quarta-feira, 4 de junho de 2014

25 anos depois de Tiananmen




Neste dia não posso deixar de homenagear, como dizia Popper, "the countless men and women of all creeds or nations or races who fell victim to the fascist and communist belief in Inexorable Laws of Historical Destiny". Hoje em particular, os jovens que, com uma coragem imensa, estiveram na Praça de Tiananmen há 25 anos. Não se sabe ao certo os mortos, estima-se desde 500 a milhares. O certo é que, nesse dia, o Exército Chinês abriu fogo perante civis desarmados. Há duas razões pelas quais esta data me afecta especialmente - não só porque a maioria dos mortos tinham a minha idade, mas porque também, já estive na Praça da 'Paz Celestial' (= Tiananmen) e foi uma sensação indescritível, de tentar perceber a dimensão do massacre que ali ocorrera, enquanto que a guia turística (membro do Partido claro) falava "ah e tal, houve aqui um punhado de troublemakers, nada mais". Naquele momento isso causou-me uma angústia profunda - pensar naquela gente, com a minha idade, e tendo as mesmas aspirações que eu, que foi massacrada sem misericórdia em nome de uma ideologia totalitária, e pelo seu 'Exército Popular de Libertação'.

in O POVO

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