do Lat. ciboriu; s. m., a parte mais alta que exteriormente remata ou cobre a cúpula das grandes igrejas ou dos edifícios monumentais. Este blog é, na sua grande maioria, partilha de videos e textos de diversos autores que recebo diariamente. Com a visão dos outros podemos ver mais alto, mais longe...
sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Desejo de passar despercebido
De cada vez que penso no grande mistério da vida oculta e humilde de Jesus durante os Seus primeiros trinta anos, o meu espírito fica ainda mais confundido e faltam-me as palavras. Ah! É tão evidente: face a uma lição tão luminosa como esta, não só os julgamentos do mundo, mas também os juízos e a maneira de pensar de muitos eclesiásticos parecem completamente falsos e se encontram no extremo oposto.
Da minha parte confesso que ainda não cheguei a fazer uma ideia disto. Da maneira como me conheço, parece-me que não tenho senão a aparência de humildade, mas que do seu verdadeiro espírito, desse «desejo de passar despercebido» que Jesus Cristo de Nazaré tinha, não conheço senão o nome.
E dizer que Jesus passou trinta anos de vida oculta e que era Deus e era o resplendor da glória e a imagem fiel da substância do Pai (cf. Heb 1, 3), e que veio para salvar o mundo, e fez tudo isso apenas para nos ensinar como é necessária a humildade e como é indispensável praticá-la! E eu, que sou tão grande pecador e tão miserável, não penso senão em me comprazer a mim próprio, em me comprazer nos sucessos que me valem um pouco de honra terrena; nem sequer posso conceber o pensamento mais santo sem que nele se imiscua a preocupação com a minha reputação face aos outros.
No fim de contas, só com grande esforço me consigo acostumar à ideia do verdadeiro apagamento pessoal, tal como Jesus Cristo o praticou e tal como mo ensina.
Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), papa .
Diárioa alma, 1901-1903 (trad. a partir de Cerf 1964, p. 240)
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quarta-feira, 28 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Dia dos Avós
Trisavó (Maria das Dores) e trisneta (Alicia)
O Dia dos Avós constitui uma homenagem aos avós de todo o mundo e foi escolhido porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.
Os avós são também chamadas de «segundos pais» e muitas vezes estão ao lado e mesmo à frente da educação de seus netos, com sua sabedoria, experiência e com certeza um sentimento maravilhoso de estar vivenciando os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações.
Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.
Este dia pretende chamar a atenção para o valor e enorme potencial da Pessoa Idosa e para o reconhecimento e apoio que necessita e merece, da Sociedade e do Estado, relevar o papel e a importância da família alargada como garante de uma vida humana com qualidade e promover a sólida solidariedade inter-geracional, na Família e nas Comunidades.
sábado, 24 de julho de 2010
A Obesidade Mental
O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.
Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: «O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.» O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante. «Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. «O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.»
João César das Neves
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sexta-feira, 23 de julho de 2010
Amar é morrer porque é dar a vida
Amar, dizia o nosso Jesus, é a maneira mais humana de aprender a morrer. É morrer “a si mesmo” e “às riquezas deste mundo” para se tornar dom de Vida para muitos e “amealhar um tesouro dos que a traça não rói e o ladrão não pode roubar”… Amar é uma maneira de morrer, sim, porque é dar a vida! Por isso, amar é vencer a morte, com as suas leis e caprichos. Vencer a morte, porquê? Porque amar é a suprema desobediência à morte, na medida em que é morrer sem o seu consentimento, esvaziar a vida dando-a sem que isso dependa da sua decisão. O amor é uma desobediência mortal para a morte… Amar é desrespeitar as suas leis e esvaziar toda a sua hipótese de dominar.
Toda a Salvação em que acreditamos consiste no amor, porque só o amor é capaz de vencer a lei do pecado e o senhorio da morte. A Lei do Amor é o Mandamento Novo que inaugura o Senhorio de Cristo. Aquele que na sua maneira de amar desautorizou para sempre a morte e na sua maneira de viver se tornou irmão de todos os Homens foi glorificado por Deus e exaltado acima de todos. Jesus de Nazaré é o nosso Salvador, o Re-Suscitado é nosso irmão e companheiro de tribulação.
Amar é, de certeza, qualquer coisa em muito parecida com algumas destas palavras, mas que não está dita em nenhuma delas. Porque não é de dizer… amar é coisa de querer. Amar é Querer Amar. Porque não é um sentimento mas um projecto! Não é um afecto mas uma decisão. O amor não é mais um sentimento entre outros sentimentos, mas o ponto de referência e validação para todos os sentimentos, de maneira a tornarem-se humanos e integrarem a construção do Homem Interior.
Rui Santiago
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quarta-feira, 21 de julho de 2010
A minha vida, Senhor, para Ti!
A minha vida, Senhor,
simples e direita como uma flauta
para que possas enchê-la,
enchê-la com a Tua música.
A minha vida,Senhor,
barro macio nas Tuas mãos,
para que possas dar-lhe forma,
a forma que quizeres.
A minha vida,Senhor,
semente livre no vento
para que possas semeá-la,
semeá-la onde quiseres.
A minha vida,Senhor,
madeira seca,
para que possas acendê-la
e arda para o pobre e para Ti!
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segunda-feira, 19 de julho de 2010
A Ressurreição de Jesus transformou e continua a transformar a vida das pessoas. Aqueles homens medrosos, cheios de dúvidas, com critérios muito materialistas se transfiguraram pela força do Espírito Santo. Basta olharmos para tantos santos na história da Igreja. E tantos e tantos, depois dos apóstolos até nós, se têm deixado transformar pelo Espírito Santo. Ainda agora, por exemplo um jogador holandês, vive um dos momentos mais altos da sua carreira, no momento de ter assumido um novo rumo na sua vida por ter sido Baptizado e Crismado.
Wesley Sneijder, o jogador da selecção holandesa que marcou um golo crucial na vitória sobre o Uruguai, foi baptizado na Igreja Católica dias antes de partir para a África do Sul. O interesse de Sneijder, que tem possibilidades de se sagrar o melhor marcador, terá sido despertado por uma ida à missa com o plantel do Inter de Milão, (a equipa onde joga), onde sentiu “uma força e uma confiança que me perturbaram”. Depois de fazer um percurso de catequese com o capelão do clube, foi baptizado em finais de Maio. Agora na África do Sul, Sneijder, diz que reza todos os dias o terço oferecido pela sua noiva, com quem vai casar pela Igreja após o campeonato. O Espírito Santo também se serviu do testemunho de Javier Zanetti, seu companheiro de equipa no Inter, e católico praticante. Sneijder chegou ao Mundial “totalmente renovado”. O jornalista que dá esta notícia afirma mesmo que Zanetti se alegrou tanto com o baptismo de Sneijder como com a conquista da Liga dos Campeões e do título italiano.
Portanto, o que foi possível aos outros também é possível a nós.
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quarta-feira, 7 de julho de 2010
Mantém-te firme!
Eis uma música cheia de perguntas muito sinceras e legítimas para quem não conhece a Deus. É uma boa forma de relembrarmos como pensam muitos dos nossos amigos, familiares, conhecidos à nossa volta e que precisam de ser iluminados pelo Espírito para terem um verdadeiro encontro com Deus. Que possamos ajudá-los nesse processo...
"... mas, no íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça" (1 Pd 3,15)
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