do Lat. ciboriu; s. m., a parte mais alta que exteriormente remata ou cobre a cúpula das grandes igrejas ou dos edifícios monumentais. Este blog é, na sua grande maioria, partilha de videos e textos de diversos autores que recebo diariamente. Com a visão dos outros podemos ver mais alto, mais longe...
sábado, 30 de janeiro de 2016
Não somos o que temos, somos o que amamos
Desertos dentro de palácios
Há pessoas que brilham muito, mas não iluminam nada... são apenas estrelas (de)cadentes.
Há quem julgue que a aparência é essencial. Tanta preocupação têm com o seu exterior, que descuidam o interior. O tempo vai soprando e descobre tudo, revelando o que há por detrás dos disfarces com que tanta gente finge ser o que não é… muitos desertos se escondem por trás de imponentes fachadas.
A aparência é sempre vazia. Mas enquanto alguns tentam parecer e aparecer esquecendo o seu interior, outros optam por a manter transparente, não permitindo que seja um muro que esconde o coração… uma aparência límpida protege o interior e nunca se sobrepõe a ele.
Quem julga que o seu valor reside no que os outros veem, condena o castelo do seu coração à tristeza da degradação, sem luz nem ar nem vida… sem réstia de amor. São uma enorme ruína egoísta que se destrói a si mesma de forma lenta.
Importa abrir portas e janelas, convidar os outros, o vento e o sol a dançarem nos salões e descansarem nos quartos dos palácios que trazemos dentro…
É certo que cada um de nós deve cuidar da sua aparência a fim de que, ao dar-se ao outro, lhe entregue algo tão valioso quanto possível. Mas tratar do essencial é diferente de passar todo o tempo de volta do acessório. Se é verdade que no exterior pode haver algo de valor, também o é que dentro de nós há muita coisa sem qualquer interesse!
É melhor ser um espaço limpo onde haja paz e possa brilhar a luz do que ser um monte de tralha suja e sem valor nenhum. O que importa é ser, não é ter.
Não somos o que temos, somos o que amamos.
--
José Luís Nunes Martins
30 de janeiro de 2016
Ilustração de Carlos Ribeiro
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Quão grande és tu
Senhor, meu Deus, quando eu maravilhado,
Fico a pensar nas obras de Tuas mãos
O céu azul de estrelas pontilhado,
O seu poder mostrando a criação.
Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão grande és Tu.
Quando a vagar nas matas e florestas
O passaredo alegre ouço a cantar
Cruzando os montes, vales e florestas
O Teu poder mostrando a criação.
Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão grande és Tu.
Teu Filho dando ao mundo pra salvar
Na cruz verteu seu precioso sangue
Minh'alma pôde assim purificar.
Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão grande és Tu.
E ao lar celeste então me transportar
Eu adorarei, prostrado e para sempre
Quão grande és Tu, meu Deus, hei de cantar.
Então minh'alma canta a Ti, Senhor.
Quão grande és Tu.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Wonderful Life
Here I go out to sea again
The sunshine fills my hair
And dreams hang in the air
Gulls in the sky and in my blue eye
You know it feels unfair
There's magic everywhere
Look at me standing
Here on my own again
Up straight in the sunshine
No need to run and hide
It's a wonderful, wonderful life
No need to laugh and cry
It's a wonderful, wonderful life
The sun's in your eyes
the heat is in your hair
They seem to hate you
because you're there
And I need a friend
oh I need a friend
to make me happy
Not stand here on my own
Look at me standing
Here on my own again
Up straight in the sunshine
No need to run and hide
It's a wonderful, wonderful life
No need to laugh and cry
It's a wonderful, wonderful life
I need a friend, oh I need a friend
To make me happy, not so alone
Look at me here
Here on my own again
Up straight in the sunshine
No need to run and hide
It's a wonderful, wonderful life
No need to laugh and cry
It's a wonderful, wonderful life
No need to run and hide
It's a wonderful, wonderful life
No need to laugh and cry
It's a wonderful, wonderful life
Wonderful life
Wonderful life
Songwriters
COLIN VEARNCOMBE
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
A escolha
É mais trabalhoso ser feliz, do que ser outra coisa qualquer.
- O que vais fazer lá fora? A esta hora?
- Vou só ser feliz.
- Não voltes tarde...
- Se vou ser feliz, é melhor não esperares por mim. Espero aguentar-me, por lá a ser feliz, durante todo o tempo em que estiver viva.
- Guardo-te o jantar. Se correr mal e voltares, tens o jantar feito.
- Não guardes nada. Não quero que o conforto me ajude a fracassar. Não me guardes o jantar, nem tenhas uma cama de lavado, à minha espera.
- E não tens medo?
- Tenho. É mais trabalhoso ser feliz, do que ser outra coisa qualquer. Terei de arriscar muito e de perceber, que não tenho garantias de nada. Viver apenas. Vens comigo?
- Não. Prefiro ficar aqui e fazer o jantar. Gosto de comer sempre às mesmas horas. Quando saíres, lá para fora, para seres feliz, fecha a porta.
- Para não entrar o frio?
- Não. Para não me sentir tentado a ir contigo, ser feliz. Dá muito trabalho. Prefiro ficar a jantar, de porta fechada, sem te ver lá fora, a seres feliz. A felicidade pega-se e é difícil mantê-la. Fecha a porta.
Marine Antunes
in Cristo Jovem
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Breve introdução à arte do abraço
O abraço é uma longa conversa que acontece sem palavras. Tudo o que tem de ser dito soletra-se no silêncio
Diz-se que o nosso corpo tem a forma de um abraço. Talvez por isso a tarefa de abraçar seja tão simples, mesmo quando temos de percorrer um longo caminho. O abraço tem uma incrível força expressiva. Comunica a disponibilidade de entrar em relação com os outros, superando o dualismo, fazendo cair armaduras e motivos, cedendo, nem que seja por instantes, na defesa do espaço individual. Há uma tipologia vastíssima de abraços, e cada uma delas ensina alguma coisa sobre aquilo que um abraço pode ser: acolhimento e despedida, congratulação e luto, reconciliação e embalo, afeto ou paixão. Os abraços são a arquitetura íntima da vida, o seu desenho invisível, mas absolutamente presente; são plenitude consentida ao desejo e memória que revitaliza. Todos nos reconhecemos aí: em abraços quotidianos e extraordinários, abraços dramáticos ou transparentes, abraços alagados de lágrimas ou em puro júbilo, abraços de próximos ou de distantes, abraços fraternos ou enamorados, abraços repetidos ou, porventura, naquele único e idealizado abraço que nunca chegou a acontecer mas a que voltamos interiormente vezes sem conta.
No princípio era o abraço, se pensarmos no colo que nos nutriu na primeira infância. Essa foi, para a maioria de nós, a primeira e reconfortante forma de comunicação. Mas a necessidade de um abraço acompanha a nossa existência até ao fim. O abraço é uma longa conversa que acontece sem palavras. Tudo o que tem de ser dito soletra-se no silêncio, e ocorre isto que é tão precioso e afinal tão raro: sem defesas, um coração coloca-se à escuta de outro coração. “Em teu abraço eu abraço o que existe,/ a areia, o tempo, a árvore da chuva./ E tudo vive para que eu viva” — garantem os versos de Neruda.
Calcula-se que um ser humano precise de 1500 abraços por ano para sobreviver. Dá uns quatro abraços por dia. Mas os números podem subir, pois encontram-se instruídos nessa humaníssima ciência chamada abraçoterapia a defender 12. Está também calculado – para quem ache graça à semântica dos números – que a duração média de um abraço entre duas pessoas é de três segundos. Mas há abraços mais demorados. O dos chamados “amantes de Valdaro”, por exemplo, tem pelo menos 6000 anos. Trata-se de dois esqueletos que remontam ao Neolítico, descobertos, há não muito tempo, numa necrópole perto de Mântua. Crê-se que pertenceram a uma mulher e um homem, entre os 18 e os 20 anos. Representam algo de único no mundo, quer pela antiguidade, quer pela posição em que foram encontrados: os corpos vizinhos e cruzados, o braço dele em torno do pescoço dela, numa espécie de abandono que talvez tenha sido o de um amor. Não há sinais de violência e, por isso, exclui-se a hipótese de terem sido mortos. O mais provável é que tenham perecido a uma doença, de fome ou de frio. Há 6000 anos, porém, o seu abraço permanece inalterado.
Um dos momentos mais extraordinários da arte contemporânea portuguesa é a sequência fotográfica, de Helena Almeida, intitulada “O Abraço”. São sete imagens de grandes dimensões (180 x 100 cm) em que a fotógrafa e o marido se abraçam. Apenas isso. Estão ambos sentados num banco que só dá para uma pessoa e apertam-se, agarram-se, suplicam-se, buscando no outro amarra, como se navegassem numa jangada destinada a um naufrágio irremediável. Por vezes o abraço deles parece uma luta, por vezes um reencontro para sempre. Os corpos dão-se a ver numa fragilidade que dói, num equilíbrio mais do que precário, instáveis e tensos como não se julgaria. Mas são, em todo o tempo, o radical abrigo um do outro, a passagem mais do que a fronteira, o interminável espanto de reconhecer no corpo do outro o nosso, no nosso o do outro.
José Tolentino Mendonça
A Revista Expresso | Edição 2256 | 22/01/16
sábado, 23 de janeiro de 2016
O amor é a morte da morte
O que há depois da vida? Nada. A vida não tem depois.
A morte é temporária. Há um afastamento no tempo e no espaço... o amor permanece, mas talvez mais profundo do que em qualquer outro momento. Não faz sentido que algo possa separar o encontro de duas almas.
Só o egoísmo pode matar de forma irreversível. Quem julga encontrar em si mesmo o porquê e o para quê da sua vida, tomando os outros como meros instrumentos da sua satisfação, abandona-se a si mesmo, quebrando todas as possibilidades de que o seu coração cumpra aquilo para que foi criado: amar. Quem não ama perde-se, para sempre. Consome-se numa tal ânsia devoradora que só encontra fim no vazio.
Que sentido pode ter esta vida sem uma verdade que ultrapasse os limites do tempo? Como posso eu justificar a minha existência? Sou um acaso? Onde estaria a consciência que lê estas linhas se esse acaso não tivesse acontecido? No nada? Como pode alguém julgar que toda a beleza e harmonia do mundo são resultado apenas de uma explosão caótica?
Até que a morte nos separe? Não. Até que a morte nos leve... para onde a plenitude do amor se pode cumprir. Enquanto neste mundo alguém amar alguém não faltará sentido para a vida... nem para a morte.
A sombra que a morte lança sobre a vida é sinal de uma luz perfeita que nos ilumina o caminho, nos aquece e nos promete que não há nada depois do amor... porque o amor não tem fim.
José Luís Nunes Martins
23 de janeiro de 2016
Ilustração de Carlos Ribeiro
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Hoje explico-te em 57 segundos como se lê a Bíblia!
Hoje à noite, cá em casa, a Sala Grande vai outra vez encher-se de amigos para A FÉ EM LINGUAGEM SIMPLES. Continuamos com as perguntas/temas que foram colocadas antes na "caixa do chinês", aquelas coisas que, na linguagem habitual, "para mim são chinês"! Vários papéis que apareceram por lá tinham a ver com a confusão diante da bíblia. Para tema peguei num deles que sintetiza todos e, no fim, deixa esta pergunta: "Como se lê a bíblia?"
Vou tentar responder esta noite, de alguma maneira. Mas, antes, deixo por aqui esta confidência (apesar de haver uma outra que me arranha mais por dentro, mas essa deixo-a para logo): desde a primeira hora que vi estes papeizinhos lá na caixa do chinês, a minha cabeça voou para a China. Mesmo! A China a sério. Porque, como sabes, o cristianismo na China ainda é um submundo muito especial. Na prática, existem duas "igrejas": uma de fachada, sob a alçada do regime, e uma outra, nas catacumbas, reunindo-se em igrejas domésticas ao entardecer, clandestina até aos ossos.
Cada vez mais esta blindagem começa a rachar e os muros a abrir brechas, mas isto tudo é ainda realidade muito concreta. Para teres uma noção: há confrades meus, missionários redentoristas, que foram para a China e dos quais não sabemos nada. Alguns deles, há quase vinte anos. Doutros, sabemos que acabaram em campos de trabalho forçado, e doutros ainda que o nosso Governo Geral tem com eles algumas formas de contacto, mas não é prudente dar notícias sobre isso assim em "canal aberto"... E outras histórias que continuam por lá a acontecer, daquelas que dão que pensar.
MAS, de vez em quando há umas aragens que viram mundos às avessas. De vez em quando chega lá, através de diversos movimentos cristãos e às escondidas, uma remessa de bíblias. E é indescritível, contavam. Contavam, sim, porque entretanto apareceu um vídeo onde podemos ver qualquer coisa. A chegada de bíblias em duas malas a uma igreja clandestina é um momento que eu já vi dezenas de vezes e não deixou ainda de me emocionar. Não é preciso entender mandarim. Percebemos perfeitamente o que estão a comunicar. Que é tanto.
A pergunta na "caixa do chinês" era "Como se lê a bíblia?"
Talvez estes chineses concretos, aqui no vídeo, tenham para dar a melhor resposta de todas. É assim.
57 segundos.
Pe. Rui Santiago Cssr
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Amizade
Pela amizade que você me devota,
por meus defeitos que você nem nota...
por meus defeitos que você nem nota...
Por meus valores que você aumenta,
por minha fé que você alimenta...
por minha fé que você alimenta...
Por esta paz que nós nos transmitimos,
por este pão de amor que repartimos...
por este pão de amor que repartimos...
Pelo silêncio que diz quase tudo,
por este olhar que me reprova mudo...
por este olhar que me reprova mudo...
Pela pureza dos seus sentimentos,
pela presença em todos os momentos...
pela presença em todos os momentos...
Por ser presente, mesmo quando ausente,
por ser feliz quando me vê contente...
por ser feliz quando me vê contente...
Por este olhar que diz:
"Amigo, vá em frente!"
"Amigo, vá em frente!"
Por ficar triste, quando estou tristonho,
por rir comigo quando estou risonho...
por rir comigo quando estou risonho...
Por repreender-me, quando estou errado,
por meu segredo, sempre bem guardado...
por meu segredo, sempre bem guardado...
Por seu segredo, que só eu conheço,
e por achar que apenas eu mereço...
e por achar que apenas eu mereço...
Por me apontar pra DEUS a todo o instante,
por esse amor fraterno tão constante...
por esse amor fraterno tão constante...
Por tudo isso e muito mais eu digo:
Deus vos abençoe
meus queridos amigos
meus queridos amigos
(Autor Desconhecido)
Grupo de Catequistas de São Julião da Barra
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Salve Rociera (Dios te salve Maria)
Dios te salve María,
del Rocío señora,
luna, sol, norte y guía,
y pastora celestial.
Dios te salve María,
todo el pueblo te adora,
y repite a porfía,
como tu no hay otra igual.
Olé...
al Rocío yo quiero volver,
a rezarle a la Virgen con fé
con un...
Dios te salve María,
manantial de dulzura,
a tus pies noche y día,
te venimos a rezar.
Dios te salve María,
un rosal de hermosura,
eres tú, madre mía,
de pureza virginal.
domingo, 17 de janeiro de 2016
Louvado sejas
Louvado sejas por este dia
Que encheu o meu cálice de alegria
E salgou o meu pão com amor.
Louvado sejas pelos reencontros que abraçam,
Pelas conversas que alimentam
E pelas pessoas que dão à vida sabor.
Louvado sejas pelas gargalhadas,
Melodias de vidas partilhadas,
Que só um coração que se dá sabe compor.
Louvado sejas pelas estrelas que brilham,
Pelos olhares que nos iluminam
E que nos fazem querer ser mais e melhor.
Louvado sejas pela felicidade
Concretizada na amizade
E alicerçada no amor.
Louvado sejas pelas crianças,
Promessa de um futuro cheio de esperanças
E fruto de uma história de amor.
Louvado sejas por cada lição
Que aprendemos com o ritmo descompassado do coração
E que, ainda que traga lágrimas e dor,
Louvado sejas por mais este dia, Senhor.
Raquel Dias
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Desabafo pastoral de um "Timóteo"
É particularmente preocupante ver pastores cansados, desmotivados e com vontade de desistirem do ministério.
Quase ninguém imagina o que eles passam... Horas a estudar para poderem pregar, investem muito tempo em oração pelas pessoas, estão disponíveis para resolverem problemas seja a que horas for, têm que tomar também decisões que são incompreensíveis pelas pessoas até pela confidencialidade pastoral que lhes é exigida, têm pouco tempo para a família, não sabem o que é terem um fim-de-semana livre de preocupações sem ser nas suas férias, têm um dia de folga quando todos os outros membros da família estão fora de casa, fazem desafios à Igreja e poucos ou nenhuns respondem afirmativamente.
Além disto, ouvem algumas barbaridades como “só vai para o ministério quem quer ganhar dinheiro”, ou então “só vai para pastor quem não sabe fazer mais nada na vida”. As pessoas não imaginam o que custa ouvir dizer isso.
Os pastores são pastores por vocação e não por profissão!
Acreditem meus amigos, quem “aguenta” ser pastor, certamente suportará qualquer outra actividade no nosso país.
Quando os pastores estão desmotivados, em depressão, ou até em esgotamento, certamente as comunidades irão ressentir-se.
Um dia ouvi alguém dizer “Se o pastor estiver desmotivado, a Igreja ficará “morta”. Se a Igreja estiver desmotivada, o pastor ficará “morto”.
Temos de orar mais pelos pastores, motivá-los cada vez mais a pregarem a Palavra e a honrá-los.
Temos de ter cuidado na forma como falamos com eles, porque apesar de poderem responder muitas vezes com um sorriso, depois vão para casa em grande sofrimento. E a família dele ressente-se disso.
Há certos gestos e palavras que têm um alcance enorme. Dou apenas três exemplos pessoais que foram bastante importantes…
1º Num dia em que estava mesmo abatido, uma pessoa simplesmente olhou para mim e abraçou-me dizendo "estou a orar pelo meu pastor".
2º Noutra altura, também difícil no ministério, várias pessoas vieram ter comigo e com a minha mulher e disseram “Nós estamos a orar por vocês. Nunca se esqueçam disso”.
3º Ouvir numa reunião de oração um irmão dizer “temos de orar pelo pastor. Certamente ele está a viver muitas lutas, pois vive as suas lutas pessoais e também as nossas". Creio que foi a cura de Deus que eu estava a precisar naquele momento.
Depois deste enorme texto, deixo apenas um versículo para reflexão…
“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” Hebreus 13:17.
Por fim, quero dizer que dou graças a Deus pela Igreja que eu pastoreio. Tem sido uma bênção crescermos juntos e vermos aquilo que Deus tem feito na vida do Seu povo."
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
No coração do Amante divino
«Se a ovelhinha soubesse
quanto amor arde por ela
no coração do Amante divino
não tornaria difícil a tarefa
àquelas doces mãozinhas de Jesus,
que desejam abraça-la
e lançar-se-ia por si,
nos Seus braços amorosíssimos.»
Beata Maria Cândida da Eucaristia | 1884 - 1949
Novenas, Pensamentos e Poesias. 27
quanto amor arde por ela
no coração do Amante divino
não tornaria difícil a tarefa
àquelas doces mãozinhas de Jesus,
que desejam abraça-la
e lançar-se-ia por si,
nos Seus braços amorosíssimos.»
Beata Maria Cândida da Eucaristia | 1884 - 1949
Novenas, Pensamentos e Poesias. 27
Jesus Menino,
como é desconhecida
à maior parte dos teus irmãos,
a largura, a profundidade,
a altura do amor
que arde no Teu coração
por cada um deles,
por cada um só!
Se o soubesse morreria de alegria!
E contudo vivo tantas vezes nesta vida
sem estar consciente deste amor
que se derrama como um oceano
sobre mim continuamente.
Não Te vejo, Senhor,
não me falas
e quando os meus sentidos Te não sentem,
esquecem…
Jesus Menino,
ajuda-me a viver de fé,
sem precisar dos sentidos,
mas apoiado na Tua Palavra
e nos sacramentos.
Então nascerão em mim sentidos novos
que em toda a parte Te verão
e Te sentirão vivo.
Assim seja!
como é desconhecida
à maior parte dos teus irmãos,
a largura, a profundidade,
a altura do amor
que arde no Teu coração
por cada um deles,
por cada um só!
Se o soubesse morreria de alegria!
E contudo vivo tantas vezes nesta vida
sem estar consciente deste amor
que se derrama como um oceano
sobre mim continuamente.
Não Te vejo, Senhor,
não me falas
e quando os meus sentidos Te não sentem,
esquecem…
Jesus Menino,
ajuda-me a viver de fé,
sem precisar dos sentidos,
mas apoiado na Tua Palavra
e nos sacramentos.
Então nascerão em mim sentidos novos
que em toda a parte Te verão
e Te sentirão vivo.
Assim seja!
sábado, 9 de janeiro de 2016
O regresso é sempre outro caminho
De cada vez que caímos ficamos mais perto dos que são como nós. São as nossas fraquezas que nos enobrecem se formos capazes de as reconhecer e de lutar contra elas... qualquer que seja o resultado, o nosso coração fica mais forte e mais belo sempre que nos abrimos ao outro e regressamos com ele para junto de nós.
Ninguém faz duas vezes o mesmo caminho. Ninguém cai duas vezes da mesma forma...
Depois das quedas temos de escolher de que memórias nos queremos lembrar. Daquelas em que caímos ou daquelas em que nos levantámos e nos fazem levantar. Bons não são os que não caem, mas aqueles que se levantam sempre.
O sorriso é o gesto interior de quem que se levanta apesar das suas dores. A alegria serena é a prova de uma vida que é inteira com todas as suas fragilidades.
É nas coisas pequenas que devemos ser grandes… tal como é nas maiores que devemos ser humildes, sem nunca deixarmos de ser... fortes, elevados por uma força que experimentamos, mas não é nossa.
Importa que não nos julguemos maiores do que ninguém. Por mais trágicas que sejam as suas quedas. Quando caímos, juntamo-nos ao pó que nos lembra de onde viemos... mas só quem aceita o pó que é, se faz leve a ponto de poder chegar ao céu.
José Luís Nunes Martins
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Tu manifestas a misercórdia
Para uma espiritualidade da misericórdia
Quando te sentes chamado a seguir Jesus,
a anunciá-lo e a fazer ressoar em ti
o canto novo vindo do alto:
«Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens» (cf. Lc 2,14);
Quando vives a fé na tua família,
na comunidade cristã
e no mundo concreto e real
que te é oferecido como dom;
Quando te dedicas a cada um e a cada uma
daqueles que te são confiados
para guiares no caminho da humanidade e da fé;
Quando amas com o amor entranhado
de mãe, de pai, de irmão, de próximo
de todos os que te rodeiam;
Quando te compadeces da pessoa humana
na sua fragilidade,
sabendo que cuidas do mais sagrado que existe em cada um,
da possibilidade de abrir o coração à manifestação da vida;
Quando realizas o teu trabalho,
no silêncio da oração e do estudo,
na relação com o grupo de catequese e com os pais,
com dedicação desmedida e espírito de entrega;
Quando semeias a esperança,
no meio do fracasso e da desilusão,
até quando parece que a tua luta é inglória;
Quando falas, ris, olhas, choras e abraças
o caminho que fazes com os outros;
Quando corres o risco de sair,
de procurar, de chegar onde Deus te espera;
Quando convertes a Igreja em casa e lugar da misericórdia
e sentes no teu coração o desejo de a manifestar a todos;
Aí e sempre manifestas a misericórdia…
Que neste Natal te sintas alcançado
pela manifestação da misericórdia de Deus
presente no presépio de Belém.
Padre Tiago Neto,
diretor do Setor da Catequese do Patriarcado de Lisboa
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Eu vejo porque creio
"Eu não creio porque vejo; eu vejo porque creio!"
"DEUS É UM CAVALHEIRO"
"Da boca dos pequeninos e das crianças sai o louvor perfeito" (Mt 21, 16)
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
Perguntas de Ano Novo
Hoje começamos um “novo ano”. Como será? Que espero eu do novo ano? O que é que desejo de verdade? O que é que eu preciso? A que posso eu dedicar o meu tempo mais precioso e importante? O que é que seria algo realmente novo e bom neste ano que hoje começa?
Viverei de qualquer modo, passando de uma ocupação para outra, sem saber exactamente o que quero nem para o que vivo ou aprenderei a distinguir o importante e essencial do que é secundário? Viverei de forma rotineira e aborrecida ou aprenderei a viver com espírito mais criativo?
Continuarei este ano a afastar-me de Deus ou vou começar a procurá-l’O cm mais confiança e sinceridade? Seguirei mais um ano mudo diante de Deus, sem abrir os meus lábios nem o meu coração ou finalmente brotará da minha alma maltratada uma invocação pequena, humilde mas sincera?
Viverei também este ano preocupado apenas com o meu bem-estar ou saberei preocupar-me, pelo menos de vez em quando, em fazer os outros felizes? De que pessoas me aproximarei? Semearei nelas a alegria ou contagiarei desalento e tristeza? Por onde eu passar, será a vida mais amigável e menos dura?
Será que vai ser mais um ano dedicado a fazer coisas e mais coisas, acumulando egoísmo, tensão e nervosismo ou terei tempo para o silêncio, o descanso, a oração e o encontro com Deus? Vou isolar-me nos meus problemas ou viverei ajudando a construir um mundo mais humano e habitável?
Seguirei com indiferença as notícias que dia a dia chegam dos países onde há fome? Vou contemplar impassível os corpos mutilados do povo do Iraque ou os afogados dos barcos? vou continuar olhando friamente para aqueles que vêm até nós à procura de trabalho e pão? Quando é que aprenderei a olhar para aqueles que sofrem com um coração responsável e solidário?
O “novo” deste ano não virá de fora. A novidade só pode brotar do nosso interior. Este ano será novo se eu aprender a criar de maneira nova e mais confiante, se eu encontrar gestos novos e mais amigáveis para conviver com os meus, se eu despertar no meu coração uma nova compaixão pelos que sofrem.
José Antonio Pagola
(Lucas 2,16-21)
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Vê que interessante a quantidade dos nossos antepassados: Pais: 2 Avós: 4 Bisavós: 8 Trisavós: 16 Tetravós: 32 Pentavós: 64 Hexavós: 128 Hep...
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