura de ti próprio, grande ao ponto de, na tua pequenez, te reconheceres um biltre, mas capaz de ser amado por Deus; que subiste acima da tua altura, sem te pores em bicos de pés por cima de ninguém, mas à custa do teu esforço foste capaz de te ver. E encontraste… soubeste descobrir o processo essencial da conversão de cada um de nós, da conversão da Igreja e da conversão do mundo. Um processo que só tocará Deus se e quando tocar os outros: “Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais” Está tudo dito. A conversão aconteceu…
Grande Zaqueu! Venceste a besta do teu pequeno “apocalipse” e descobriste a “revelação” do Deus que passa. Pequeno e diminuto, foste e és sinal maior da urgência de cada um de nós subir ao ponto mais alto do encontro consigo próprio, para em seguida poder descer em segurança e acolher o Deus que habita na realidade do tempo que é nosso, para vencer a tal “religião sem fé”, a “religião que mata a fé”, a “religião sem mundo” que abriu a porta a “um mundo sem religião”.
Obrigado Zaqueu!
Fr. Fernando Ventura, ofm cap
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Tu dás-nos os outros
Senhor,
tu dás-nos os outros,
que vigiam enquanto nós dormimos,
que creem enquanto nós duvidamos,
que continuam a rezar,
enquanto nós permanecemos calados.
Tu dás-nos os outros,
que caminham connosco,
que connosco têm, esperam e temem,
que estão cansados e não desesperam,
a quem podemos entregar
as nossas preocupações e necessidades.
Tu dás-nos os outros,
que, connosco, estão diante de Ti,
que Te pedem e perguntam,
que Te agradecem
e que estão à Tua disposição.
Tu dás-nos os outros
e os colocas a nosso encargo.
Não Te amamos sem eles,
e, sem eles, não seremos por Ti amados.
Que sejamos uma bênção uns para os outros,
caminhando para Ti.
Amen.
Idosos morrem de mãos dadas após 60 anos de união
Uma história de amor típica do cinema: um casal de idosos morreu de mãos dadas em Nova York, nos Estados Unidos.
Ed Hale, de 83 anos, havia prometido à mulher, Floreen Hale, que nunca a deixaria. Mesmo estando em hospitais diferentes, eles foram colocados juntos momentos antes da morte.
Ambos tinham sido internados em janeiro em estado grave. Ed tinha um problema na perna e foi levado primeiro. Poucos dias depois Floreen foi internada com problemas cardíacos graves. Inconformado com a distância, Ed pediu à filha, Renne, que o pusesse em contacto com a mulher.
Depois de uma pequena melhoria do seu quadro clínico, Ed foi transferido para o hospital no qual estava Floreen e colocado numa cama ao lado dela. Segundo conta o NY Daily News, trocaram juras de amor e, poucos momentos depois, ela morreu. Ed não deixou a esposa e, de mãos dadas com ela, morreu 36 horas depois em resultado de agravamento do seu estado de saúde.
O casal conheceu-se em 1952, numa festa de bairro. Foram enterrados juntos no passado dia 13.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Oração do Escuta
Senhor Jesus
Ensinai-me a ser generoso,
A servir-Vos como Vós o mereceis,
A dar-me sem medida,
A combater sem cuidar das feridas,
A trabalhar sem procurar descanso,
A gastar-me sem esperar outra recompensa,
Senão saber que faço a Vossa vontade santa,
Ámen
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Conhece-se melhor Jesus, seguindo-O
O papa vincou ontem na missa a que presidiu, no Vaticano, que o principal conhecimento sobre quem é Jesus é obtido numa vida de seguimento, e não tanto através do que se escreveu sobre ele.
A homilia de Francisco baseou-se no trecho do Evangelho proclamado nas eucaristias desta quinta-feira, em que Jesus pergunta aos apóstolos: «Quem dizeis que eu sou?», refere a Rádio Vaticano.
«Parece que para responder àquela pergunta que todos nós ouvimos no coração – “Quem é Jesus para nós?” – não é suficiente o que nós aprendemos, estudámos no catecismo, que é importante estudá-lo e conhecê-lo, mas não é suficiente», frisou.
Francisco apontou como exemplo o apóstolo Pedro, de quem é sucessor, sublinhando que é necessário olhar para o seu caminho enquanto discípulo sujeito a contradições e arrependimentos.
Pedro «viu os milagres que Jesus fazia, viu o seu poder, depois pagou o imposto, como lhe tinha dito Jesus, pescou um peixe e tirou-lhe uma moeda, viu muitos milagres do género. Mas, a certo ponto, Pedro renegou Jesus, traiu Jesus, e aprendeu aquela tão difícil ciência – mais que ciência, sabedoria – das lágrimas, do choro».
«Esta primeira pergunta – “Quem sou eu para vós, para ti?” – a Pedro só se compreende ao longo de uma estrada, após uma longa estrada, uma estrada de graça e de pecado, uma estrada de discípulo. A Pedro e aos apóstolos, Jesus não disse “Conhecei-me”, mas “Segui-me”, assinalou o papa.
«Este seguir Jesus faz-nos conhecer Jesus. Seguir Jesus com a nossa virtude, também com os nossos pecados, mas seguir sempre Jesus. Não é um estudo de coisas que é necessário, mas uma vida de discípulo», acrescentou.
Esta atitude exige «um encontro diário com o Senhor, todos os dias», assumindo e entregando as «vitórias» e «debilidades» pessoais, num caminho que não pode ser feito «sozinho» mas com a «intervenção do Espírito Santo».
«Conhecer Jesus é um dom do Pai, é ele que nos faz conhecer Jesus; é um trabalho do Espírito Santo, que é um grande trabalhador. Não é um sindicalista, é um grande trabalhador e trabalha em nós, sempre», realçou.
A terminar, Francisco apresentou uma prece: «Olhemos Jesus, Pedro, os apóstolos, e ouçamos no nosso coração esta pergunta: “Quem sou eu para ti?”. E como discípulos, peçamos ao Pai que nos dê o conhecimento de Cristo no Espírito Santo, que nos elucide este mistério».
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Deus abraça-nos quando nos confessamos
Deus abraça-nos quando nos confessamos, diz papa Francisco
O papa Francisco afirmou hoje, na audiência geral das quartas-feiras realizada na Praça de S. Pedro, no Vaticano, que o sacramento da Reconciliação (confissão) é «um abraço» de Deus a quem o recebe.
A Reconciliação, à semelhança da Unção dos Doentes, «é um sacramento de cura»: «Quando vou confessar-me, é para me curar: curar-me a alma, curar-me o coração por alguma coisa que fiz que não está bem», salientou Francisco, citado pela Rádio Vaticano.
«Celebrar o sacramento da Reconciliação significa ser envolvido num abraço caloroso: é o abraço da infinita misericórdia do Pai», realçou.
Na intervenção, que prosseguiu as alocuções das últimas quartas-feiras dedicadas aos sacramentos, o papa recordou que a Reconciliação brota das palavras que Jesus, depois de ressuscitado, dirigiu aos apóstolos: «A paz esteja convosco. (…) Recebei o Espírito Santo. Àqueles a que perdoardes os pecados, serão perdoados».
Francisco acentuou a dimensão comunitária da Reconciliação, contrapondo os argumentos de quem defende que o perdão de Deus obtém-se numa relação direta, sem mediações.
O trecho bíblico citado pelo papa sublinha, «antes de tudo», que o perdão vem de fora: «O perdão dos nossos pecados não é algo que possamos darmo-nos; eu não posso dizer “eu perdoo-me os pecados”».
«O perdão pede-se, pede-se a um outro, e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é um presente, é um dom do Espírito Santo», frisou.
Da passagem do evangelho segundo S. João surge outra conclusão: «Só se nos deixarmos reconciliar no Senhor Jesus com o Pai e com os irmãos podemos estar verdadeiramente na paz».
«Alguém pode dizer: “Eu confesso-me apenas a Deus”. Sim, podes dizer a Deus: “Perdoa-me”, e dizer os teus pecados. Mas os nossos pecados são também contra os irmãos, contra a Igreja, e por isto é necessário pedir perdão à Igreja e aos irmãos, na pessoa do sacerdote», apontou.
A «vergonha» que se pode ter na confissão «é boa» e «saudável» porque torna as pessoas «mais humildes», e acaba por ser um sentimento que dá lugar à serenidade.
«Alguém que esteja na fila para se confessar sente todas estas coisas – também a vergonha – mas depois, quando termina a confissão, sai livre, grande, belo, perdoado, branco, feliz. E isto é o belo da Confissão», referiu.
A seguir, o papa lançou um desafio às milhares de pessoas presentes na audiência: «Cada um responda a si mesmo no seu coração: quando foi a última vez que te confessaste? Cada um pense. Dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos?».
«E se passou tanto tempo, não perder mais um dia: vai em frente, que o sacerdote será bom. E Jesus, Ele, é o melhor dos padres, e Jesus recebe-te. Recebe-te com muito amor. Sê corajoso e avança para a Confissão», convidou.
Francisco recordou a parábola do filho pródigo, em que o jovem abandonou os pais com a sua herança, e depois de gastar tudo decidiu voltar a casa, «não como filho, mas como servo».
«Tanta culpa tinha no seu coração, e tanta vergonha. E a surpresa aconteceu quando, ao começar a falar e a pedir perdão, o pai não o deixou falar: abraçou-o, beijou-o e fez festa. Eu digo-vos: de cada vez que nós nos confessamos, Deus abraça-nos», frisou o papa.
No final da audiência, Francisco lembrou os acontecimentos das últimas horas na Ucrânia: «É com preocupação que sigo o que tem vindo a acontecer em Kiev. Asseguro a minha proximidade ao povo ucraniano e rezo pelas vítimas das violências, pelos seus familiares e pelos feridos. Convido todas as partes a cessarem toda e qualquer ação violenta e a procurarem a concórdia e a paz no país».
Rádio Vaticano
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Coração Imaculado de Maria
“Nosso Senhor dizia-me, há alguns dias: Desejo ardentemente a propagação do culto e da devoção ao Coração Imaculado de Maria, porque este Coração é o íman que atrai as almas para mim, (...) a fonte inesgotável que faz jorrar sobre a terra a água viva da Minha misericórdia.”
Irmã Lúcia
sábado, 8 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Porque quem é perfeito? Aproxime-se!
Este vídeo mostra que somos todos pessoas maravilhosas. Aqui vemos manequins com deficiência que irão provocar espanto aos transeuntes na Bahnhofstrasse de Zurique. Entre os manequins perfeitos, há figuras com escoliose e deficiências a vestir as últimas modas. A campanha foi concebida para o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência pela Pro Infirmis, uma organização para pessoas com deficiência. Intitulado "Porque quem é perfeito? Aproxime-se!", a campanha destina-se a provocar a reflexão sobre a aceitação das pessoas com deficiência.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Ser cristão no jogo da vida
"A vida é como um jogo. Quem nunca ouviu isto?
E ser cristão pode comparar-se a pertencer a uma equipa (de futebol, por exemplo).
A equipa em si é a comunidade da qual fazemos parte. Comunidade traduz comum unidade. E não é isso que se pretende numa equipa? Que sejam um, e trabalhem unidos para atingir o objectivo?
A equipa é como uma segunda (ou mesmo primeira) família dos jogadores, pois todos vivem as suas vitórias, empates e derrotas, e todos dão o seu contributo para o resultado final do jogo.
O treinador da nossa equipa é, indiscutivelmente, Jesus (não o Jorge, mas o Cristo, claro!). E como um treinador escolhe a sua equipa técnica, também Jesus chama os seus treinadores adjuntos, os seus fisioterapeutas, os seus preparadores físicos (neste caso, os seus espíritoterapeutas e os seus preparadores espirituais).
São estes aqueles que são chamados a seguir a vocação religiosa, para transmitir o legado do treinador. São eles que dizem “sim” a uma missão de grande responsabilidade, pois não é fácil orientar uma equipa com tantos jogadores, de diversos níveis. Mas uma boa equipa técnica, um bom treinador, é aquele que se adapta às situações e mantém a motivação dos seus atletas em alta.
Numa equipa de uma comunidade, o sacerdote é o treinador adjunto. É ele que orienta a equipa, os seus jogadores, conforme os objectivos, propósitos e indicações do treinador principal. É o treinador adjunto que, em conjunto com o treinador principal, motiva a equipa, prepara-a para o jogo do dia-a-dia, o jogo da vida, e dá aos jogadores as ferramentas necessárias para o sucesso destes em campo.
Os jogadores, vulgarmente chamados paroquianos, têm a missão nas mãos. Depende deles (nós) o sucesso no jogo da vida. São eles que com a sua garra, empenho, dedicação, energia e alegria põem em prática os ensinamentos dados pelos treinadores. Se não agirem, a sua equipa é derrotada pelos adversários. Se não estiverem unidos, rapidamente sofrem golos.
E a equipa adversária é uma equipa de peso. Nas suas camisolas estão escritos nomes de grandes “craques” do mal, como a inveja, o individualismo, a preguiça, o egoísmo, a ganância, a mentira…
Porém, acreditamos e seguimos o Nosso treinador, e Ele dá-nos tudo o que precisamos para derrotar os adversários, aparentemente invencíveis.
No campeonato da nossa vida temos várias jornadas; nos diversos jogos, os tradicionais 90 minutos são um pouco mais alongados, e há mais do que apenas um intervalo.
Por vezes, quando chegamos ao intervalo, estamos a perder (e com uma grande diferença). A equipa adversária consegue absorver a nossa força, a nossa motivação, ganhando, assim, vantagem sobre nós.
Mas é durante o intervalo que a equipa se reúne, que os treinadores dão as indicações necessárias para darmos a volta ao jogo. É preciso olhar e perceber quais estão a ser os nossos erros, ouvir o treinador e fazer de tudo para corrigi-los.
E voltamos a entrar em campo. O jogo não pára, a vida continua.
Há momentos em que parece que não aguentamos mais, a fadiga instalada é tão grande que só nos apetece desistir e oferecer a vitória à outra equipa. É nesses momentos que percebemos que fazemos parte de uma equipa, que não estamos sozinhos neste jogo. A equipa é formada por vários jogadores que estão lá para se apoiarem uns aos outros, para perceberem que só em conjunto conseguem ir mais além.
E quando tudo parece perdido e sem volta a dar ao resultado, o treinador principal mostra-nos a melhor táctica para o ataque. E não é um 4:4:2, um 4:3:3 ou ainda um 4:2:3:1. A melhor táctica a ser utilizada no jogo do cristão é a táctica do infinito, uma táctica de amor sem limites, que deve ser usada durante toda a partida.
Na defesa e no contra-ataque da equipa adversária aparecem muitas vezes as dificuldades, os grandes obstáculos, as tristezas, grandes muros que por vezes nos parecem intransponíveis.
Mas temos confiança no Nosso treinador. Se Ele nos convocou para o jogo é porque sabe que somos capazes de fintar, de ultrapassar e de derrotar a equipa adversária; que somos capazes de marcar golos, e de os festejar com toda a alegria, mesmo que por vezes o campo nos pareça enorme e o caminho até à baliza não seja tão fácil.
E mesmo quando o guarda-redes da equipa adversária é muito bom, não podemos desistir, pois só é golo quando a bola entra na baliza, e só nós é que a conseguimos lá pôr.
Tentamos mais uma vez, e outra, e mais outra… até conseguirmos!
Quando, na vida, marcamos golo e vemos a bola a passar para lá da linha final, enche-nos uma alegria contagiante, começamos a saborear a vitória, e apenas festejamos, mostrando aos outros a alegria de termos marcado um golo, graças aos ensinamentos dos treinadores, ao esforço da nossa equipa e à perseverança e resiliência de cada jogador.
À semelhança das competições desportivas, também nós temos o nosso objectivo e lutamos para ganhar o campeonato. Queremos sair vencedores e levar para casa a taça da felicidade plena e da vida abundante na eternidade. Uma taça que nos é dada pelo Nosso treinador; uma taça cheia, a transbordar.
Mas para lá chegarmos, temos de disputar todos os jogos do campeonato. De todas as vezes, temos de entrar em campo e suar a nossa camisola. E isso não se traduz em 100% de vitórias. Pelo contrário, a equipa que vence o campeonato tem no seu historial vitórias, empates e derrotas, pois são estes que nos fazem crescer e neles podemos ver os nossos erros, fazer de novo e aprender. Só conseguimos ser melhores numa próxima vez se tivermos consciência do que fizemos errado e estivermos dispostos a mudar.
O resultado do campeonato, por mais que queiramos, não o podemos saber já. Muitas voltas e reviravoltas podem acontecer, pois só acaba no apito final.
Até lá, resta-nos ser, como diz o Papa Francisco, atletas de Cristo, e dar o máximo de nós mesmos em campo, tentando marcar o maior número possível de golos, para os podermos festejar com toda a alegria, em conjunto com a nossa equipa e treinadores."
Helena Chaveiro
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Café suspenso
Entramos num pequeno café na Bélgica com um amigo meu e fizemos o nosso pedido. Enquanto estamos a aproximar-nos da nossa mesa duas pessoas chegam e vão para o balcão:
- "Cinco cafés, por favor. Dois deles para nós e três suspensos."
Eles pagaram a sua conta, pegaram em dois e saíram. Perguntei ao meu amigo:
- "O que são esses cafés suspensos?"
O meu amigo respondeu-me:
- "Espera e vais ver."
Algumas pessoas mais entraram. Duas meninas pediram um café cada, pagaram e foram embora. A ordem seguinte foi para sete cafés e foi feita por três advogados - três para eles e quatro "suspensos". Enquanto eu ainda me pergunto qual é o significado dos "suspensos" eles saem. De repente, um homem vestido com roupas gastas que parece um mendigo chega na porta e pede cordialmente:
- "Você tem um café suspenso?"
Resumindo, as pessoas pagam com antecedência um café que servirá para quem não pode pagar uma bebida quente. Esta tradição começou em Nápoles, mas espalhou-se por todo o mundo e em alguns lugares é possível encomendar não só cafés "suspensos" mas também um sanduíche ou refeição inteira.
Partilhem no sentido de divulgar esta ideia.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Peço-Te, Senhor
Peço-Te, Senhor, a graça de sentir profundamente o Teu amor por mim e de saber acolher a vida, que vem ao meu encontro, como uma bênção porque é quando abraçamos a vida, como a bênção divina que é, que ganhamos uma nova identidade, como Jacob, e passamos nós também a ser Israel.
Que diante de Ti, saiba sempre expor-me com sinceridade e assim, despida, possas vestir-me com o Teu perdão e abraçar-me com o Teu amor.
Que através dos Teus olhos saiba ver-me à luz da Tua compaixão e não julgar com dureza as minhas fragilidades e limitações. Que as minhas feridas sejam sempre marcas desse amor que me cura e me recria fazendo-me lembrar, como Jacob, que a minha vida sem Ti é coxa.
Peço-Te, Senhor, a graça de conhecer-Te profunda e intimamente e que, ao mergulhar no Teu mistério, desponte em mim a vontade de aceitar o Teu convite, com entusiasmo, e seguir-Te na certeza que, conduzida por Ti, não tenho nada a temer porque quem quer o que Deus quer, tem tudo o que quer.
Peço-te, Senhor, a graça de saber escutar e acolher a Tua palavra e deixar que ela me transfigure e me transforme para que, convertida como Paulo, amada como João, e revestida pelo Teu Espírito como Pedro, saiba, como Maria, deixar que se cumpra em mim a Tua vontade e viver à luz do Teu exemplo para cantar os Teus louvores e anunciar a Tua mensagem de amor e de paz.
Raquel Dias
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Vende tudo e vem
Um dia, um grupo de jovens reuniu-se para rezar.
Mas nenhum deles sabia rezar.
Então, porque não sabiam rezar,
puseram-se a escutar o silêncio.
Até que o líder do grupo que mal sabia falar, disse duas palavras:
- Estamos a escutar.
E os outros continuaram a rezar.
Foram 5, 10, 15 minutos... sem fazerem barulho.
No meio deles estava uma bíblia aberta. E um leu:
- «Vai! Vende tudo o que tens,
dá o dinheiro aos pobres
e segue-me».
E, quando alguns já estavam quase a dormir,
um levantou-se e pôr-se a ir.
Partiu. Saiu do grupo que estava a escutar
e pôs-se a andar.
Fez a mala, deu dois beijos na mãe, abraçou as crianças, passou no campo onde estava o pai e disse-lhe:
- Meu pai, vou partir.
Deixo as minhas coisas para quem delas precisar.
Ontem, era menino e não sabia entender.
Mas hoje, parece-me que vi.
Há muito tempo que ando a perceber o mundo.
O paizinho sabe que aos poucos fui criando uma consciência feliz.
Critiquei o mundo.
E hoje vejo bem que a banalidade é cada vez maior.
Por isso, vou começar um novo estilo de vida.
O pai chorou.
E com o rosto pleno de bondade, perguntou:
- O que disse a tua mãe?
- A mãezinha ficou em silêncio, como quem escuta.
- Vai, meu filho, tudo o que temos é teu.
Mas se vês uma coisa melhor
que isto que nós temos, vai.
Procura-a com todas as tuas forças. Segue-a!
O jovem pegou nas mãos do pai que eram duras.
E pôs-se a caminhar.
Ele não sabia quase nada do que lhe ia acontecer.
Depois de várias horas sentiu fome.
Chegou a uma casa, bateu e pediu pão.
Estavam lá vários jovens que, quando o viram com um ar tão cheio de infinito,
o mandaram entrar.
Entrou, comeu, bebeu e perguntou:
- Isto é a família de quem?
Um dos outros respondeu:
- Isto quer ser a família de toda a gente.
Estamos aqui todos juntos,
porque Jesus Cristo nos agarrou.
Vivemos unidos, planeamos e rezamos em conjunto.
Tudo o que ganhamos pomos em comum.
Não vamos casar.
Procuramos que as pessoas se sintam bem em nossa casa.
Estudamos para aprofundar a nossa fé.
O jovem ficou atrapalhado por a sua pergunta ser tão fora do tom da resposta.
Antes de se deitar,
ficou muito tempo em silêncio, a escutar,
pois não sabia como havia de rezar.
E, de manhã, pediu para ficar.
P. José Luís, CSh
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Não existo sem Ti
"Deus , pronuncio o Teu nome
na escuridão,
na escuridão do meu medo,
nas trevas da minha culpa,
na minha necessidade de questionar e duvidar.
Deus, deposito neste nome
toda a minha confiança,
a minha esperança na proteção,
a minha sede de um Tu,
o meu desejo de ser aceite.
Deus, o Teu nome tem em mim
um eco familiar,
que responde em mim
a minha união con'Tigo,
que responde em mim o meu abandono a Ti,
que responde em mim o meu pequeno «eu» miserável.
Então, pergunto por mim
e deparo-me con'Tigo,
perco-me
e sinto a Tua falta.
Não existo sem Ti."
(Alfons Höfer)
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