do Lat. ciboriu; s. m., a parte mais alta que exteriormente remata ou cobre a cúpula das grandes igrejas ou dos edifícios monumentais. Este blog é, na sua grande maioria, partilha de videos e textos de diversos autores que recebo diariamente. Com a visão dos outros podemos ver mais alto, mais longe...
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
O sinal é a ternura de Deus
O sinal é que esta noite Deus se enamorou da nossa pequeneza e se fez ternura para toda a fragilidade, para todo o sofrimento, para toda a angústia, para toda a busca, para todo o limite; o sinal é a ternura de Deus e a mensagem que buscavam todos os que pediam sinais a Jesus, a mensagem que buscavam todos os desorientados, os que até eram inimigos de Jesus e O buscavam, no fundo da alma era este: buscavam a ternura de Deus, Deus feito ternura, Deus a acariciar a nossa miséria, Deus enamorado da nossa pequeneza. Hoje é isto que se proclama: a ternura de Deus. O mundo vai em frente, os homens continuam a buscar Deus, mas o sinal é sempre este!
Contemplando o Menino nascido no presépio, contemplando esse Menino enamorado da nossa pequenez, nesta noite cabe a pergunta: qual é a ternura de Deus para connosco? Deixas-te acariciar por essa ternura de um Deus que te quer bem, por um Deus feito ternura? Ou és indócil, e não te deixas buscar por esse Deus. “Não, eu não procuro a Deus», pode dizer-se. Não é muito importante que tu procures a Deus, porque o mais importante é que te deixes procurar por ele, pela sua carícia na ternura. Esta é a primeira pergunta que este menino, apenas com a sua presença, nos faz hoje. Deixamo-nos envolver por essa ternura? Deixas-te animar também a ser ternura para toda a situação difícil, para todo o problema humano, para quem está próximo, ou preferes a solução burocrática, executa, fria, eficiente, não evangelizadora? Se assim for é porque tens medo da ternura que Deus exerce contigo? E esta seria a segunda pergunta: aceito, através dos meus comportamentos, essa ternura que me deve acompanhar ao longo da vida, nos momentos de alegria, de tristeza, de cruz, de trabalho, de conflito, de luta?
A resposta do cristão não pode ser outra que a mesma resposta de Deus à nossa pequenez: ternura, mansidão. Quando vemos que um Deus Se enamora da nossa pequenez, que Se faz ternura para nos acariciar melhor, um deus que é mansidão, todo intimidade, todo proximidade, não nos resta outra coisa senão dizer-lhe: Senhor, se tu foste assim, ajuda-nos. Dá-nos a graça da ternura nas mais penosas situações da vida; dá-me a graça da proximidade, perante toda a necessidade humana, dá-me a graça da mansidão perante todo o conflito.
Peçamos isto porque esta é uma noite para pedir e atrevo-me a dar-vos uma tarefa para o lar: esta noite, ou amanhã, que não termine o dia de Natal, se, que encontreis um pouquinho de silêncio e pergunteis: que ternura é que Deus tem para comigo? Que ternura tenho eu para os demais? Que ternura costuma ser a minha em situações-limite? Que mansidão é a minha no trabalho e nos conflitos? E certamente Jesus vai responder-vos.
Cardeal Bergoglio, Buens Aires 2004
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