terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Porque gritamos?



Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
- "Porque é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
- "Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
- "Mas, porquê gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?" Questionou novamente o pensador.
- "Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
- "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:
- "Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvirem um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."

Por fim, o pensador concluio, dizendo:
- "Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem, não digam palavras
que vos distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".

Mahatma Gandhi
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2 comentários:

  1. "Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem, não digam palavras
    que vos distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".

    Olá Pe. Nuno.

    Subscrevo-as, estas palavras.

    Mas penso que por vezes o "grito" também o pode ser individual, de cada um, e sendo-o, é um manifesto do direito que todos temos a sermos amados. Como o respirar...não tenho de lutar pelo direito a respirar, esse é um direito que possuo simplesmente por existir.
    E tenho também o direito a ser amado.
    É afinal, penso-o, um chamar da dignidade a qualquer um... a de sermos amados, simplesmente por existirmos.

    Um beijinho.
    Dulce

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  2. Quando o coração está em guerra, é bom manter a boca fechada.

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