Se os sonhos que me fazem chorar são bons, por que razão não lhes hei de ser fiel? Porque sofro por eles? Não. Quem desiste do que pode e deve ser condena-se ao inferno de viver longe de si mesmo.
Ser feliz, nesta vida, é lutar pela felicidade e ser capaz de encontrá-la, até na desgraça. Se o fundo do meu poço pode ser sempre mais fundo, também é verdade que posso sempre erguer-me e lutar para que não o seja.
O normal é uma ilusão, uma forma simples de desistirmos de nós, em favor de uma ilusão que, de fora, se tenta impor a todos. Não há duas pessoas iguais no mundo…
Não sou feliz com os sonhos do outro, assim como não serei infeliz com os meus.
Três bons princípios de vida são: sonhar, ainda que doa; lutar pelos sonhos, mesmo quando tudo parece estar contra; ajudar os outros a sonhar e a lutar pela construção da sua alegria original, singular e autêntica.
As lágrimas que choro voam. Mesmo. Já fora de mim, tornam-se nuvens e regam as árvores que hão de florir no paraíso que sonho... e pelo qual luto e quero lutar.
As sementes que em mim plantaram e das quais devo cuidar, determinam o que fui, o que sou e o que posso ser. Mas se este tesouro me chegou de forma gratuita, não posso deixar de cuidar dele... sob pena de me perder.
Eu faço-me no meu caminho, com o amor de que for capaz.
Não há ninguém normal no mundo comum dos mortais... somos todos extraordinários… somos todos imortais.
José Luís Nunes Martins,
(ilustração de Carlos Ribeiro)
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