Foto da frente de combate ao incêndio que devastou a Austrália
“A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de carácter e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem."
Arthur Schopenhauer
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Meu Caro Schopenhauer,
ResponderEliminarDeixe-me dizê-lo de outra forma:
Não há bondade de carácter sem compaixão, com os nossos e com os mais distantes e ninguém se pode afirmar bom se não o for com todos.
Quem quer que seja cruel numa situação qualquer é-o, por inerência ou contágio, com todos e em todas as circunstâncias.
Mal está quem não o sabe reconhecer ...!
Estas coisas pegam-se!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 30 de Março de 2009
PADRE NUNO
ResponderEliminar( Da caixa de comentários do meu último post, Nu, editado em primeira mão em A música das palavras )
Bom Amigo,
Espero ( brincadeira ! ) que não se sinta mal aqui, nesta página, entre dois nus!
O primeiro, feminino, de Modigliani, já do século vinte, o segundo, sanguíneo, um estudo de Agnolo Bronzino, pintor renascentista e que aqui esboça um estudo, veja lá (!), para um quadro sobre o martírio de São Lourenço feito, salvo erro, entre 1565 e 1569.
Continuo aqui o meu diálogo, sempre profícuo, Consigo:
Escrevo neste meu poema:
Onde cada página é uma peça
Música
Roupagem que se tira
E o seu interior
Entre-linhas com sabor
E digo-lhe que, o que no interior das minhas primeiras páginas se trava, estas nossas reflexões, não são menos relevantes do que o que escrevo em primeira página.
Do que estas escondem, ao ponto de involuntariamente podermos esquecer o que lá se passa mas que eu faço questão de valorizar religando umas com as outras.
Como se, as front pages fossem um espectáculo, modéstia à parte, e o seu interior uns bastidores abertos sem os quais o espectáculo não teria lugar!
Não se preocupe que a Sua desassombrada autocrítica e reconhecimento surpreendido ao dar-se conta como ainda não tinha constatado, do que me disse antes, ilibam-no se assim o posso dizer.
E aqui tem como, ao sermos humildes dando a mão à palmatória, é a nossa própria autoridade que se reforça e cresce aos olhos públicos, já que público é tudo o que aqui, nos blogues, se passa!
E era para isso que eu chamava a atenção sem particularizar, que sendo público ou temos um critério norteador da nossa práxis ou acaba por valer tudo nesta metáfora do autoritarismo que ainda o é a blogosfera.
Este nosso diálogo, pode crer, a Sua como a minha voz, dão um contributo inestimável para o reforço da transparência e da responsabilidade nestes virtuais caminhos ainda em busca de um caminho.
E onde se constata que na transparência, por muito que nos dispamos, mais fica por despir.
Um grande abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 31 de Março de 2009