Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Sophia de Mello Breyner Andresen
Dual (1972)
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
ResponderEliminarQuerida Amiga,
A paz que enquanto figura de estilo ou imagem poética, como refrão, neste teu belo poema e logo no seu título sublinhas ser sem vencedor e sem vencidos, na concórdia ou reconciliação, harmonia que significa, pressupõe isso mesmo:
Não haver nem vencedor nem vencidos.
Quando há um vencedor, tal significa que outros, os vencidos sobre os quais ele triunfou, não tendo sido, necessariamente, por ele convencidos, germinarão sentimentos de vingança em tudo contrários à paz ou, então, que a paz, como simples armistício ou cessação temporária das hostilidades não é senão o precário desenlace da guerra.
Fazes bem em sublinhá-lo e eu subscrevo-o!
Bem hajas ( como se não continuasses a agir bem e pese embora já não estares entre nós )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 17 de Junho de 2013