Pode um fracassado dar lições de sucesso? Sem a humildade de reconhecer as próprias falhas, não
Há uma quantidade de gente que dedica boa parte das suas vidas ao que julga ser um talento divino, mas que mais não é senão gritar sentenças sobre tudo quanto lhes passa à frente. Ficam para trás. Nada criam mas tudo criticam... são os imbecis.
Esperam para olhar as obras mas avaliam sempre os autores... claro, é muito mais fácil atacar ou elogiar o poeta do que um seu poema... a preguiça e o encanto pela superficialidade são determinantes neste tipo de atitude, pese embora a postura superior e sumptuosa com que aparecem aos olhos do mundo...
Pode um fracassado dar lições de sucesso? Sem a humildade de reconhecer as próprias falhas, não.
Há quem ajude muito. São quem faz das palavras atos de generosidade, instrumentos que visam contribuir para um bem maior... assim se tornam, tantas vezes, cocriadores das obras que admiram ao ponto de as quererem ainda (e sempre) melhores...
Nada escapa a um buraco negro! Trata-se de uma região do espaço que absorve tudo o que existe à sua volta, para o reduzir a nada... de onde nem a luz escapa. A imbecilidade é um problema sério. Um atentado à integridade própria e alheia.
É porque lhe abrimos a porta quando nos elogia que depois mais nos dói quando a maledicência se revela. Os elogios são, tantas vezes, tão injustos e imerecidos como as reprovações que chegam depois.
Será importante que não nos deixemos inebriar pelos louvores, que aprendamos a distanciarmo-nos dos aplausos, para que possamos continuar o nosso trabalho sem estar perto demais dos que têm sempre mais um punhal para nos tentar atingir... dos que escolheram para si não fazer nem deixar fazer.
A realidade é composta por várias camadas, nas superficiais tudo se altera a cada instante, nas mais profundas a evolução é sólida e demorada. Talvez a sabedoria seja a capacidade de tocar a essência apesar dos enganos das aparências.
A presença e o silêncio são sempre formas excelentes de revelarmos de forma autêntica o que somos de mais belo. Assim, quando tivermos que escolher palavras para algo ou alguém que sejam as mais simples... pois que a verdade é simples e não se diz de outra forma.
Mais do que o artista, ficam as suas obras. Todo o homem é mais do que a soma de todas as suas realizações... somos a força e a vontade de ser e de criar o bem. O amor... que formos capazes de protagonizar.
Os egoísmos tendem a excluir tudo quanto não se lhes assemelha. A criação é por si só um ato de bondade e generosidade; um ato de amor... Será justo dizer-se que o que somos vai em tudo quanto produzimos. Mas, qualquer obra não revela apenas o seu autor, realiza-o.
A nossa vida e obras merecem sempre mais a nossa atenção, cuidado e reparo do que a vida e as obras do nosso próximo...
Desperdiça o seu tempo quem se põe a julgar os outros. Qualquer um de nós ganha mais, muito mais, com um gesto de amor do que com qualquer sentença... Que os julgamentos fiquem para quem consegue saber a vida toda, para quem consegue compreender os sentidos de cada gesto, para quem ama ao ponto de tudo perdoar e tem a sabedoria de ajudar a ser mais e melhor... Deus.
Devemos encontrar forma de nos mantermos sempre à distância dos imbecis, mas ainda é mais importante que consigamos estar bem longe da imbecilidade...
Quantas vezes somos nós que caímos na tentação sedutora de avaliar a superfície de tudo e de todos? Quantas vezes nos livramos do mal de criticar o que não queremos sequer conhecer? Afinal... quantas vezes os imbecis somos nós?
José Luís Nunes Martins
in Ionline
Esperam para olhar as obras mas avaliam sempre os autores... claro, é muito mais fácil atacar ou elogiar o poeta do que um seu poema... a preguiça e o encanto pela superficialidade são determinantes neste tipo de atitude, pese embora a postura superior e sumptuosa com que aparecem aos olhos do mundo...
Pode um fracassado dar lições de sucesso? Sem a humildade de reconhecer as próprias falhas, não.
Há quem ajude muito. São quem faz das palavras atos de generosidade, instrumentos que visam contribuir para um bem maior... assim se tornam, tantas vezes, cocriadores das obras que admiram ao ponto de as quererem ainda (e sempre) melhores...
Nada escapa a um buraco negro! Trata-se de uma região do espaço que absorve tudo o que existe à sua volta, para o reduzir a nada... de onde nem a luz escapa. A imbecilidade é um problema sério. Um atentado à integridade própria e alheia.
É porque lhe abrimos a porta quando nos elogia que depois mais nos dói quando a maledicência se revela. Os elogios são, tantas vezes, tão injustos e imerecidos como as reprovações que chegam depois.
Será importante que não nos deixemos inebriar pelos louvores, que aprendamos a distanciarmo-nos dos aplausos, para que possamos continuar o nosso trabalho sem estar perto demais dos que têm sempre mais um punhal para nos tentar atingir... dos que escolheram para si não fazer nem deixar fazer.
A realidade é composta por várias camadas, nas superficiais tudo se altera a cada instante, nas mais profundas a evolução é sólida e demorada. Talvez a sabedoria seja a capacidade de tocar a essência apesar dos enganos das aparências.
A presença e o silêncio são sempre formas excelentes de revelarmos de forma autêntica o que somos de mais belo. Assim, quando tivermos que escolher palavras para algo ou alguém que sejam as mais simples... pois que a verdade é simples e não se diz de outra forma.
Mais do que o artista, ficam as suas obras. Todo o homem é mais do que a soma de todas as suas realizações... somos a força e a vontade de ser e de criar o bem. O amor... que formos capazes de protagonizar.
Os egoísmos tendem a excluir tudo quanto não se lhes assemelha. A criação é por si só um ato de bondade e generosidade; um ato de amor... Será justo dizer-se que o que somos vai em tudo quanto produzimos. Mas, qualquer obra não revela apenas o seu autor, realiza-o.
A nossa vida e obras merecem sempre mais a nossa atenção, cuidado e reparo do que a vida e as obras do nosso próximo...
Desperdiça o seu tempo quem se põe a julgar os outros. Qualquer um de nós ganha mais, muito mais, com um gesto de amor do que com qualquer sentença... Que os julgamentos fiquem para quem consegue saber a vida toda, para quem consegue compreender os sentidos de cada gesto, para quem ama ao ponto de tudo perdoar e tem a sabedoria de ajudar a ser mais e melhor... Deus.
Devemos encontrar forma de nos mantermos sempre à distância dos imbecis, mas ainda é mais importante que consigamos estar bem longe da imbecilidade...
Quantas vezes somos nós que caímos na tentação sedutora de avaliar a superfície de tudo e de todos? Quantas vezes nos livramos do mal de criticar o que não queremos sequer conhecer? Afinal... quantas vezes os imbecis somos nós?
José Luís Nunes Martins
in Ionline
Sem comentários:
Enviar um comentário