do Lat. ciboriu; s. m., a parte mais alta que exteriormente remata ou cobre a cúpula das grandes igrejas ou dos edifícios monumentais. Este blog é, na sua grande maioria, partilha de videos e textos de diversos autores que recebo diariamente. Com a visão dos outros podemos ver mais alto, mais longe...
terça-feira, 29 de junho de 2010
Escolhi Deus e isso me basta
Entrevista a Dante Sementilli no Encontro "Sacerdotes hoje", para o Encerramento do Ano Sacerdotal, em Roma, sala Paulo VI, a 9 de junho de 2010.
Apresentador: Vamos conversar com padre Dante e padre Franco. Vocês estão em Frosinone, perto de Roma. Padre Dante, o que você lembra dos anos da formação?
Dante: Fomos preparados a estar de pé sozinhos na própria paróquia. Mas havia um desorientamento: os Beatles, minissaias, secularização, entre os sacerdotes muitas desistências por causa do celibato, brigas por causa de dinheiro… Terminados os estudos, preferi esperar mais um ano antes da ordenação…
Apresentador: Por fim você se ordenou. Como foi?
Dante: Após nove meses sem um encargo, o bispo me chamou para me dizer que não sabia o que fazer de mim. Eu corri para a igreja. Depois de uma hora de adoração, escrevi num papel: «Ainda que nunca possa exercer o meu ministério, não me importa nada. Escolhi Deus e isso me basta».
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segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
A Maior Flor do Mundo
José Saramago também escreveu alguns contos para crianças, sendo o mais conhecido "A Maior Flor do Mundo" que foi passado para animação há uns anos. Hoje, fica aqui...
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Rafael, um vencedor
Rafael tem 23 anos e sofre de Leucemia. Os sonhos do Rafael, a vontade de viver e a partilha intensa e optimista com a família e com os amigos fizeram do Rafael um vencedor! Um exemplo de vida e coragem comoventes...
terça-feira, 22 de junho de 2010
Mazelas
Aos 77 anos, como é natural, aparecem-nos todas as mazelas. Insignificâncias, uma dor aqui, uma dor ali, nas costas, na perna, na cabeça, uma pequena coisa na pele, na unha, no olho. Não ligo nenhuma. Porque a minha pior mazela é não acreditar que tenho 77 anos.
Eu bem me farto de dizer aos quatro ventos a minha idade para ver se interiorizo esse facto,mas, por dentro, estou na casa dos trinta, vá lá quarenta, e não passo daí.
Setenta e sete anos? Que louura!
Tenho sempre tanta coisa para fazer, para acabar, para ler, para escrever, tanto lugar para visitar. Tanto Museu para ver e depois as mazelas - aí!-, mas vou, porque tenho trinta anos e, evidentemente, tenho que ir.
Não tenho a noção de ser uma senhora velha. Digo "estava lá uma velhota", ou "imaginem que uma velha"... Estou a falar de pessoas provavelmente mais novas do que eu, mas não me enxergo.Até quando irá
durar esta idade subjectiva que não me deixa envelhecer tranquilamente. Só quando me oferecem o braço (já caí na rua e parti a perna, mas nem assim...), quando não me dirigem galanteios(que estranho!),acordo para a realidade, aí, é verdade, tenho 77 anos, que maçada...
Ultimamente, tive (ou tenho, ainda não percebi) cancro de mama. Como acho que Deus não me ia mandar esta doença só para me chatear, abri uma campanha de sensibilização (televisão incluida), para que as mulheres façam mamografias.
Transformei a porcaria da doença numa coisa positiva. Passei os trâmites habituais operação, radioterapia, etc. tudo pacífico. Ainda por cima , o médico disse-me que era pouco provável que o cancro me matasse, porque, na minha idade, as células já não são o que eram... Aí, sim?
Tenho 77 anos, que alegria!
Rosa Lobato Faria
domingo, 20 de junho de 2010
O video mostra o pessoal do St. Vicente Medical Center (Providence, Portland, Oregon, USA) a dançar para a consciencialização do cancro de mama.
Eles ficariam de receber uma grande doação da empresa que produz as luvas cor de rosa, quando o vídeo no YouTube fosse visto por 1 milhão de vezes, quantia essa que se destina exclusivamente à obtenção de fundos para a pesquisa e tratamento do cancro da mama. E assim aconteceu!
Vejam o vídeo que está muito engraçado.
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sábado, 19 de junho de 2010
Desculpa, Mãe!
Desculpa-me depois de tanto tempo
Por que te machuquei aquela vez
Desculpa-me por tantos contratempos
Que a minha rebeldia te causou
Desculpa, minha mãe
Por não ter dito um Deus te pague
Desculpa minha mãe por não saber te agradecer
Desculpa pelas faltas de respeito
Desculpa este teu filho que cresceu
Eu lembro aquela sopa no vestido
E aquela colherada no nariz
Eu lembro aquele tombo na calçada
E aquela acusação tão infeliz
Desculpa-me mamãe por te tentar fazer de boba
Que bobo que era eu quando tentei de enganar
Desculpa-me por tantos descaminhos
Desculpa este teu filho que cresceu.
O tempo caminhou depressa
E apesar dos meus defeitos acabei virando alguém
Teu coração não tinha pressa
Sabia que eu iria me encontrar
Agora que eu me achei procuro a mãe que eu tive
Pra dar-lhe um beijo agradecido e atrasado mas feliz
Desculpa-me mamãe pela demora imensa
Leva-se uma vida pra entender o que é ter mãe ...
Padre Zezinho
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quinta-feira, 17 de junho de 2010
O rosário completo
APONTAMENTOS DO RETIRO ESPIRITUAL 10 A 15 DE AGOSTO DE 1961:
"Continuarei a cuidar do aperfeiçoamento dos exercícios de piedade : Santa Missa, Breviário, Rosário e grande e continuada intimidade com Jesus.
O rosário completo, que desde o início de 1958 me comprometi a recitar piedosamente, tornou-se exercício de continuada meditação e de contemplação tranquila e quotidiana, que mantém o meu espirito aberto para o campo vastíssimo do meu magistério e ministério de pastor máximo da Igreja e de pai universal das almas.
De manhã, depois da Santa Missa e do Breviário, o primeiro Terço.
À tarde, depois dum breve repouso, o segundo terço, os mistérios dolorosos ...
Ao fim da tarde, o terceiro terço em comum com a familia pontifícia: secretário, irmãs e funcionários".
Papa João XXIII, Diário ìntimo.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Escondimento
Então, ó alma, o que é que desejas e procuras fora de ti, se é em ti que estão as tuas riquezas, as tuas delícias, a tua consolação, a tua riqueza e o teu reino, ou seja, o teu Amado, que a tua alma tanto deseja e procura! [...] Só precisas de saber uma coisa: embora esteja dentro de ti, está escondido. [...]
Mas também perguntas: «Então, se Aquele que a minha alma ama está em mim, porque é que não O encontro nem sinto?» A razão disso é que Ele está escondido, e tu não te escondes para O encontrar e sentir. Quem quiser encontrar uma coisa escondida há-de penetrar escondido no lugar onde ela está escondida; ao encontrá-la, fica tão escondido como ela. Portanto, uma vez que o teu Amado é o tesouro escondido no campo da tua alma, pelo qual o sábio comerciante entregou tudo (Mt13,44), convirá que tu, para O encontrar, esquecidas todas as tuas coisas e alheando-te de todas as criaturas, te escondas no teu refúgio interior do espírito.
Fechando atrás de ti a porta, isto é, a tua vontade a todas as coisas, ores a teu pai em segredo (Mt 6, 6). E ficando assim escondida com Ele, senti-lo-ás no escondido, amá-Lo-ás e possui-Lo-ás no escondido, e escondidamente te deleitarás com Ele, mais do que aquilo que a língua e os sentidos podem alcançar.
São João da Cruz (1542-1591), Carmelita, Doutor da Igreja
Cântico Espiritual B,1, 8-9 (Obras completas, Edições Carmelo, 2005, pp. 550-551)
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segunda-feira, 14 de junho de 2010
Direito por linhas tortas
Vivemos estes dias um dos fenómenos mediáticos mais inesperados, atrevidos e provocadores da nossa era. Terminou na passada sexta-feira, festa do Sagrado Coração de Jesus, o ano sacerdotal iniciado pelo Papa Bento XVI a 19 de Julho de 2009. Isto, que parecia pacífico, mostrou-se revolucionário.
A função sacerdotal, vasta e profunda na Igreja, tem na pessoa do padre o seu ponto central, como indica a referência aos 150 anos da morte de S. João Maria Vianney, humilde cura de aldeia. Organizar um ano de celebrações à volta dessa figura é, na nossa sociedade, um dos maiores atrevimentos culturais.
Não só o cristianismo é a única ideologia que hoje se pode atacar sem violar a tolerância, mas nele o padre é o aspecto mais desprezado. No Ocidente, a Igreja, mesmo se marginal, não goza do estatuto protector de minoria. Qualquer bizarria está mais defendida de críticas que ela. Tendo sido cultura dominante durante séculos, a crítica ao catolicismo é, no actual quadro de rebeldia adolescente, emblema de modernidade e progressismo, mesmo entre católicos. Aquilo que seria intolerável contra outros grupos sociais é comum com a Igreja em geral, e os padres em particular. Eles são, pode dizer-se, a menos respeitada de todas as profissões aceitáveis. Admira-se este ou aquele clérigo, mas o conjunto não presta. Assim, a surpreendente decisão de Bento XVI inclui uma serena mas contundente provocação à opinião dominante, levando os fiéis a meditarem sobre tudo o que a comunidade recebe das mãos e ministério dos sacerdotes.
Só que aquilo que devia ser um período de reflexão, gratidão e celebração transformou-se num momento de terrível pressão mediática. Os escândalos de pedofilia centraram as atenções nos padres, mas pelas piores razões. Chega-se a duvidar se, afinal, será profissão aceitável.
Este contraste entre propósitos e resultados chega para marcar este na longa história dos anos comemorativos. Não haverá outro em que o desvio seja maior. Isto não se deve a uma coincidência, porque realmente não aconteceu nada. Os factos que suscitam as acusações são antigos, alguns muito antigos, a ponto de nem permitirem investigações policiais. As notícias não são novidades. O único motivo está no interesse dos jornalistas, que decidem concentrá-las agora. Também é difícil sustentar a tese de cabala organizada, sendo impossível orquestrar uma campanha de tal dimensão.
O mais surpreendente no episódio é, assim, ele parecer genuinamente fortuito. Claro que o quadro cultural ajuda. Se os jornais procurassem casos de pedofilia de professores, médicos ou outros (que os poucos estudos sérios indicam serem bastante mais frequentes), ninguém se lembraria de deduzir daí consequências sobre a respectiva classe profissional. Aliás, se o fizessem, imediatamente apareceriam as competentes organizações sindicais a criticar abespinhadamente tais insinuações. Mas os padres não se defendem. Chocados com o comportamento dos colegas, batem no peito e baixam a cabeça. São os únicos profissionais que sofrem vergonha e responsabilidade por actos de outros.
Deste modo, o caso concede autorização aos inimigos da Igreja para insultar alegremente todo o clero, e até a instituição, sem temer resposta. Pior, se alguém disser que assim se conspurca uma multidão de inocentes por causa de um punhado de criminosos, logo se acusa de insensibilidade ao horrível sofrimento das crianças. É espantoso, mas existe mesmo muita gente capaz de retirar consequências para a doutrina e a hierarquia católicas destes poucos e velhos comportamentos aberrantes. Será que também duvidam da educação e medicina por existirem profissionais perversos?
Noutro sector isto não passaria de uma falhada operação de relações públicas. A Igreja, também nisto, é diferente. Que os nossos padres, totalmente inocentes, tenham sofrido terrível vitupério simplesmente por serem o que são, logo no ano que lhes era dedicado, é um mistério espantoso. Afinal, na perspectiva cristã, centrada na cruz, o ano sacerdotal correu mesmo bem.
João César das Neves
domingo, 13 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
Festa do Imaculado Coração da Virgem Santa Maria
Celebramos hoje a Festa do Imaculado Coração da Virgem Santa Maria
A festa litúrgica do Coração de Maria passou por muitas vicissitudes. De acordo com a história, houve primeiramente uma devoção privada ininterrupta, que não chegou a formas públicas oficiais.
Efectivamente, a primeira festa litúrgica do Coração de Maria foi celebrada a 8 de Fevereiro de 1648, na diocese de Autun (França). Em 1864, alguns bispos pedem ao Papa a consagração do mundo ao Coração de Maria, aduzindo como justificativa e motivo a realeza de Maria. O pedido decisivo partiu de Fátima e do episcopado português. Inesperadamente, a 31 de Outubro de 1942, Pio XII, na sua mensagem radiofónica em português, consagrava o mundo ao Coração de Maria. O Papa Paulo VI, a 21 de Novembro de 1964, ao encerrar a terceira sessão do Concílio Vaticano II, renovava, na presença dos padres conciliares, a consagração ao Coração de Maria feita por Pio XII.
Mais recentemente, João Paulo II, no fim de sua primeira encíclica, “Redemptor Hominis” (4 de Março de 1979), escreveu um significativo texto sobre o Coração de Maria. Ao tratar do mistério da redenção diz o Papa:
“Este mistério formou-se, podemos dizer, no coração da Virgem de Nazaré, quando pronunciou o seu “fiat”. A partir de tal momento, este coração virginal e ao mesmo tempo materno, sob a ação particular do Espírito Santo, acompanha sempre a obra do seu Filho e dirige-se a todos os que Cristo abraçou e abraça continuamente no seu inesgotável amor. E por isso este coração deve ser também maternalmente inesgotável. A característica deste amor materno, que a mãe de Deus incute no mistério da redenção e na vida da Igreja, encontra sua expressão na sua singular proximidade do homem e de todas as suas vicissitudes. Nisso consiste o mistério da mãe”.
A Exortação Apostólica “Marialis cultus” (2/2/1974), do Papa Paulo VI inclui a memória do Coração Imaculado da bem-aventurada Virgem Maria entre as “memórias ou festas que ... expressam orientações surgidas na piedade contemporânea”, colocando-a no dia seguinte à solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus.
Essa aproximação das duas festas (Sacratíssimo Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria) faz-nos voltar à origem histórica da devoção: na verdade, São João Eudes, nos seus escritos, jamais separa os dois corações. Aliás, durante nove meses, a vida do Filho de Deus feito carne pulsou seguindo o mesmo ritmo da vida do coração de Maria. Mas os textos próprios da missa do dia destacam mais a beleza espiritual do coração da primeira discípula de Cristo.
Ela, na verdade, trouxe Jesus mais no coração do que no ventre; gerou-o mais com a fé do que com a carne! De acordo com textos bíblicos, Maria escutava e meditava no seu coração a palavra do Senhor, que era para ela como um pão que nutria o íntimo, como que uma água borbulhante que irriga um terreno fecundo. Neste contexto, aparece a fase dinâmica da fé de Maria: recordar para aprofundar, confrontar para encarnar, reflectir para actualizar.
Maria nos ensina como hospedar Deus, como nutrir-nos com o seu Verbo, como viver tentando saciar a fome e a sede que temos dele. Maria tornou-se, assim, o protótipo dos que escutam a palavra de Deus e dela fazem o seu tesouro; o modelo perfeito dos que na Igreja devem descobrir, por meio de meditação profunda, o hoje desta mensagem divina. Imitar Maria nesta sua atitude quer dizer permanecer sempre atentos aos sinais do tempos, isto é, ao que de estranho e de novo Deus vai realizando na história por trás das aparências da normalidade; em uma palavra, quer dizer reflectir, com o coração de Maria, sobre os acontecimentos da vida quotidiana, destes tirando, como ela o fazia, conclusões de fé.
cf. Dicionário de Mariologia, 1995 - Editora Paulus
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Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados
Cinco Primeiros Sábados
I – A DEVOÇÃO DOS PRIMEIROS SÁBADOS
Na Aparição do dia 13 de Julho anunciou Nossa Senhora em Fátima: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.
Esta última devoção veio pedi-la, aparecendo à Irmã Lúcia a 10-12-1925, em Pontevedra, Espanha. Disse então: “Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar”.
Nª Senhora mostrou o seu Coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos actos de desagravo para Lhos tirar, com a devoção reparadora dos cinco Primeiros Sábados. Em recompensa, promete-nos "todas as graças necessárias para a salvação”.
Jesus nos dois anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, insiste para que se propague esta devoção. Lúcia escreveu: “Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a paz do mundo”.
II – CINCO, POR QUÊ?
São cinco os Primeiros Sábados por, segundo revelou Jesus, serem “cinco as espécies de ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.
1. – As blasfémias contra a Imaculada Conceição,
2. – Contra a sua Virgindade;
3. – Contra a Maternidade Divina, recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens; 4. – Os que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe;
5. – Os que A ultrajem directamente nas suas sagradas imagens”.
III – CONDIÇÕES
As condições para ganhar o privilégio dos Primeiros Sábados são quatro:
1. Confissão. Para cada Primeiro Sábado é precisa uma confissão com intenção reparadora. Pode fazer-se em qualquer dia, antes ou depois do Primeiro Sábado, contanto que se receba a Comunhão em estado de graça.
A vidente perguntou: – “Meu Jesus, as (pessoas) que se esquecerem de formar essa intenção (reparadora)? Jesus respondeu – Podem formá-la na confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem para se confessar”.
As outras três condições devem cumprir-se no próprio Primeiro Sábado, a não ser que algum sacerdote, por justos motivos, conceda que se possam fazer no domingo a seguir.
2. A Comunhão Reparadora.
3. O Terço.
4. A meditação, durante 15 minutos, de um só mistério, de vários ou de todos. Também vale uma meditação ou explicação de 3 minutos antes de cada um dos 5 mistérios do terço que se está a rezar.
Em todas estas quatro práticas deve-se ter a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria. A devoção dos 5 Primeiros Sábados foi aprovada pelo Bispo de Leiria a 13-9-1939, em Fátima.
ACTO DE CONSAGRAÇÃO E DESAGRAVO
Virgem Santíssima e Mãe nossa querida, ao mostrardes o vosso Coração cercado de espinhos, símbolo das blasfémias e ingratidões com que os homens ingratos pagam as finezas do vosso amor, pedistes que Vos consolássemos e desagravássemos.
Ao ouvir as vossas amargas queixas, desejamos desagravar o vosso doloroso e Imaculado Coração que a maldade dos homens fere com os duros espinhos dos seus pecados.
Dum modo especial Vos queremos desagravar das injúrias sacrilegamente proferidas contra a vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus e nem Vos querem aceitar como terna Mãe dos homens. Outros, não Vos podendo ultrajar directamente, descarregam nas vossas sagradas imagens a sua cólera satânica. Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações das crianças inocentes, indiferença, desprezo e até ódio contra Vós.
Virgem Santíssima, aqui prostrados aos vossos pés, nós Vos mostramos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prome¬temos reparar com os nossos sacrifícios, comunhões e orações tantas ofensas destes vossos filhos ingratos.
Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às vossas predilecções, nem Vos honrámos e amámos como Mãe, suplicamos para os nossos pecados misericordioso perdão.
Para todos quantos são vossos filhos e particularmente para nós, que nos consagramos inteiramente ao vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio durante a vida e o caminho que nos conduza até Deus. Assim seja.
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CINCO, PORQUÊ?
O Padre José Bernardo Gonçalves (1894-1966) propôs em Maio de 1930 à Irmã Lúcia, de quem foi confessor, seis perguntas para as quais pedia esclarecimento. Eis o que se refere à quarta, com a respectiva resposta dada por escrito:
«Porque hão-de ser ‘5 sábados’ e não 9 ou 7 em honra das dores de Nossa Senhora?
Ficando na capela com Nosso Senhor parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio de 1930, e falando a Nosso Senhor das duas perguntas 4.ª e 5.ª, senti-me de repente possuída intimamente da divina presença; e, se não me engano, foi-me revelado o seguinte:
‘Minha filha, o motivo é simples: são 5 as espécies de ofensas e blasfémias contra o Imaculado Coração de Maria:
1.ª – As blasfémias contra a Imaculada Conceição.
2.ª – Contra a Sua virgindade.
3.ª – Contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4.ª – Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5.ª – Os que A ultrajam directamente nas suas sagradas Imagens.
Eis, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação; e, em atenção a ela, mover a minha misericórdia ao perdão para com essas almas que tiveram a desgraça de A ofender».
Primeira ofensa: negação da Imaculada Conceição.
A 8 de Dezembro de 1854, definiu o Papa Pio IX: «Declaramos, pronunciamos e definimos, que a doutrina que sustenta que a bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, foi por graça e privilégio singular de Deus Todo-Poderoso... preservada e imune de toda a mancha do pecado original, foi revelada por Deus e como tal deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis».
Recusam este privilégio várias confissões protestantes, os racionalistas, e implicitamente aqueles que negam o pecado original, pois que a Imaculada Conceição é precisamente a isenção dessa mancha, que em tal hipótese não exisitria.
Segunda ofensa: negação da Virgindade perpétua de Maria.
A 6 de Novembro de 1982 disse João Paulo II no Santuário do Pilar em Saragoça, Espanha: «De modo virginal ‘sem intervenção de varão, e por obra do Espírito Santo, Maria deu a natureza humana ao Filho Eterno do Pai. De modo virginal nasceu de Maria um corpo santo. É a fé que...o Papa Paulo IV articulava na forma ternária de Virgem ‘antes do parto, no parto e perpetuamente depois do parto’. É a mesma que ensina Paulo VI: ‘Cremos que Maria é Mãe sempre Virgem do Verbo encarnado».
Opõem-se a esta verdade os que negam que a Conceição e o parto de Jesus não foram virginais, e que Maria não conservou no parto a sua integridade, assim como aqueles que afirmam que Ela teve mais filhos além de Jesus.
Terceira ofensa: negação da maternidade divina e espiritual de Maria.
Declarou o III Concílio de Constantinopla no ano de 680: «Nosso Senhor Jesus Cristo – nasceu do Espírito Santo e de Maria Virgem, que é, segundo a humanidade, própria e verdadeiramente Mãe de Deus». É também Mãe espiritual dos homens, pela sua participação no Mistério da Encarnação e Co-redenção.
Quarta ofensa: ódio para com a Imaculada Mãe de Deus.
A ideologia Marxista-comunista procurou eliminar todos os vestígios de religião, a começar pelas crianças. O Ministério da Educação soviética declarou nesses tempos: «A educação comunista tem como fim principal eliminar todos os vestígios da religião». Ensinava-se às crianças o racionalismo puro e, além disso, em certa nação, os pequeninos aprendiam «ladaínhas» de injúrias contra a Mãe de Deus.
Quinta ofensa: ultrajes às sagradas imagens.
Chegou-se ao descaramento de destruir e ultrajar as imagens de Nossa Senhora, sobretudo quando expostas em público. Certamente também desgostam a Maria Santíssima aqueles que tiram dos templos as suas imagens ou as reduzem ao mínimo, contrariando o Concílio Vaticano II. «Observem religiosamente aquelas coisas que nos tempos passados foram decretadas acerca do culto das imagens de Cristo, da Bem-aventura Virgem e dos Santos».
São estas cinco ofensas a Maria que devemos reparar nos cinco primeiros sábados.
P. Fernando Leite, sj
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segunda-feira, 7 de junho de 2010
É tempo de crescer e ser feliz.
Se tudo te angustia,
examina a própria vida,
a fruta que amadureceu, caiu ao chão, apodreceu,
e ainda assim será aproveitada como alimento,
em tudo, nada se perdeu.
Ainda gera sementes para novas árvores,
adubo para a terra, vida que se revela.
Se nada te consola,
examina a dor alheia, observa...
Tamanha dificuldade, e o menino sem pernas, caminha,
a menina sem braços ainda pinta,
o senhor sem a visão, guia outro irmão.
Se a esperança fugiu,
se a dor te consome,
lembre-se de Jesus, que foi acusado,
condenado sem nada dever.
Foi açoitado,
com o corpo dilacerado, carregou seu caixão,
um madeiro pesado, sem nenhuma compaixão.
Pregado como se fosse restos de carne,
ainda olhou para os lados,
anunciou a boa nova para os ladrões,
e num último gesto sublime, não amaldiçoou,
simplesmente perdoou.
E se ainda assim,
acreditar que a sua dor é muito maior,
eu te compreendo, e te deixo um lenço.
Não, não é para chorar!
É para acenar para dor,
dar adeus a lamentação,
pois na sua casa, na sua vida,
chegou a Plenitude, a libertação.
Pois Deus, em poucos minutos, tudo pode mudar,
é só querer e acreditar,
é só levantar e dar o primeiro passo.
A vida continua logo ali,
naquela curva suave,
onde encontramos a Rua esperança,
esquina com a Rua Perseverança,
paralela com a Avenida da felicidade.
É tempo de crescer e ser feliz.
Paulo Robrkte
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sábado, 5 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
O que significa «acolher o reino de Deus como uma criança»?
Um dia, alguém levou crianças até Jesus para que ele as abençoasse. Os discípulos opuseram-se. Jesus indignou-se e disse-lhes para deixarem as crianças chegar até ele. Depois disse-lhes: «Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele» (Marcos 10,13-16).
É útil lembrar que, anteriormente, foi a estes mesmos discípulos que Jesus dissera: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus» (Marcos 4,11). Por causa do Reino de Deus, eles deixaram tudo para seguir Jesus. Procuram a presença de Deus, querem fazer parte do seu Reino. Mas eis que Jesus os adverte que, ao repelirem as crianças, estão justamente a fechar a única porta de entrada nesse Reino de Deus tão desejado!
Mas o que significa «acolher o reino de Deus como uma criança»? Normalmente interpreta-se como: «acolher o Reino de Deus como uma criança o faz». Isso corresponde a uma palavra de Jesus em Mateus: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu» (Mateus 18,3). Uma criança confia sem reflectir. Não pode viver sem confiar nos que estão à sua volta. A sua confiança não é uma virtude, é uma realidade vital. Para encontrar Deus, o melhor de que dispomos é o nosso coração de criança, que está aberto espontaneamente, ousa pedir com simplicidade, quer ser amado.
Outra interpretação possível é: «acolher o Reino de Deus como se acolhe uma criança». Pois o verbo «acolher» em geral tem o sentido concreto de «acolher alguém» (Marcos 9,37). Nesse caso, é ao acolhimento dado a uma criança que Jesus compara o acolhimento da presença de Deus. Há uma secreta conivência entre o reino de Deus e uma criança.
Acolher uma criança é acolher uma promessa. Uma criança cresce e desenvolve-se. É assim que o reino de Deus nunca é na terra uma realidade acabada, mas sim uma promessa, uma dinâmica e um crescimento inacabado. E as crianças são imprevisíveis. Neste relato do Evangelho, chegam quando chegam, e obviamente não chegam no momento certo, de acordo com os discípulos. Mas Jesus insiste que é necessário acolhê-las visto que estão lá. É assim que é necessário acolher a presença de Deus quando ela se apresenta, quer seja numa boa quer seja numa má altura. É necessário entrar no jogo. Acolher o Reino de Deus como se acolhe uma criança é manter-se atento e rezar para o acolher quando ele chega, sempre inesperadamente, a horas ou fora de horas.
Porque é que Jesus deu tanta atenção às crianças?
Um dia, os doze apóstolos discutiam para saberem quem era o maior (Marcos 9,33-37). Jesus, que adivinhou os seus pensamentos, disse-lhes uma palavra desconcertante que confunde e abala as suas categorias: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos».
A esta palavra, juntou o gesto. Foi buscar uma criança. Terá sido uma criança que encontrou abandonada na esquina de uma rua de Cafarnaúm? Trouxe-a, «colocou-a no meio» dessa reunião de futuros responsáveis pela Igreja e disse-lhes: «Quem receber um destes meninos em meu nome é a mim que recebe». Jesus identifica-se com o menino que acaba de receber nos braços. Afirma que é «um destes meninos» que melhor o representa, de tal forma que receber um menino desses é o mesmo que acolhê-lo a ele próprio, Cristo.
Pouco antes, Jesus tinha dito estas palavras enigmáticas: «O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens» (Marcos 9,31). «O Filho do Homem» é ele próprio e são simultaneamente todos os filhos dos homens, quer dizer todos os seres humanos. A palavra de Jesus pode compreender-se: «os seres humanos estão entregues ao poder dos seus semelhantes». É sobretudo quando Jesus é preso e mal tratado que se verificará, mais uma vez, que os homens fazem o que quer que seja aos seus semelhantes que estejam indefesos. Que Jesus se reconheça na criança que foi buscar já não é assim de espantar, pois, tantas vezes, também as crianças são entregues sem defesa àqueles que têm poder sobre elas.
Jesus deu particular atenção às crianças porque queria que os seus dessem uma atenção prioritária aos desprotegidos. Até ao fim dos tempos, serão os seus representantes na terra. O que lhes fizerem é a ele, Cristo, que o farão (Mateus 25,40). Os «mais pequenos dos seus irmãos», os que pouco contam e que são tratados de qualquer maneira, porque não têm poder nem prestígio, são o caminho, a passagem obrigatória, para viver em comunhão com ele.
Se Jesus pôs um menino no meio dos seus discípulos reunidos, foi também para que eles próprios aceitassem ser pequeninos. Explicou-lhes isso no seguinte ensinamento: «Seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa» (Marcos 9,41). Indo pelos caminhos para anunciar o Reino de Deus, os apóstolos também serão «entregues nas mãos dos homens»: Nunca saberão de antemão como irão ser acolhidos. Mas até para aqueles que os acolherem apenas com um simples copo de água fresca, mesmo sem os levarem a sério, os discípulos terão sido portadores de uma presença de Deus.
Carta de Taizé: 2006/2
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