quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Oração do exame

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AGRADECER

  • Em primeiro lugar, peço-Te Senhor um coração agradecido. Consciente de que tudo é graça que recebo de Ti, agradeço-Te este tempo de descanso, este tempo de oração. Agradeço o ano que passou, agradeço-Te tanto Bem recebido, tanto que me foi dado viver.


PEDIR LUZ

  • Peço-Te a Luz para olhar a minha vida. Ajuda-me a vê-la e aceitá-la como Tua vês e aceitas. Dá-me a graça de ver onde estive centrado em Ti. Dá-me também a humildade de reconhecer o que em mim está desordenado e os esquemas que deixo que me escravizem e dominem.

REVER

  • Revejo as minhas rotinas, as coisas que me preenchem a agenda, mas também o que ao longo dos dias me vai ocupando o coração.
  • O que é que nos últimos tempos foram para mim momentos de descanso? Em que momentos me senti interiormente livre e pacificado, mesmo perante contratempos e imprevisibilidades?
  • E o que é que foi para mim origem de desgaste ou tensão?Quando é que me senti interiormente escravizado pelas rotinas e obrigações?
  • Revejo as minhas prioridades (se ajudar, escrevo-as), e o tempo (concreto)que dedico a cada coisa. Que desordens encontro aqui?
  • Dou tempo às relações que me descansam, às pessoas que me amam? Paro de facto junto delas, e dou-lhes espaço e tempo na minha vida?
  • Que tempo dou a Deus? Disponho-me a passar tempo com Ele de forma gratuita? A deixar que Ele me recentre e descanse? Ou encaro a oração como mais uma tarefa a cumprir?
  • Olho também com Jesus para os meus tempos livres: descansam-me e são de facto tempo de liberdade? Ou preencho-os de afazeres, talvez até com prontidão e diligência, mas sem me perguntar se é isso que Deus me está de facto a pedir?
  • Este tempo de férias: quero que seja tempo para me ordenar interiormente, de crescer em liberdade em relação às coisas e de descansar verdadeiramente? Ou vivo-o interiormente ocupado e preocupado com tarefas e coisas a fazer e cumprir?

PEDIR PERDÃO

  • Peço perdão pelas desordens que vivo, pelos esquemas que eu próprio monto. Peço perdão por tantas vezes viver dividido, disperso entre muitas outras coisas e não no aqui e agora em que Deus me cria e me ama.

PROPOR

  • Proponho-me a que este tempo de descanso seja um tempo para me encontrar com Deus, para me encontrar comigo, para me encontrar com os outros. Proponho-me a viver cada momento com gratuidade e generosidade. Proponho-me a ordenar-me interiormente e peço-Lhe a graça de me libertar dos esquemas que tantas vezes me escravizam e desgastam.

PAI NOSSO

sábado, 21 de setembro de 2019

Bouganvillia



Um dia, eram os meus filhos ainda pequeninos, saíram para jogar à bola, na relva em frente ao terraço da nossa casa. Voltaram pouco depois. Um deles vinha a chorar, com um pequeno tronco seco na mão. Alguém o tinha deitado fora, atirado para o lixo. 

- "Mamã, deitaram esta árvore fora! Tens que me ajudar a salvá-la!", dizia... enquanto as lágrimas lhe caiam pelo rosto pequeno. 

Não tive coragem de lhe dizer que não valia a pena! Que o seu esforço seria em vão, pois não havia sinal de vida no pequeno tronco. Estava seco. Ainda assim, fui buscar um vaso, fui com ele apanhar terra e plantámos o tronco. Todos os dias ele regava... 

Para nosso espanto, algum tempo depois, o tronco foi ganhando uma folha, e outra, e muitas outras! Hoje, é uma linda Bouganvillia, cheia de flores roxas, como esta, da sua foto. Plantámo-la no jardim, encostada ao terraço. Lá está, para delícia de todos! 

Na vida, basta que apenas um acredite e tenha a ousadia de sonhar!

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Pão para todos

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Um dia, Cristo abençoou cinco pães e distribuiu-os por todos, sem distinção. (3) A partir daí, nasceu, num passado muito longínquo, este gesto humilde de acolhimento: dar pão benzido a todos aqueles que, crentes ou não crentes, por razões diversas não recebem a Eucaristia. Foram as Igrejas ortodoxas as primeiras a abrir este caminho. (cf Mateus 14, 13-21)

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

A janela

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Ao final de cada dia, logo após a oração de vésperas, o monge de sandálias – andava sempre de sandálias – aproximava-se, a um ritmo certo, da grande janela, no fundo do coro. O mosteiro era uma ilha de vida silenciosa. Àquela hora, as montanhas cobertas de vegetação estendiam uma crescente sombra sobre o antigo edifício erguido, alguns séculos antes, num vale fértil, junto a um pequeno riacho.

Todos esperávamos esse momento. O monge levantava uma ponta do hábito e com um pé apoiado, dava um impulso para subir ao banco encostado à parede. De baixa estatura e rechonchudo, estendia os braços para puxar o fio através do qual se enrolava uma cortina sobre a janela. O sol declinava no horizonte, manso e previsível. E naquele gesto tão simples, naquele esforço tão repetido, mas sempre necessário, a luz espalhava-se pelas paredes altas de granito, incidia sobre os recantos escondidos, dava vida às velhas imagens e iluminava, de novo, os cadeirais onde todos os dias a comunidade monástica se reunia para rezar.

Perante o milagre da luz, fechávamos os olhos. E tudo recomeçava em cada entardecer. Havia ainda muita história para escrever. Mas naquele momento era apenas o silêncio levemente estremecido pelo rugir do vento nas frestas da grande janela. Bendito seja Deus!

As mãos do monge eram herdeiras de uma antiga sabedoria. Elas condensavam o ritual de uma comunidade que, todos os dias, procurava a Luz.

No início de mais um ano, Senhor ajuda-nos a ser como esse monge.




P. Nélio Pita, CM

sábado, 14 de setembro de 2019

Se te decides por Ele ou não...

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Renunciar para seguir Jesus é pôr no coração do nosso coração a relação com Cristo, deixando que seja Ele o Rei e Senhor de tudo. Neste sentido, seguir Jesus transformará no amor as nossas relações familiares e sociais, fará dos nossos bens pessoais um instrumento de partilha e a nossa vida tornar-se-á um dom para os demais. Renunciar significa deixar que Cristo reine para O seguirmos e servirmos com tudo o que somos e temos. 

Se é assim… é preciso então ter a coragem de se decidir, de cortar a eito, para seguir em frente, com Jesus, no caminho da Cruz. E esta decisão exige ponderação, discernimento, avaliação. Estaremos à altura de concluir o que começámos? Teremos condições para vencer esta batalha? A nossa tentação é a de encontrar aqui uma boa desculpa, para não nos comprometermos com Cristo e com a Igreja, a partir de um calculismo egoísta: “Não quero prometer e depois não cumprir”; “Prefiro não me comprometer, porque não estou seguro de não vir a faltar”, “Não me sinto capaz desta missão”; “Não sei se tenho as condições necessárias para desempenhar esta função”. Pois é. Mas a questão que Jesus nos põe não é essa. Não é uma questão de capacidade ou desempenho. A questão para ti é a de saberes se te decides por Ele ou não… se Lhe ofereces o coração do teu coração ou não… se te queres deixar amar e guiar por Ele ou não; se O queres deixar agir em ti e por ti ou não. É isto e só isto mesmo que está em questão. 

Por isso, faço-te um apelo: senta-te, por algum tempo, em oração, em diálogo com o Senhor. Invoca o Espírito Santo, para que te liberte e expulse aquele medo que te leva a negar-Lhe a sua entrada em alguns espaços da tua vida (cf. GE 175). Quando sentires a tentação de te enredares na tua fragilidade, levanta os olhos para o Crucificado e diz-Lhe: «Senhor, sou um miserável! Mas Tu podes fazer o milagre de me tornar um pouco melhor» (cf. GE 15). Faz um discernimento, atento, humilde, verdadeiro, não para descobrires que mais proveito podes tu tirar desta vida, mas para reconheceres como cumprires melhor a missão, que te foi confiada no Batismo (GE 174). Isto implica estares disposto, desde já a renunciar a tudo, isto é, a dares tudo por tudo (GE 174).

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Só há duas formas de agir na vida

Close up de hart vermelho na mão para dar a alguém para amar, dar amor sinceramente Foto Premium

“Por outro lado, doña Maru tinha muito presente que o seu caminho não era solitário; tão importante como aquilo que recebia era o que dava. (...) Nesta vida, cada pessoa faz o melhor que pode com as cartas que lhe vão parar às mãos. Cheguei à conclusão de que só há duas formas de agir na vida: dar amor ou pedir amor. O ódio, a violência, a falta de respeito, o assédio e as restantes condutas inapropriadas são, no fundo, chamadas de atenção desesperadas, súplicas angustiadas por amor.”

Vê que interessante a quantidade dos nossos antepassados: Pais: 2 Avós: 4 Bisavós: 8 Trisavós: 16 Tetravós: 32 Pentavós: 64 Hexavós: 128 Hep...