do Lat. ciboriu; s. m., a parte mais alta que exteriormente remata ou cobre a cúpula das grandes igrejas ou dos edifícios monumentais. Este blog é, na sua grande maioria, partilha de videos e textos de diversos autores que recebo diariamente. Com a visão dos outros podemos ver mais alto, mais longe...
quinta-feira, 30 de junho de 2016
sábado, 25 de junho de 2016
Anatomia do invisível
Só se pode ver uma pequena parte do mundo. A maior parte das suas belezas não são visíveis. Distinguir entre o que é simples aparência e o que tem valor, ainda que por baixo de um manto sujo ou feio, é o maior de todos os desafios em que nos devemos lançar.
Há quem não reconheça a existência do amor só porque não o pode ver. Mas será que alguém duvida da existência do ar? E do vento, que é ar em movimento?
Tocamos a vida como uma música. E ela toca-nos. Somos compositores, instrumentos e sinfonias. Com falhas e desafinações, imensos altos e baixos... mas sempre para diante e mais alto... rumo ao céu.
Precisamos de aprender a fechar os olhos às superficialidades e a fixar o olhar no que tem verdadeira beleza... confiarmo-nos à luz que nos ilumina o coração, que nos aquece a vontade e é a raiz das nossas forças mais íntimas.
Podem até os olhos incendiar-se com lágrimas ardentes, mas não devemos nunca deixar de acreditar que um dia veremos a verdadeira paz, aquela que só merece quem vive sem grandes exigências.
Afinal, aquilo que os nossos olhos veem é só a aparência, a parte de fora. Importa olhar para dentro das coisas, para o nosso íntimo e para o dos outros...
Tal como numa bela melodia, o silêncio que se lhe segue ainda faz parte dela. Por vezes, importa pararmos... para sentirmos o nosso coração – que não vemos… para admirar o invisível... para agradecer... para sonhar... e para aprendermos a dar o melhor que somos e sonhamos ser.
Na vida, mais do que a excelência de uma nota, o que importa é o que se toca e a forma como se toca... e o silêncio que se segue...
E o que fica... depois de tudo o resto passar.
JOSÉ LUÍS NUNES MARTINS
Ilustração de Carlos Ribeiro
quinta-feira, 23 de junho de 2016
sábado, 18 de junho de 2016
O valor da pontualidade
Se há virtude que pode ser representativa do valor de alguém é a pontualidade.
Ser pontual começa no momento em que se define e assume, perante o outro e perante si mesmo, um compromisso que se há de cumprir, também por respeito, delicadeza e amor pelo outro.
Não importa ser uma vez pontual, importa ser pontual sempre. Essa constância é que determina parte do valor de alguém. O verdadeiro poder de cada um de nós não é a capacidade de levantar grandes tempestades, mas sim o dom de criar e alimentar brisas suaves e constantes.
Ser pontual é ser um ponto firme no meio de um terreno escorregadio. É ser mais livre do que os outros, porque se voa mais alto e, assim, se chega onde os demais apenas sonham chegar.
Ser pontual é cumprir o dever de ser senhor de si mesmo. Ponto por ponto. É ser exato nas ideias, nobre nos sentimentos e, mais importante, atento e cuidadoso nas ações. Sem outro motivo se não o de ser fiel... a si mesmo.
Cada momento é sempre o último. O tempo faz o seu trabalho sem nunca se repetir. Ou o assumimos e dominamos ou, julgando-nos livres, deixamo-nos ir... para onde não queremos... e depois queixamo-nos dos desatinos do nosso fado. É urgente viver, como deve ser. Segurando com determinação as rédeas do nosso destino. Não perdendo tempo. Não atrasando o dever. Sabendo esperar. Sem pressas, pois que são a maior razão dos atrasos.
Levantarmo-nos da cama à hora que tivermos escolhido na véspera é a melhor forma de começar o dia. Por respeito a nós mesmos. É excelente começar o dia com uma vitória! Uma boa nota que dará o tom à sinfonia de todo o dia!
Há quem adie a realização dos seus sonhos de cada vez que prefere dormir um pouco mais.
Afinal, que valor tem uma pessoa que, a si mesmo, diz uma coisa e faz outra?
JOSÉ LUÍS NUNES MARTINS
Ilustração de Carlos Ribeiro
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Gabe Adams
Gabe Adams nasceu no Brasil sem braços nem pernas e foi abandonado pelos pais. Mas Deus levou o Gabe até aos Estados Unidos, onde abençoou esta criança com uma família incrível!
quinta-feira, 16 de junho de 2016
O outro par
Um vídeo que fala sobre a partilha, a reciprocidade e recorda um episódio da vida de Gandhi. Ao entrar num comboio, ele perdeu um sapato na linha férrea. Tentou apanhá-lo quando o comboio estava prestes a partir mas foi impossível. Então tirou o segundo sapato e lançou-o para perto do outro. Alguém, surpreendido, perguntou por que é que ele tinha feito isso. Gandhi respondeu, sorrindo: "O pobre que encontra um sapato não saberia o que fazer com um só sapato. Deixando lá também o segundo sapato, pelo menos ele sentirá alegria".
quarta-feira, 15 de junho de 2016
«Fecha a porta e ora a teu Pai em segredo»
"Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa." (Mt 6,6)
Sê assíduo à oração e à meditação. Disseste-me que já tinhas começado. Isso é um enorme consolo para um Pai que te ama como Ele te ama! Continua, pois, a progredir nesse exercício de amor a Deus. Dá todos os dias um passo: de noite, à luz suave da lamparina, entre as fraquezas e na secura de espírito; ou de dia, na alegria e na luminosidade que deslumbra a alma […].
Se conseguires, fala ao Senhor na oração, louva-O. Se não conseguires, por não teres ainda progredido o suficiente na vida espiritual, não te preocupes: fecha-te no teu quarto e põe-te na presença de Deus. Ele ver-te-á e apreciará a tua presença e o teu silêncio. Depois, pegar-te-á na mão, falará contigo, dará contigo cem passos pelas veredas do jardim que é a oração, onde encontrarás consolo. Permanecer na presença de Deus com o simples fito de manifestar a nossa vontade de nos reconhecermos como seus servidores é um excelente exercício espiritual, que nos faz progredir no caminho da perfeição.
Quando estiveres unido a Deus pela oração, examina quem és verdadeiramente; fala com Ele, se conseguires; se te for impossível, detém-te, permanece diante dele. Em nada mais te empenhes como nisso.
São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
GF 173; EP 3 (982-983)
sábado, 11 de junho de 2016
A alegria é paz que transborda
A alegria é uma bondade que se quer partilhar. Depende da capacidade de cada um de nós se desprender do que nos impede de voar. Sim, a alma voa. Mesmo. Se não a aprisionarmos em preocupações inúteis que se devem ignorar ou esquecer, ainda que, por vezes, com bastante sacrifício.
Só há alegria quando aprendemos a não nos entristecer com dores do passado, a seguirmos adiante apesar dos obstáculos do presente e quando temos mais fé do que ansiedade em relação ao futuro dos nossos sonhos... a alegria é sem tempo, está acima do tempo.
É uma condição essencial do verdadeiro contentamento que se estejam a vencer as guerras. Interiores e exteriores. E vencer, por vezes, é apenas lutar... qualquer que seja o resultado. A alegria supõe uma paz de espírito. Sem paz, não há alegria.
As pessoas que não invejam o que os outros possuem, e que vivem contentes com o que são, têm paz e, portanto, alegria. Ao contrário daquelas que, mesmo tendo muito, acham que é sempre pouco, porque maior é a sua ambição, ou avareza, ou ânsia de poder…
A alegria nasce da paz, é um silêncio íntimo de quem luta na mais importante das guerras... é a vontade de partilhar o mais precioso de todos os bens: a felicidade autêntica.
A alegria não é o entusiasmo do início… só há verdadeira alegria no fim.
sábado, 4 de junho de 2016
Para quem procura luz na escuridão
Somos muitos, apesar de cada um se sentir isolado, desprotegido e só. No cansaço do nosso desespero… nesta procura constante por um simples sinal de descanso... devemos confiar mais no que escutamos. Talvez a salvação nos chegue pelo que ouvimos. Não pelo que vemos.
A tristeza demora-se no tempo. A aflição é mais forte, mas muito mais passageira. A infelicidade é um contínuo estado de tristeza. O infeliz está sempre triste. Mas quase todas as tristezas resultam de uma aflição... que passa, mas deixa uma ferida aberta. A tristeza é sem aflição. Arde mais fundo do que quase todos os sentimentos comuns. Apenas o amor é mais profundo.
As tristezas matam, de forma lenta, quem as sente e não as consegue resolver.
Só o amor pode salvar quem vive entristecido. Não os amores egoístas, mas o verdadeiro, aquele que procura o bem de um outro.
Nas trevas da solidão onde nos perdemos, podemos ouvir o silêncio de outros como nós, sentir o seu medo e a sua frustração, tocar-lhes… dar-lhes a mão. É difícil suportar alguém. Impedir que caia. Ajudá-lo a erguer-se. É difícil amar… muito mais do que ser só.
Escuta. Escuta o silêncio. Escuta o outro. O infinito e a paz que procuras não estão em ti, estão no outro.
Não confies no que brilha, quase sempre é apenas um mero reflexo de uma luz que está no lado oposto.
O mundo que vês quando fechas os olhos também és tu que o fazes. Escolhe o melhor de ti.
Ilustração de Carlos Ribeiro
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Uma guitarra, um saxofone e um pedinte
Francisco afirmou no projeto ‘O Vídeo do Papa’ de junho que a solidariedade é mais do “dar a quem precisa” e deseja que as grandes cidades criem “espaços de convívio e de solidariedade” para os marginalizados.
A “intenção mensal do Santo Padre” para junho é feita através de uma gravação vídeo do Papa Francisco, onde a comunicação do seu pedido de oração acontece enquanto se vê a indiferença de quem passa diante de um idoso a pedir na rua e a atenção a dois jovens que tocam guitarra e saxofone.
“Nas cidades, é frequente o abandono de idosos e doentes. Podemos ignorá-los?”, pergunta o Papa.
“As nossas cidades deveriam caraterizar-se sobretudo pela solidariedade, que não consiste apenas em dar a quem precisa, mas em ser responsáveis uns pelos outros e criar uma cultura do encontro”, acrescenta o Papa.
Francisco desafia todos a rezar, ao longo do mês de junho, “para que os idosos, os marginalizados e as pessoas sós encontrem, mesmo nas grandes cidades, espaços de convívio e solidariedade”.
‘O Vídeo do Papa’ é uma plataforma lançada pela Rede Mundial de Oração do Papa - Apostolado da Oração (AO), da Companhia de Jesus, através da qual Francisco convida homens e mulheres do mundo inteiro a unir-se às suas intenções.
O vídeo é também disponibilizado na rede social facebook, em www.facebook.com/ovideodopapa, com outras informações sobre esta iniciativa e interação com a comunidade que a integra.
De acordo com o AO, estima-se que façam parte da Rede Mundial de Oração do Papa mais de 30 milhões de pessoas, em dez idiomas.
‘O Vídeo do Papa’ foi idealizado e realizado pela agência La Machi, Consultora de Comunicação para Boas Causas, e conta com o apoio do AO-Portugal.
Todos os meses, o Papa confia duas intenções de oração: uma universal, com temáticas que apelam a todos os homens e mulheres de boa vontade; e outra pela evangelização, mais centrada na vida da Igreja e na sua missão.
Agência Ecclesia
quarta-feira, 1 de junho de 2016
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