
Quanto mais rapidamente nos podemos mover, quanto mais eficazes se tornam os meios que nos
fazem poupar tempo, tanto menos tempo temos disponível.
E Deus? O que diz respeito a Ele nunca parece uma questão urgente. O nosso tempo já está completamente preenchido.
Mas vejamos o caso ainda mais em profundidade. Deus tem verdadeiramente um lugar no nosso pensamento? A metodologia do nosso pensamento está configurada de modo que, no fundo, Ele não deve existir.
Mesmo quando parece bater à porta do nosso pensamento, temos de arranjar qualquer raciocínio para O afastar; o pensamento, para ser considerado «sério», deve ser configurado de modo que a «hipótese Deus» se torne supérflua.
E também nos nossos sentimentos e vontade não há espaço para Ele. Queremo-nos a nós mesmos,
queremos as coisas que se conseguem tocar, a felicidade que se pode experimentar, o sucesso
dos nossos projectos pessoais e das nossas intenções.
Estamos completamente «cheios» de nós mesmos, de tal modo que não resta qualquer espaço para Deus.
E por isso não há espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros.
Bento XVI
Missa de Natal - 24-12-2012
Adorei e partilhei!
ResponderEliminarMuito obrigado.