do Lat. ciboriu; s. m., a parte mais alta que exteriormente remata ou cobre a cúpula das grandes igrejas ou dos edifícios monumentais. Este blog é, na sua grande maioria, partilha de videos e textos de diversos autores que recebo diariamente. Com a visão dos outros podemos ver mais alto, mais longe...
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
Que toscas as palavras...
Foi aí que, à primeira, chegou a mão nesta semana quando abri o Baú aqui do estaminé para esta terça-feira. E soube-me bem reencontrar-me assim. Deus me ajude a crescer sempre mais em sabedoria, estatura e graça, de maneira a que eu chegue cada vez mais lucidamente a perceber o que será estar em cada situação "à Jesus" e não, pobremente,"à Rui"... E, já agora, cada um aproveite para falar com o Abba que nos envolve com o seu Espírito pedindo o mesmo: viver "à Jesus", crescendo na Sabedoria da Palavra, na Estatura do Homem Novo e na Graça de Filho muito amado de Deus. SHALOM
Como as cores que uma criança atira quando pega, ao calhas, num pincel qualquer. É assim que me apetece ver saírem as palavras… e atirar-tas todas à espera que as componhas da melhor maneira, à tua maneira, desde que no fim dê uma forma qualquer de te dizer que te amo e preferia já morrer a ter que viver sem te conhecer.
Quanto mais te tornas próximo, presente, companheiro mesmo, mais te sinto meu Senhor e meu Dono e meu Mestre e meu Salvador! Porque o Amor, quando é verdadeiro, é ao mesmo tempo grandioso e humilde… ou grandiosamente pequeno, porque me amas ao meu tamanho! Porque me amas de maneira a que possa acolher e amar-te também. E até me dê à ousadia de te atirar palavras assim para que faças com elas o que quiseres…
E quero conhecer-te melhor, acima de tudo. Muito melhor… olhar-te como quem te sorve com o olhar, viver pendurado dos teus lábios como quem respira do hálito de outro e refazer-me sempre sentado aos teus pés, como discípulo.
Conhecer-te… conhecer-te… Não há outra maneira de conhecer-te senão dar-me a ti! Não há outra maneira de conhecer alguém senão assim… Dou-me a ti e vejo o que fazes comigo. O que fizeres comigo é que me revela quem és! Se amar quem és, se gostar de ti, vou querer dar-me mais… e experimento o que fazes de novo comigo, mais… se gosto, dou-me mais… e experimento… e experimento um desejo enorme de me perder em ti e nunca mais ser encontrado! Viver perdido em ti, envolvido, dando-me, recebendo-te maravilhado e recebendo-me agradecido…
Não há outra maneira de conhecer alguém…
Amo-te.
Que toscas são as palavras… Amo-te. Por isso é que o amor, quando é verdadeiro e está vivo, não deixa de inventar outras maneiras de dizer-se, porque as palavras esgotam-se num instante… E às vezes apetece só amar quem amamos, pronto, sem pensar em mais nada! Nem sequer em fazer isto ou aquilo, tirar esta ou aquela consequência, ser assim ou assado… mas gozar apenas o privilégio de poder sentir-te tão vivo e tão próximo que parece que isso basta para que o mundo se torne num instante em Reino de Deus! E não, não torna, eu sei… Mas também sei que não é o rosário das minhas preocupações que vai fazer milagres, nem o caderninho das minhas boas intenções. Acredito mais no poder da minha capacidade de me fascinar do que na eficácia dos meus bons propósitos!
Acredito profundamente que o gosto e a proclamação do Mistério de Vida que Deus fez explodir na tua Ressurreição são capazes de transformações mais poderosas que a doutrinação das nossas certezas e o rigor das nossas morais…
O essencial da vida é da ordem do fascínio, não do dever!
Mas parece que isto anda longe por estes lados… a capacidade de se espantar contigo, de fascinar-se pela Boa Notícia da tua passagem entre nós e da tua Passagem para o Pai… parece que desapareceu o gozo de fazer perguntas… todos se consolam com respostas. Que pobreza…
A tua passagem, Mestre, provocava perguntas… “Quem é este?! De onde lhe vem isto?!” Os teus primeiros também as provocavam nos que se encontravam com eles, como a Paulo ou aos que os escutavam em Jerusalém: “Quem és tu?! Quem és tu, por trás desta gente?! Irmãos, o que devemos fazer?!”
Hoje, pobres de nós, não só nos consolamos todos com respostas, como achamos que nos basta ensiná-las… Como Igreja, temos um zelo enorme em defender e ensinar as nossas respostas - ainda que já esvaziadas pelo correr do tempo e pelo sopro do Espírito que levou a história para outras bandas - mas deixámos de provocar perguntas! Mais: parece que temos medo delas…
Oh, Mestre…
Amo-te.
Outra vez a pequenez das palavras… parecem gastas, pôssa! Olha, já chegam. Amo-te muito. Pegas nestas palavras todas e dá-lhes a volta que quiseres, se quiseres. Para mim dá o mesmo, desde que no fim dêem um “amo-te” qualquer mas dito de outras maneiras que só tu entendas.
És o melhor que aconteceu na minha vida.
sábado, 29 de maio de 2010
Janey Cutler - Britain's Got Talent 2010
Depois dos fenômenos Paul Potts e Susan Boyle, a bola da vez no Britain's Got Talent é a impressionante Janey Cutler de 80 anos, que deixou os jurados de queixo caído!
A felicidade e a força de vontade não têm idade! Quando se quer, quando se vive em paz, somos capazes de tudo!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Urso Preto que faz Kung
Está a fazer furor na Internet um vídeo de um urso preto asiático a executar (aparentemente) movimentos de artes marciais com armas, tendo registado já mais de um milhão de pageviews.
O vídeo foi filmado por um utilizador canadiano do Youtube, alexbuzzkentaroguy, no Jardim Zoológico Asa, em Hiroshima (Japão), e mostra o urso chamado Cloud a manejar, «com arte», um pau de cerca de 1,52 metros, informa o Daily Telegraph.
Além de rodar o pau como se costumar ver nos filmes de artes marciais, o animal consegue inclusive atirá-lo ao ar e voltar a apanhá-lo (ver vídeo).
«Este é um exemplo extraordinário do controlo de objectos por parte de animais», comentou Marc Bekoff, especialista em comportamento animal da Universidade do Colorado, que considera que as imagens parecem genuínas.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O Papa passou por aqui
Eu, pecador, me confesso de uma falta consciente e voluntariamente cometida no passado dia 12 de Maio, na portagem de entrada em Fátima, pouco antes da chegada do Santo Padre. Com efeito, quando dei ao zeloso funcionário a quantia que lhe devia pelo troço de auto-estrada percorrido, disse-lhe com fingida seriedade que, se Bento XVI passasse por ali, fizesse o favor de não lhe cobrar a portagem…
Estupefacto, o portageiro gaguejou:
- Mas, o Papa vai passar por aqui?!
Não, Sua Santidade não ia passar por ali, para tranquilidade da inocente vítima da minha bem-humorada maldade sacerdotal, a quem logo esclareci, para o bem da sua alma e paz da minha pesada consciência. De facto, Bento XVI não passou por aquela portagem que, quanto muito, sobrevoou de helicóptero, mas franqueou outras fronteiras, cruzando os espaços da nossa interioridade.
Passou pelos corações das crianças que o esperavam no aeroporto e nos Jerónimos, com cânticos de alegria.
Passou pelas autoridades a quem protocolarmente cumprimentou, dando a um gesto formal o alcance de um acolhimento pastoral.
Passou pelo entusiasmo dos jovens que encheram de cor e de júbilo o Terreiro do Paço e, depois, sob as janelas da Nunciatura Apostólica, cantaram ao Papa a felicidade que lhes vai na alma cristã.
Passou pelas mentes ilustres dos agentes da cultura, num Centro Cultural de Belém repleto de personalidades sisudas que, por um momento, se ergueram para aplaudirem, de pé, o porta-voz da verdade que nos faz livres.
Passou pelas vidas de milhares de padres, religiosos, missionários e seminaristas, cuja entrega a Deus e ao próximo consagrou ao Imaculado Coração de Maria, a todos chamando a uma mais plena e decidida resposta à graça do dom e da missão.
Passou pela existência prosaica dos fiéis congregados na imensa esplanada da Cova da Iria, naquela vigília memorável de oração e de fé, e depois prolongada na impressionante Eucaristia matutina do dia 13.
Passou pelo serviço dos que se dedicam à pastoral sócio-caritativa, neles despertando renovados anseios de autêntico apostolado cristão.
Passou pelo fraternal abraço aos bispos portugueses, confirmando-os na sua autoridade e serviço eclesial e recordando-lhes a dimensão profética do seu munus pastoral que, por ser católico, deve estar aberto a todas as multiformes manifestações do único Espírito.
Passou pelos milhares de fiéis, invictos do frio e da chuva na urbe invicta, e que protagonizaram uma emocionante despedida ao Papa peregrino, já em vias de regressar à capital da Cristandade.
Passou pelos céus que abençoou e pelas terras que, sobrevoando, tocou com a sua benfazeja sombra de sucessor de Pedro.
E passou também por todas as televisões, passou pelas rádios das mais díspares frequências, pelas manchetes de todos os jornais e publicações, pelos cartazes urbanos, pelas bandeiras e pelos estandartes agitados ao vento, pelas embarcações engalanadas sobre as águas do Tejo e do Douro.
Passou sobretudo pelos sorrisos das crianças, pelo entusiasmo dos jovens, pelo consolo dos doentes, pela esperança dos velhos, pela contrição dos pecadores e pelo fervor dos santos.
Sim, eu pecador me confesso de ter sido percurso do Papa Bento XVI, porque o seu sorriso paternal ainda brilha na minha alma e a sua voz amabilíssima de bom Pastor perdura na minha mente e no meu coração.
Deo gratias!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Oração para hoje
Que eu continue a acreditar no outro
mesmo sabendo de alguns valores
tão esquisitos que permeiam o mundo;
Que eu continue otimista, mesmo sabendo
que o futuro que nos espera nem sempre é tão alegre;
Que eu continue com a vontade de viver,
mesmo sabendo que a vida é,
em muitos momentos,
Que eu permaneça com a vontade de ter grandes amigos,
eles vão indo embora de nossas vidas;
Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas,
são incapazes de ver, sentir, entender
ou utilizar esta ajuda;
Que eu mantenha meu equilíbrio,
Que eu exteriorize a vontade de amar,
entendendo que amar não é sentimento de posse,
é sentimento de doação;
Que eu sustente a luz e o brilho no olhar,
mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo,
escurecem meus olhos;
Que eu retroalimente minha garra, mesmo sabendo
tão fortes quanto o sucesso e a alegria;
Que eu atenda sempre mais à minha intuição,
que sinaliza o que de mais autêntico possuo;
Que eu pratique sempre mais o sentimento de justiça,
mesmo em meio à turbulência dos interesses;
Que eu não perca o meu forte abraço,
e o distribua sempre; que eu perpetue
a beleza e o brilho de ver, mesmo sabendo que as
lágrimas também brotam dos meus olhos;
Que eu manifeste o amor por minha família,
mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito
para manter sua harmonia;
Que eu acalente a vontade de ser grande,
mesmo sabendo que minha parcela de
contribuição no mundo é pequena;
E, acima de tudo... Que eu lembre sempre
que todos nós fazemos parte
desta maravilhosa teia chamada Vida,
criada por Alguém bem superior a todos nós!
E que as grandes mudanças não ocorrem
por grandes feitos de alguns
e, sim, nas pequenas parcelas quotidianas
de todos nós!
terça-feira, 25 de maio de 2010
(Mc 10, 28-31)
1. Deixei tudo? Mesmo? Não só os bens materiais mas também: a necessidade de ter razão... o julgar pelas primeiras impressões... o murmurio... os amuos... as zangas... as seguranças terrenas... os medos... a mentira... a teimosia... a inveja... a necessidade de aplausos, o querer o "palco", o a qualquer preço..., ..., ... Deixei tudo?
2. Este tique que não nos larga de fazermos negócio com o Senhor, esta lógica terrena do merecer... do haver... do ter direitos... da qual não conseguimos desligar-nos...
3. E Jesus que vê o longe dos nossos corações, este incrível Jesus que Se faz 'como nós' para que O possamos entender, entra no jogo: "deixaste tudo? Receberás 100 vezes mais do que deixaste! E já agora!". Estranho negócio... Porque não fazer a experiência? Nestes tempos de crise parece que o Céu não está preocupado, paga BEM e não consta que sofra de desemprego! E pelo que sabemos, nunca ninguém se arrependeu de assinar o "contrato"!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
Sem o Espírito,
Deus fica longe, metido num conceito,
Cristo permanece figura ilustre do passado, o Evangelho é letra morta,
a Igreja manifesta-se sobretudo
como uma grande estrutura,
a Autoridade, como uma forma de poder,
a missão, como simples propaganda,
a Liturgia, como um conjunto de ritos e rotinas
e o agir moral, como submissão a um código.
Mas no Espírito e com Ele:
Deus torna-se Sopro vivificante
no qual nos movemos e existimos,
Cristo é uma presença viva e permanente,
o Evangelho faz-se Luz, Boa Noticia
e fonte de renovação,
a Igreja surge como sinal e fermento
de Comunhão fraterna,
a Autoridade faz-se serviço,
a missão é um testemunho de Fé e de Amor,
a Liturgia é Memorial e Anuncio,
Salvação actualizada, hoje e aqui,
e o agir moral exprime a coerência
com dignidade de Filhos de Deus.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
O Segredo de Fátima
À medida que o tempo passa, acredito mais no Segredo de Fátima. Nesse Segredo que desassossega, que nos arranca de casa, dos livros, da cidade e nos lança, anualmente, para a imensidão das estradas. Eu acredito num «não sei quê» que esse Segredo derrama em nós: uma porção de confiança, de abandono e de aventura. Uma vontade de tornar a vida mais que tudo verdadeira. De tornar generosos os projetos e fecundos os laços que nos ligam aos outros. De tornar absoluta a nossa sempre frágil Esperança.
À medida que o tempo passa, vou conhecendo pessoas cujo tesouro interior foi descoberto, ampliado nos caminhos de Fátima. Pessoas que contam histórias simples, misturadas com sorrisos e lágrimas. Histórias de um Encontro tão parecido ao que teve uma rapariga da Judeia, de nome Maria.
Que têm os peregrinos de Fátima? Têm o vento por asas e a lonjura por canto. Têm a conversão por caminho e a prece ardente por mapa. São filhos de uma promessa que se cumpre dentro da vida.
Gosto dessa frase de Vitorino Nemésio que diz: “em Fátima, a Humanidade inteira passou a valer mais”. Gosto, porque nos caminhos longos, imprevistos e profundos de uma peregrinação isso nos é ensinado como uma evidência humilde e apaixonante.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Tenho tempo...
Saí, Senhor,
Lá fora, os homens saíam,
Iam,
Vinham,
Andavam,
Corriam.
As bicicletas corriam,
Os automóveis corriam,
A rua corria,
A cidade corria,
Todo mundo corria...
Corriam todos, para não perder tempo:
Corriam ao encalço do tempo,
Para recuperar o tempo,
para ganhar tempo.
Até logo doutor desculpe-me – não tenho tempo.
Passarei outra vez, não posso esperar mais – não tenho tempo.
Termino aqui esta carta, pois não tenho mais tempo.
Queria tanto te telefonar – mas não tenho tempo.
Não te posso falar, por falta de tempo.
Não posso reflectir, nem ler, ando assoberbado – não tenho tempo.
Gostaria de rezar, mas… não tenho tempo.
Compreendes, Senhor, eles não têm tempo.
A criança está a brincar, não tem tempo agora... mais tarde...
O estudante tem seus deveres a fazer, não tem tempo... mais tarde...
O universitário tem suas aulas, e tanto, tanto trabalho, que não tem tempo... mais tarde...
O rapaz pratica desporto, não tem tempo... mais tarde...
O namorado não tem tempo... mais tarde...
O que se casou há pouco tempo, tem sua casa para organizar, não tem tempo... mais tarde...
O pai de família, tem seus filhos, não tem tempo... mais tarde...
Os avós tem os seus netos, não têm tempo... mais tarde...
Estão doentes, precisam tratar-se, não tem tempo... mais tarde...
Estão à morte, não tem..........
Tarde demais... já não têm mais tempo.
Assim correm todos os homens atrás do tempo, Senhor.
Passam pela terra. Apressados, Atropelados,
Sobrecarregados, Enlouquecidos, Assoberbados,
Nunca chegam...
Falta-lhes tempo,
Apesar de todos os esforços,
Falta-lhes tempo,
Falta-lhes mesmo muito tempo.
Com certeza, Senhor, erraste os cálculos.
Há um engano geral: Horas curtas demais,
Dias curtos demais, Vidas curtas demais.
Tu que estas fora do tempo, Senhor, sorris ao ver-nos assim a lutar com ele,
E sabes o que fazes.
Não te enganas quando distribuis o tempo aos homens.
A cada um dás o tempo de fazer o que queres que faça.
Mas é preciso não perdermos tempo,
Não esbanjar tempo,
Não matar o tempo,
Pois o tempo é um presente que nos dás.
Presente perecível,
Um presente que não se conserva.
Tenho tempo, Senhor.
Todo o meu tempo,
Todo tempo que me dás,
Os anos de minha vida,
Os dias dos meus anos,
Os minutos de meus dias,
São todos meus,
Cabe-me preenchê-los tranquilamente,
Calmamente,
Tranquilamente...
Mas preenche-los inteirinhos, até a borda...
Não te peço, Senhor, o tempo de fazer isto e depois aquilo.
Peço-te a graça de fazer conscienciosamente,
no tempo que me dás,
o que queres que eu faça.
Toda gente se queixa de não ter tempo bastante. É que olham a vida, a sua vida, com olhos demasiado humanos. Há sempre tempo para fazer o que Deus nos dá para fazer. Mas é preciso estar sempre e completamente presente e em todos os instantes que ele nos oferece.
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terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Paradoxos
amamos raramente,
odiamos frequentemente.
Nós bebemos demais,
gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais,
ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados,
lemos muito pouco, assistimos TV demais,
perdemos tempo demais em relações virtuais,
e raramente estamos com Deus.
mas reduzimos nossos valores.
Aprendemos a sobreviver,
mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida
e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua,
mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço,
mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores,
mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
mas não nosso preconceito;
escrevemos mais,
mas aprendemos menos;
planeamos mais, mas realizamos menos.
e não, a esperar.
Construímos mais computadores
para armazenar mais informação,
produzir mais cópias do que nunca,
mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food'
e da digestão lenta;
do homem grande, de carácter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios,
casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas, dos cérebros ocos
e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrina e
muito pouco na dispensa.
Lembre-se de passar tempo com as
pessoas que ama, pois elas
não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso
a seus pais, a um amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer " eu te amo" à sua
companheira(o) e às pessoas que ama,
mas, em primeiro lugar, ame-se.
Um beijo e um abraço curam a dor,
Por isso, valorize sua família,
seus amores, seus amigos,
a pessoa que o/a ama,
e, aquelas que estão
sempre ao seu lado."
domingo, 16 de maio de 2010
Foi elevado ao Céu
“Enquanto Jesus os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu”. Mas é onde, o céu? Segundo o dicionário, é o espaço visível acima das nossas cabeças, que limita o horizonte. Hoje, os homens são capazes de ir ao espaço. O primeiro cosmonauta russo, em 1961, regressou à terra declarando que não tinha encontrado Deus! Manifestamente, Lucas não fala desse céu!
Os astronautas vão para o espaço para melhor o explorar. Jesus, pela sua ressurreição, foi para lá do espaço, saiu do nosso espaço-tempo. Mas o que pode querer isso dizer?
Reconheçamos que não temos qualquer experiência dessa realidade, pela simples razão de que continuamos fechados neste espaço-tempo. O que falamos, na Ascensão, tem a ver com a fé, com a confiança que podemos ter em Cristo e nas testemunhas que O viram separar-Se deles. Não há qualquer prova nem demonstração “científica” para esta subida ao céu de Jesus!
Uma vez mais, somos convidados a situar-nos num outro registo, o do amor. É a nossa própria experiência: quando amamos, quando conhecemos momentos de intensa felicidade, gostaríamos que o tempo parasse, não para que tudo se acabe mas, ao contrário, para que esta felicidade que atinge todo o nosso ser seja como que eternizada.
Gostaríamos de poder parar o tempo. Mas é o tempo para o amor. Ora – aí está a nossa fé – Jesus veio habitar este desejo de eternidade em nós, para o levar à sua plena realização. Vivendo a sua vida de homem, imergiu no amor que preenche os desejos humanos mais autênticos. Ressuscitando, fez entrar todos estes desejos no mundo do amor infinito. É desse céu que se trata hoje, para lá de tudo o que possamos imaginar ou desejar.
Em cada Eucaristia, acolhemos em nós a presença de Jesus ressuscitado que vem alimentar e fazer crescer o germe da vida eterna. E, no dia da nossa morte, Jesus far-nos-á entrar no “além”, no “céu”, no mundo do amor sem qualquer limite…
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terça-feira, 11 de maio de 2010
Bem-vindo, Santo Padre!
“Bem-vindo sejas, Pai e Mestre universal; A nossa Fé robustece e abençoa Portugal”.
Tua palavra segura nos conduza à santidade e nos leve a ser, em Cristo, ‘Caridade na Verdade’
Muito nos honra a Visita do Papa, porque a maioria da população portuguesa tem uma especial predilecção pelo Papa por aquilo que ele significa, independentemente de ser Bento XVI ou João Paulo II ou João XXIII,…Não são as vozes discordantes de alguns que nos vão perturbar. Portugal sempre teve um carinho especial pelo Santo Padre, mesmo em tempos conturbados da história da Igreja. Por isso, de todo o coração lhe dizemos e cantamos: “Bem-vindo Santo Padre !”. Muito nos honra a sua Visita. A aguardamos com grande alegria e expectativa. Aliás, o nosso Patriarca de Lisboa diz na sua mensagem: “Eu espero que a Diocese de Lisboa vá recebê-lo, como se fosse o próprio Senhor”.
Vai ser com certeza, mais uma vez, um momento marcante para todos. Desejamos que a sua presença e mensagem gere um dinamismo mais solidário e construtivo nas sendas do desenvolvimento e do bem comum para bem da Igreja e da sociedade
A mensagem de esperança que Bento XVI dirige aos jovens e até o lugar que lhes está reservado nas celebrações mostram que eles estão cada vez mais inseridos na Igreja, nas suas comunidades e na sua pastoral, onde têm lugar para se encontrarem, para dialogar, agir, para parar e rezar – para a festa. Foi isto que aconteceu, no domingo passado, por exemplo, com o “Enkontrão Jovem”, na Lourinhã (http://enkontraojovem.blogspot.com).
Do Programa desta Visita Pastoral, sublinho dos dias 11 a 14 desta semana – 3ª a 6ª feira – em Lisboa: a Missa no Terreiro do Paço e o Encontro com o mundo da cultura, no Centro Cultural de Belém; em Fátima: a Celebração da Oração de Vésperas com sacerdotes, religiosos/as e agentes da Pastoral, na Igreja da SSma Trindade, a Missa no Santuário, o Encontro com as organizações da Pastoral Social e o Encontro com os Bispos; no Porto: a Missa na Avenida dos Aliados.
Como Pregoeiro do Evangelho de Cristo e mensageiro da paz vem à nossa terra. Vamos acolhê-lo com Fé, no nosso coração com a nossa oração e prestando atenção ao servo da Verdade e ele ensina-nos a caminhar com ele na Esperança, na Sabedoria e na Missão.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Despertar do comodismo
Não é sempre que o Papa Bento XVI dedica quatro dias a um só país da Europa. Portugal é, por isso, privilegiado.
Mais: o programa destes quatro dias é bastante variado, porque pretende ir ao encontro das realidades da Igreja portuguesa. Isto é, Bento XVI é como um pai, que vem ao nosso encontro. E nós? Vamos ao encontro dele?
Porque é que eu estou a falar nisto? É que noutros contextos – como, por exemplo, aconteceu em Angola – só o facto de o Papa sair de sua casa em Roma para ir ao encontro dos fiéis africanos, só isso, foi motivo de festa, com toda a gente na rua para acolher o Sucessor de Pedro.
Será que temos esta consciência em Portugal?
Já ouvi bons católicos dizerem que preferem seguir tudo pela televisão. E até mesmo religiosas, que não vão pôr os pés em Fátima nesses dias (apesar de o Papa ter agendado um encontro específico com os consagrados). Não gostam de confusão – dizem, como desculpa.
Este é o típico retrato da velha Europa: acomodada, rotineira e cansada da fé.
Espero que os portugueses despertem deste comodismo e permitam que Bento XVI se sinta aqui como em sua casa, sob pena de a nossa herança secular de amor e fidelidade ao Papa ficar definitivamente arrumada no passado, apenas reduzida aos livros de história.
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sábado, 8 de maio de 2010
Já começou o Lausperene na nossa paróquia...
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Amar a Deus e ao próximo
«É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. (...) É isto o que vos mando: que vos ameis uns aos outros.» (cf. Jo 15,12-17)
Quanto mais unidos estamos ao próximo, mais unidos estamos a Deus. Pensai num círculo traçado no chão, isto é, numa linha feita com um compasso, a partir de um centro; ao meio do círculo chama-se justamente centro. Imaginai que este círculo é o mundo, que o centro é Deus, e os raios são as diferentes vias ou maneiras de viver dos homens. Quando os santos, desejando aproximar-se de Deus, se dirigem para o meio do círculo, na medida em que penetram no seu interior, aproximam-se uns dos outros ao mesmo tempo que se aproximam de Deus. Quanto mais se aproximam de Deus, mais se aproximam uns dos outros; e, quanto mais se aproximam uns dos outros, mais se aproximam de Deus.
E compreendeis que o mesmo acontece em sentido inverso, quando as pessoas se afastam de Deus para se retirar para o exterior; é então evidente que, quanto mais se afastam de Deus, mais se afastam uns dos outros, e, quanto mais se afastam uns dos outros, mais se afastam também de Deus.
Tal é a natureza da caridade. Na medida em que estamos no exterior e não amamos a Deus, nessa medida, distanciamo-nos do próximo. Mas, se amamos a Deus, quanto mais nos aproximamos Dele pela caridade, tanto mais comunicamos a caridade ao próximo; e, quanto mais unidos estamos ao próximo, mais unidos estamos a Deus.
Instruções, VI, 76-78 (a partir da trad. SC 92, p. 281-287)
quinta-feira, 6 de maio de 2010
A vossa alegria seja completa
São Francisco afirmava: «Contra todas as maquinações e ardis do inimigo, a minha melhor defesa continua a ser o espírito da alegria. O diabo nunca fica tão contente como quando consegue arrebatar a alegria à alma de um servo de Deus. Ele tem sempre uma reserva de poeira que sopra na consciência através de qualquer orifício, para tornar opaco o que é límpido; mas em vão tenta introduzir o seu veneno mortal num coração repleto de alegria. Os demónios não podem nada contra um servo de Cristo que encontram repleto de santa alegria; enquanto uma alma desgostosa, melancólica e deprimida se deixa facilmente submergir pela tristeza ou absorver por prazeres enganosos.»
Eis por que ele mesmo se esforçava por manter sempre o coração alegre, por conservar esse óleo da alegria com o qual a sua alma tinha sido ungida (Sl 44, 8). Tinha grande cuidado em evitar a tristeza, a pior das doenças, e, quando sentia que ela se começava a infiltrar na sua alma, recorria imediatamente à oração. «À primeira perturbação, dizia ele, o servo de Deus deve levantar-se, pôr-se em oração e permanecer diante do Pai até que Ele lhe faça recuperar a alegria própria daquele que foi salvo» (Sl 50,14). [...]
Com os meus próprios olhos o vi eu por vezes apanhar do chão um pedaço de madeira, colocá-lo sobre o braço esquerdo e raspá-lo com um pau como se tocasse com o arco na viola; assim, fazia de conta que acompanhava [com música] os louvores que cantava ao Senhor em francês.
Vita Secunda de São Francisco, §§ 125 e 127 (a partir da trad. de Debonnets et Vorreux, Documents, p.430)
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Páscoa
Porque a Páscoa são 50 dias e ainda vamos a meio, nadamelhor do que reflectir e inetnsificar a vivência desta quadra, a mais festiva entre os cristãos.
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terça-feira, 4 de maio de 2010
Res non verba... Não tentes. Faz!
Ser perseverante é, de certo modo, ter unidade de vida. Não posso ser homem de oração, de vida interior intensa e vibrante se não perseverar na luta contra os meus defeitos, sem dúvida, mas, talvez mais importante, porfiar por adquirir a unidade de vida que deve levar-me à santidade pessoal.
Começo tanta coisa ao mesmo tempo! Salto de um objectivo, de uma tarefa, de um projecto para outros sem quase me deter. Na oração, às vezes, não me concentro na que estou a fazer mas numa que já fiz ou hei-de fazer. Vivo o minuto que passa como o que já passou ou o que há-de vir.
Numa palavra, tenho muito pouca perseverança na minha vida. E não pode ser! Tenho de fazer um esforço sério para fazer o que devo, quando devo, e estar no que faço.
A resposta... sim... conheço a resposta: “Que queres que te diga, filho? Nem Eu, que Sou o Senhor, consigo classificar-te bem. Tão depressa estás junto de Mim como logo te afastas e procedes como se Eu não existisse; estás unido a Mim e ao mesmo tempo, quase, devaneias não sei por onde; tomas uma decisão e, depois, decides que é para mais tarde; escreves e dizes coisas bonitas e envaideces-te como se os talentos fossem teus; fazes as coisas que te apetece fazer deixando para depois as que deves fazer! Como queres, filho, que te classifique?”
Mas, Senhor, pergunto ainda, não faço nada de bom?
Mas como, Senhor, fraco e pusilânime como sou?
“Basta-te a minha graça e que consideres, sempre, a tua filiação divina.”
Obrigado, Senhor, vou tentar, a sério... vou tentar.
Dizes-me ainda: “Não tentes... FAZ!”
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Sentimentos de Maio
Arrisquem ver! Até a música é divinal... Este ano, o terço é pelos padres. Como dizem os jovens: "Nós sabemos que não estamos sós... Agora é a vez deles (padres) saberem que não estão sós!"
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domingo, 2 de maio de 2010
Feliz Dia da Mãe
POR TUDO QUANTO ÉS!
Homenagem da Comissão Episcopal da Família no Dia da Mãe
Como não agradecer-te, mãe
se é tanto o que és
o que ofereces
e o que semeias no meu ser?
Mas como agradecer-te, mãe,
se é tão pouco o que tenho
para dizer, para te bendizer?
O que o coração sente
os lábios não são capazes de balbuciar.
Trémulos, hesitam e gaguejam,
impotentes para soltar uma palavra
ou articular qualquer som.
Mas será que existe alguma palavra
que consiga dizer o que o coração sente?
Dizer “obrigado” é pouco,
mas dizer-te “obrigado” é tudo o que resta
quando tudo já tiver sido dito.
Obrigado, mãe,
pela vida que nunca recusaste dar-me.
Obrigado pelo amor
que nunca hesitaste oferecer-me.
Obrigado pelos sacrifícios
a que nunca te furtaste.
Obrigado pela fé
com que sempre me inundaste.
Obrigado
por seres sempre berço a que volto
e fonte a que regresso
Obrigado
pelo testemunho e pela fidelidade.
Obrigado
por me teres dado a vida
e por seres vida em mim.
Obrigado
por não me eliminares quando habitei teu ventre.
Obrigado
por me amares desde o primeiro instante.
Obrigado
por nunca seres túmulo
e por sempre seres regaço.
Obrigado
por nunca pensares em ti
e por sempre pensares em mim.
Eu não mereço.
Eu não te mereço.
Mas agradeço.
Porque sei
que amar assim,
como tu amas,
é algo que só está ao alcance de ti, mãe!
Na pobreza dos gestos,
e na fragilidade das palavras,
nada mais me ocorre
que este “obrigado”.
É pequeno,
mas é profundo, caloroso e sincero.
Entrego-o no colo de Maria,
a Mãe de Jesus,
a Mãe das mães.
Que ela te abençoe
e proteja
Que ela te conforte
e compense por tudo quanto fazes,
e por tudo quanto és,
mãe!
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